🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

O que os resultados das big techs têm nos contado

Confira neste Diário de Bordo perspectivas sobre a performance dos ativos de risco nos EUA.

7 de fevereiro de 2024
9:06
big techs
Big techs - Imagem: Shutterstock

Estamos apenas na segunda semana do mês de fevereiro e muita coisa já aconteceu nos mercados em 2024. Até agora, os ativos de risco performaram dentro do esperado. O pulso de liquidez nos mercados suprimiu o aumento das taxas de juros e a renda variável nos EUA continuou exponencialmente para cima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os países emergentes têm sido preteridos neste começo de ano. Em parte, porque a leitura do cenário macroeconômico aponta para uma resiliência incomum da economia americana, que deve sustentar o dólar em níveis mais elevados. Em parte, porque a liquidez tende a caminhar para onde as taxas de crescimento ainda são elevadas ou para onde os lucros vão superar as estimativas de mercado. E o caminho, mais uma vez, parece bem claro: as empresas de tecnologia se manterão alguns palmos à frente nessa corrida.

Assim como na última década, as empresas na fronteira da tecnologia conseguiram abrir novos horizontes de investimento. O suporte para o desenvolvimento da indústria da inteligência artificial tem se mostrado clara. Os números divulgados pelas Big Techs na semana passada deram uma boa sinalização do tamanho dos investimentos que precisam ser feitos na infraestrutura básica, servidores, endpoints, etc. Diferentemente do boom da internet na década de 90, a potência do salto exponencial deste momento é maior, dada a facilidade de disseminação do conhecimento atual. Com isso, todo o aparato projetado para atender as demandas da década passada precisará ser revisto.

Com a inserção da Inteligência Artificial no dia a dia das pessoas, os servidores precisarão rodar a pleno vapor, comandando treinamentos maciços dos modelos de LLM e as inferências dos dados gerados. Além do suprimento de GPUs, as plataformas precisarão cada vez mais do investimento em infraestrutura física – energia, comunicações, espaços físicos – e em novos tipos de serviços, voltados para mitigação dos riscos operacionais.  Neste primeiro momento, as Big Techs saem na frente, por disporem de bolsos profundos, excelente capacidade técnica e amplo alcance dos seus produtos. O segundo passo, entretanto, deverá ser daquelas empresas que conseguirem navegar bem nesse novo ambiente e serem capazes de lançar produtos inovadores, tanto para o varejo quanto no mundo do B2B.

Particularmente, estou animado. E não só com o segmento de tecnologia. O desenho macroeconômico, por ora, vai se desenrolando conforme nosso cenário, divulgado no Outlook 2024. É verdade que a economia americana vai se mostrando bem mais firme do que o esperado, o que deve postergar o início do ciclo de afrouxamento monetário. Mas por outro lado, acumula um maior grau de confiabilidade de que a economia ainda será capaz de gerar lucros em excesso aos acionistas. Se o processo desinflacionário seguir em curso, as chances dos “goldilocks” aumentam substancialmente e o caminho para os ativos de risco ficará livre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Minha leitura é que lá fora, os investidores vão se cansar desse discurso de precaução de Jerome Powell e vão passar a olhar mais para o status da economia americana e para os resultados das empresas. Por ora, diante do que foi visto nessa temporada de resultados, as expectativas microeconômicas se mostram bastante positivas. Os riscos de cauda vão aos poucos caminhando para as pontas e ficando cada vez menos prováveis, reduzindo a volatilidade das ações e “trazendo” mais investidores para os ativos de risco que, por sua vez, se digladiam por um espectro cada vez menor de excelentes empresas negociadas por preços razoáveis. 

Leia Também

Aliás, este é um dos motivos pelos quais as ações das grandes companhias sobem lá fora: há muito dinheiro disponível para poucos excelentes negócios. No passado, essa dinâmica era diferente pois os recursos eram escassos e o número de boas empresas era elevado, o que inibia a existência de prêmios muito elevados. A exceção veio no estouro da bolha da Nasdaq em 2001-02, mas essa história vou guardar para outro dia.

Por aqui, iniciou-se a temporada de resultados. Para variar, BTG Pactual e o Banco Itaú entregaram excelentes números. De fato, são a nata do mundo corporativo brasileiro e seus trabalhos sólidos em 2023 foram coroados com as fortes altas das ações. O lado macroeconômico é que ainda incomoda os investidores locais, que não se sentem à vontade para comprar Bolsa brasileira. Do meu ponto de vista, este sentimento vai mudar e a hora agora é de aproveitar as ofertas enquanto elas ainda estão na tela. Muito em breve esse desconto excessivo vai sumir do mapa. É questão de tempo.

A performance dos mercados em fevereiro e as adaptações nas carteiras

O mês de fevereiro começou positivo para as bolsas lá de fora. Os primeiros pregões levaram o S&P 500 para os 4.950 pontos, enquanto o Nasdaq avançou quase 3%. O bom desempenho das ações do Meta, que avançaram mais de 20% após a divulgação de resultados, e da Amazon foram suficientes para despertar o espírito animal dos investidores. A tomada de risco, aos poucos, vai ficando mais clara para os investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, o Ibovespa não conseguiu engrenar e permanece abaixo dos 130 mil pontos. Entretanto, as ações da Petrobras têm sido o destaque, com valorização de 13% até ontem. A gestão de Jean Paul Prates tem surpreendido positivamente os investidores, que veem na empresa uma das melhores formas para se expor ao mercado de petróleo no momento. Eu concordo com essa visão e, por isso, ao longo dos últimos pregões, aumentamos a participação da estatal no Empiricus Deep Value Brasil FIA. A questão é que o governo precisa de uma Petrobras eficiente e rentável se quiser fazer com que suas políticas públicas tenham a mínima chance de dar certo. A margem de tolerância para erros, dessa vez, é muito apertada.

Em termos de gestão, ainda carregamos um nível razoável de caixa nos fundos de renda variável. Em especial nos fundos focados nos mercados internacionais, os ganhos dos últimos três meses foram substanciais e, apesar de otimista com o cenário, seria razoável esperarmos algum tipo de realização de lucros. Tenho comigo que a janela de oportunidades para realocarmos esses recursos vão aparecer em breve, ao final da temporada de resultados, que vai coincidir com a próxima reunião do Federal Reserve. Até lá vamos aproveitar os bons ventos e continuar a busca por novas teses de investimento nos fundos.

Forte abraço,

João Piccioni

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PS1. Nesta quarta (7), divulgaremos a segunda carta trimestral do fundo Empiricus Tech Select FIA. Para recebê-la em seu e-mail, inscreva-se ao final desta página. Nessa carta, abordaremos um pouco da história da tecnologia, questões envolvendo a Inteligência Artificial, as decisões de gestão e breves comentários sobre as teses de investimentos presentes na Carteira. Não deixe de ler!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar