🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Mesmo com pacote de corte de gastos, Brasil carrega a “pedra fiscal” de Sísifo — mas há um FII atraente para os mais avessos a risco

No Brasil, mesmo com o projeto de corte de gastos, seguimos com um problema fiscal significativo para os próximos anos

1 de dezembro de 2024
9:09 - atualizado às 18:08
Fundos imobiliários, FIIs, imóveis
Imagem: iStock

Na última quinta-feira (28), tivemos o aniversário da Empiricus, que completou 15 anos de história – tenho orgulho de colaborar com essa trajetória nos últimos oito anos. Em momento econômico importante, o evento contou com a participação de figuras relevantes,  como Eduardo Giannetti, André Esteves e Daniel Goldberg.

Em seu painel, Giannetti destacou a incapacidade de previsão dos economistas nos últimos anos, que erraram consecutivamente suas estimativas, diante de diversos fatores, inclusive políticos. 

O episódio desta semana foi um bom exemplo desse movimento.

Na quarta-feira (27), foi apresentado o tão esperado pacote de corte de gastos do governo. Após um período de alta expectativa para o ajuste, os destaques iniciais frustraram os economistas e participantes do mercado

Ao lado de uma redução pertinente de despesas, o Ministério da Fazenda também anunciou a proposta de isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 mil. Nas estimativas preliminares do mercado, este mecanismo teria um impacto negativo de ao menos R$ 40 bilhões nas contas públicas. 

Este panorama me lembrou o Mito de Sísifo, no qual ele é castigado pelos deuses a rolar uma enorme pedra até o topo de uma montanha. Porém, sempre que estava prestes a alcançar o cume, a pedra rolava de volta para baixo, obrigando-o a começar tudo de novo. No Brasil, mesmo com o projeto de corte de gastos, seguimos com um problema fiscal significativo para os próximos anos.

Leia Também

A queda dos mercados

Para os mercados locais, no qual já se via um pessimismo generalizado, a reação foi desastrosa. Na última semana, o Ibovespa recuou em torno de 4% e a cotação do dólar superou a marca dos R$ 6,00.

Com o custo de oportunidade aumentando, obviamente os ativos de risco são penalizados. Ainda assim, enxergo um certo exagero nas cotações. 

Quando olhamos para o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix), o desconto sobre valor patrimonial atingiu o menor valor dos últimos oito anos, na casa de 14%. Nos fundos de crédito, encontramos um indicador P/VP na mínima dos últimos cinco anos, quando consideramos os 15 principais FIIs de papel presentes no Ifix.

Assim como descrito na última coluna, reafirmo a oportunidade nesta categoria (recebíveis), tendo em vista a possibilidade de exposição ao CDI  e ao elevado nível de spread nos portfólios indexados ao IPCA. 

No portfólio de tijolos, apesar do cenário desafiador, gostaria de reforçar a performance operacional dos setores. 

Nos shoppings centers, conversei com grandes administradoras no último mês, que sinalizaram perspectivas favoráveis para o orçamento de 2025.

As vendas dos lojistas, que estão na casa de 8% em 2024 para os FIIs de shoppings (vs 2023), devem permanecer em patamar consistente.

Não à toa, temos observado um movimento setorial de expansões de ABL nos imóveis, tal como anunciado no Iguatemi Brasília, Multiplan ParkShoppingBarigui e Shopping Uberaba – nestes casos, as operações promovem cap rates de dois dígitos para os proprietários, o que consideramos atrativo.

Para o curto prazo, um possível crescimento de aluguéis também é pertinente, dado a retomada do IGP-M no segundo semestre, índice que baliza o aluguel mínimo dos locatários. Lembrando que o custo de ocupação permanece em níveis bastante saudáveis. 

Como ponto de monitoramento, diante da redução de ritmo de  reciclagem de portfólio – reflexo de um custo de oportunidade mais restritivo –, temos menor espaço para distribuição de ganho de capital de alguns FIIs, que podem diminuir ao longo de 2025.

Em logística, a taxa de vacância dos galpões permanece em níveis historicamente baixos, diante de uma sólida demanda de diversos integrantes da cadeia. Inclusive, estamos em uma época bem importante para o segmento, referente à Black Friday. Essa distribuição last mile tem sido muito pertinente, com dados de absorção e preço bem sólidos.

Fonte: BTG Pactual

Com restrições de financiamento e custos de construção elevados, dificultando a entrada de novos galpões no mercado, tenho bons olhos para o segmento em 2025.

Obviamente, o curto prazo ainda confere desafios para os FIIs de tijolo, especialmente em um cenário de juros elevados e possível desaceleração econômica.

De todo modo, entendo que a “foto” do mercado imobiliário está razoável em termos operacionais e, em um cenário de ciclo de recuperação (com horizonte de médio prazo), pode ser uma oportunidade de ganho de capital com carrego razoável. 

KNCR11: um fundo para os mais avessos a risco

O Kinea Rendimentos é um dos maiores nomes da Bolsa, com participação de 7% no Ifix e liquidez diária de aproximadamente R$ 14 milhões. Sua alocação é concentrada em CRIs indexados ao CDI (96,5% do portfólio), com taxa prefixada média de 2,2% ao ano.

Em geral, a alocação tem perfil high grade, uma vez que há concentração em títulos de alta qualidade de crédito, minimizando o risco de inadimplência. 

Além disso, há uma pulverização de mais de 60 ativos investidos, o que dilui o impacto de eventuais prejuízos em operações específicas.

Favorecida pela alta do CDI, a distribuição do fundo imobiliário em outubro foi de R$ 1,02 por cota, que representa um yield (retorno) anualizado de 11,8%, acima do CDI.

Vale citar que, historicamente, o FII opera com ágio de 2% da média sobre o valor patrimonial. No nível de preço atual, ele opera praticamente alinhado a essa média, diante de uma perspectiva de CDI mais elevado no próximo ano.

De forma geral, o KNCR11 segue bem posicionado para manutenção de uma geração de renda elevada para a carteira (dividend yield de dois dígitos), sem grande exposição ao risco de mercado.

Um abraço,
Caio

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria

11 de junho de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China

10 de junho de 2025 - 8:40

Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

9 de junho de 2025 - 20:00

O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje

9 de junho de 2025 - 8:19

No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF

VISÃO 360

Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?

8 de junho de 2025 - 8:00

A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje

6 de junho de 2025 - 8:20

Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria

SEXTOU COM O RUY

A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos

6 de junho de 2025 - 6:05

Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA

5 de junho de 2025 - 8:26

Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica

4 de junho de 2025 - 20:00

Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

Insights Assimétricos

Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente

3 de junho de 2025 - 6:05

Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

TRILHAS DE CARREIRA

Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout

1 de junho de 2025 - 8:07

O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA

30 de maio de 2025 - 8:07

Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)

SEXTOU COM O RUY

A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?

30 de maio de 2025 - 6:01

Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil

29 de maio de 2025 - 8:17

Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade

28 de maio de 2025 - 20:00

As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul

28 de maio de 2025 - 8:09

No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar