O Enduro da bolsa: mercado acelera com início da temporada de balanços do 1T24, mas na neblina à espera do PCE
Na corrida dos mercados, Usiminas dá a largada na divulgação de resultados. Lá fora, investidores reagem ao balanço da Tesla

Hoje peço a devida licença aos mais jovens para usar uma referência clássica de quem viveu a infância e adolescência nos anos 1980: o bom velho Atari.
Um dos clássicos do videogame é o Enduro, jogo de corrida cujo objetivo é ultrapassar uma certa quantidade de carros para passar de fase.
Conforme o jogo avança, as etapas se tornam mais difíceis, mas os desafios se repetem: a corrida começa de dia, atravessa a noite e um trecho sob neblina até a manhã seguinte.
A bolsa de valores, acredite se quiser, guarda certa semelhança com o Enduro. Os pregões são essencialmente os mesmos, incluindo as ações listadas e os horários de negociação.
O que muda é a dificuldade em superar a pontuação conforme as condições do mercado — que atualmente não andam lá muito favoráveis.
Vejamos o caso do Ibovespa. No pregão de ontem, o principal índice de ações da B3 recuperou algumas posições e subiu 0,36%, aos 125.573 pontos.
Leia Também
O lixo que vale dinheiro: o sonho grande da Orizon (ORVR3), e o que esperar dos mercados hoje
Promessas a serem cumpridas: o andamento do plano 60-30-30 do Inter, e o que move os mercados hoje
O dia de hoje parece propício para mais algumas ultrapassagens, já que tanto os futuros de Wall Street quanto os mercados europeus operam em alta nesta manhã.
De todo modo, a bolsa ainda precisará correr muito para “passar de fase” e alcançar a máxima histórica de 134.193 pontos alcançada no fim do ano passado.
Para complicar a situação, os investidores devem dirigir na neblina pelo menos até sexta-feira, quando sai o PCE, o dado de inflação mais importante para o Fed, o Banco Central norte-americano.
Tudo isso em meio ao início da temporada de balanços aqui no Brasil. Na corrida dos resultados, a Usiminas sai na “pole position” e divulga os números do primeiro trimestre. Por falar em carro, a Tesla de Elon Musk também publica os resultados hoje.

O que você precisa saber hoje
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
Super Quarta em xeque: o que muda para a Selic depois dos últimos acontecimentos? Para o nosso colunista Matheus Spiess, o Banco Central do Brasil enfrentará um grande dilema pela frente, faltando duas semanas para a Super Quarta. Entenda o que está em jogo.
TER OU NÃO TER
Lula liberou os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) e pode vir mais por aí — chegou a hora de comprar as ações para aproveitar a oportunidade? Cinco bancões revisitaram as indicações para os papéis da estatal depois do anúncio de sexta-feira (19).
SEM PARAR
A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana. O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo.
FRUTOS DO MATRIMÔNIO
3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3): esse bancão diz o que esperar da fusão entre as petroleiras juniores da B3 — e qual ação comprar agora. Na projeção dos analistas, o casamento entre as junior oils pode ser concluído até o fim do 3T24 — e já conta o que os investidores devem esperar pela frente.
COBROU OS MINISTROS
A bronca de Lula surtiu efeito? Haddad diz que o texto da reforma tributária pode ser entregue ao Congresso nesta semana. De acordo com o ministro da Fazenda, falta apenas discutir “dois pontos” com o presidente para fechar o projeto e levá-lo aos parlamentares.
Aquele abraço e uma ótima terça-feira!
A ação “sem graça” que disparou 50% em 2025 tem potencial para mais e ainda paga dividendos gordos
Para os anos de 2025 e 2026, essa empresa já reiterou a intenção de distribuir pelo menos 100% do lucro aos acionistas de novo
Quem paga seu frete grátis: a disputa pelo e-commerce brasileiro, e o que esperar dos mercados hoje
Disputa entre EUA e Brasil continua no radar e destaque fica por conta do Simpósio de Jackson Hole, que começa nesta quinta-feira
Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?
As expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no evento mais tradicional da agenda econômica global divide opiniões no mercado
Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?
No mercado financeiro, os momentos estatísticos de 3ª ou 4ª ordem exercem influência muito grande, mas ficam ocultos durante a maior parte do jogo, esperando o técnico chamar do banco de reservas para decidir o placar
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado