O fim de uma era: Japão abandona juros negativos, Super Quarta, balanços e outros destaques do dia
Banco do Japão promove primeira elevação de juros em 17 anos; no Brasil, resultados do 4T23 da Magazine Luiza e Braskem agitam o mercado
Quando uma era começa ou termina? A discussão é um dos passatempos prediletos de historiadores, arqueólogos e também de jornalistas. Rende horas de conversa e o debate nunca acaba. Ou quase nunca.
Isso porque uma era acaba de chegar ao fim — e vai ser difícil argumentar o contrário. O BoJ, como é conhecido o banco central japonês, promoveu nesta terça-feira a primeira elevação de sua taxa básica de juros em 17 anos.
O movimento pôs fim a uma era de juros negativos no país asiático. Sim, juros negativos. Durante oito anos, o investidor pagou para emprestar dinheiro para o governo japonês. Haja credibilidade — e necessidade de aquecer a economia.
Hoje, o BoJ tirou a taxa de referência de -0,1% ao ano para a faixa de 0,0 a 0,1%. Parece pouco, mas o Japão era o último país do mundo a manter juros negativos.
Décadas de estagnação econômica fizeram com que a grande ambição dos banqueiros centrais japoneses fosse gerar inflação.
Pois eles conseguiram. Não sem uma forcinha da pandemia, é verdade. Agora o aprendizado será manter os preços sob controle em meio aos consistentes ganhos salariais no país.
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Depois da decisão, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, enfatizou que as condições monetárias permanecerão acomodatícias, mas não descartou a possibilidade de novas altas de juros se a inflação pressionar.
De qualquer modo, analistas de mercado antecipavam essa possibilidade havia alguns meses. No fim, a sinalização de que a política acomodatícia será mantida até ajudou a bolsa de Tóquio a subir hoje.
Nas bolsas da Europa e em Wall Street, os investidores aproveitam a agenda esvaziada do dia para calibrar as expectativas em relação à decisão de política monetária do Fed, o banco central norte-americano, esperada para amanhã à tarde.
Por aqui, o Ibovespa deve reagir hoje ao andamento da temporada de balanços, com o lucro do Magazine Luiza e o prejuízo da Braskem em destaque.
Ao mesmo tempo, os investidores aguardam para saber quais serão as sinalizações do Copom ao término de sua reunião no início da noite de quarta-feira.
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