🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Ouro a US$ 3.000? Como os crescentes déficits dos EUA podem levar o metal precioso a níveis ainda mais altos que os recordes recentes

Com a credibilidade do dólar questionada em meio a uma gestão fiscal deficitária, investidores e governos buscam alternativas mais seguras para suas reservas

22 de outubro de 2024
7:01 - atualizado às 6:23
barras de ouro
Imagem: Canva

Havia alguma expectativa de que o elevado déficit orçamentário dos Estados Unidos finalmente começaria a se normalizar em 2024, após um período de intensas crises.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque, durante os anos de 2021 e 2022, a pandemia levou o país a registrar déficits alarmantes, atingindo picos de 18% do PIB, o que gerou uma pressão para reduzir os gastos excessivos e buscar um reequilíbrio fiscal.

No entanto, a realidade mostrou-se bastante diferente.

A média móvel de seis meses dos gastos federais permaneceu em níveis historicamente altos, comparáveis aos picos observados durante a crise pandêmica.

Além disso, o déficit orçamentário, que reflete a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta, continua acima de 6% do PIB. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse persistente desequilíbrio tem contribuído para uma escalada preocupante da dívida nacional, que chegou a US$ 35,77 trilhões e deve ultrapassar a marca de US$ 36 trilhões antes das eleições de novembro.

Leia Também

Fonte: Bloomberg.

Nunca antes na história dos EUA

A constante inconsistência fiscal nos Estados Unidos tem exacerbado as pressões na curva de juros, espelhando um fenômeno já conhecido em mercados emergentes, como o Brasil.

Recentemente, as taxas das Treasuries de 10 anos ultrapassaram a marca de 4,10%, evidenciando uma crescente inquietação quanto à gestão das contas públicas do país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um dado particularmente preocupante é que, pela primeira vez na história americana, os gastos do governo com juros da dívida superaram as despesas com defesa.

Esse marco é mais do que simbólico, destacando um momento crítico para a economia dos EUA.

Historicamente, situações em que os encargos com a dívida ultrapassam despesas estratégicas têm precedido o declínio econômico de grandes impérios.

Esta relação foi cunhada pelo historiador Niall Ferguson como a "Lei de Ferguson", sugerindo que o crescimento descontrolado dos custos com a dívida pode ser um prenúncio de sérios problemas estruturais, colocando em risco a sustentabilidade financeira a longo prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonte: FRED (Federal Reserve Economic Data).

Gastos com serviço da dívida dos EUA vão crescer mesmo com cortes de juros

Esses gastos com juros da dívida não apenas superam os gastos com Defesa, mas também ultrapassam as despesas com Segurança de Renda, Saúde, Benefícios para Veteranos e Medicare.

Hoje, os custos com juros se tornaram o segundo maior item de despesa do governo, ficando atrás apenas da Previdência Social, que exige aproximadamente US$ 1,5 trilhão por ano.

Dados recentes indicam que o país pode estar a caminho de alcançar uma marca histórica: US$ 1,3 trilhão em gastos com juros até o final do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso deve ocorrer mesmo que o Federal Reserve siga adiante com novos cortes nas taxas de juros até 31 de dezembro.

Se essa tendência se mantiver, é provável que, até o final de 2024 ou início de 2025, os gastos com juros superem os da Previdência Social, tornando-se o maior componente do orçamento federal.

Esse cenário crítico tem repercussões importantes no mercado de ouro.

Em um contexto de descontrole fiscal e inflação persistente, os metais preciosos, como ouro e prata, tendem a se valorizar.

A explicação é simples: quando a credibilidade do dólar, a principal moeda de reserva global, é colocada em questão devido a uma gestão fiscal deficitária, investidores e governos buscam alternativas mais seguras para suas reservas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ouro, neste contexto, compete diretamente com os títulos do Tesouro dos EUA pelo status de "porto seguro".

Ouro vem renovando recorde atrás de recorde

Ainda que um calote na dívida dos EUA seja improvável, qualquer aumento na percepção de risco é suficiente para impulsionar consideravelmente o preço do ouro.

Como consequência, o valor do metal ultrapassou US$ 2.700 por onça-troy, um recorde histórico que supera os picos anteriores de US$ 2.000/oz em 2020 e US$ 1.900/oz em 2011.

Ontem, por exemplo, o contrato futuro para dezembro fechou em US$ 2.738,90.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nem Donald Trump nem Kamala Harris têm plano concreto para reduzir endividamento

A preocupação central é que nem Donald Trump nem Kamala Harris apresentam planos concretos para reduzir o endividamento.

Ambos sinalizam a intenção de manter os cortes de impostos de 2017, que expiram em dezembro de 2025, e suas políticas sugerem uma tendência de déficits crescentes para a próxima década.

Trump, em particular, tende a expandir os gastos sem contrapartidas, o que pode elevar o déficit para uma faixa entre 8% e 10% do PIB nos próximos dez anos, aprofundando a trajetória fiscal preocupante.

Harris, por sua vez, pretende aumentar impostos para as faixas de renda mais altas, mas ainda assim é provável que sua administração enfrente déficits elevados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Estima-se que um governo Trump adicionaria cerca de US$ 15 trilhões à dívida, enquanto um governo Harris poderia aumentar a dívida em aproximadamente US$ 8 trilhões.

Um Congresso dividido pode limitar a capacidade de ambos os candidatos de implementar políticas fiscais expansionistas, especialmente fora do setor de defesa, impondo alguma restrição sobre seus planos.

No entanto, a dinâmica fiscal dos EUA parece destinada a permanecer desordenada, com uma perspectiva de gastos elevados que pressiona ainda mais a inflação.

O ouro vai chegar a US$ 3.000?

Nesse contexto, muitos posicionam o ouro como o "grande vencedor" do ciclo eleitoral atual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Algumas projeções sugerem que o metal pode ultrapassar os US$ 3.000 por onça em um futuro próximo, algo plausível considerando a recente alta e a aproximação crescente desse patamar.

Adicionalmente, as políticas comerciais e de imigração de Trump podem trazer vetores inflacionários adicionais, ampliando a demanda por ativos seguros como o ouro.

Além disso, as tensões geopolíticas também continuam a sustentar a demanda pelo metal, tradicionalmente visto como um seguro contra a instabilidade política.

Apesar de não estar barato historicamente, o ouro ainda é uma escolha sólida em tempos de conflito e incerteza.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se a posição dos EUA como líder global for questionada em um cenário cada vez mais polarizado, conflituoso e regionalizado, é provável que países optem por diversificar suas reservas em ouro em vez de dólares, um movimento observado recentemente, como no caso da Rússia.

Assim, as condições atuais são favoráveis para a continuidade do rali do ouro.

O metal permanece uma excelente opção para portfólios que buscam proteção contra incertezas econômicas e geopolíticas, oferecendo uma reserva de valor robusta em tempos de elevada volatilidade e risco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil

14 de agosto de 2025 - 8:27

Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor

13 de agosto de 2025 - 20:00

Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço

13 de agosto de 2025 - 8:52

Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo

12 de agosto de 2025 - 8:13

Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?

12 de agosto de 2025 - 6:18

Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente

11 de agosto de 2025 - 19:58

Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar

11 de agosto de 2025 - 8:08

Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim

VISÃO 360

O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?

10 de agosto de 2025 - 8:00

Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque

8 de agosto de 2025 - 8:22

Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin

SEXTOU COM O RUY

Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito

8 de agosto de 2025 - 7:01

Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras

7 de agosto de 2025 - 8:21

Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?

6 de agosto de 2025 - 19:59

A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília

6 de agosto de 2025 - 8:22

Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump

5 de agosto de 2025 - 8:31

Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump

5 de agosto de 2025 - 6:27

Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno

4 de agosto de 2025 - 20:00

O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão

4 de agosto de 2025 - 8:28

Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil

TRILHAS DE CARREIRA

Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece

3 de agosto de 2025 - 8:30

Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale

1 de agosto de 2025 - 8:34

Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem

SEXTOU COM O RUY

A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata

1 de agosto de 2025 - 6:08

Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar