Ibovespa se escora em balanços na tentativa de seguir na contramão das bolsas internacionais
Balanço da Petrobras é o mais esperado desta quarta-feira (8), mas mais de uma dezena de empresas divulgam resultado hoje
A repercussão da temporada de balanços permitiu ao Ibovespa trafegar em segurança na contramão durante o pregão de ontem. Enquanto Wall Street caiu, a bolsa brasileira cravou uma alta de 1% na quarta-feira.
Hoje, pela forma como amanheceram os mercados internacionais, a expectativa pelos resultados é uma das poucas chances para que o Ibovespa mais uma vez destoe do exterior.
As bolsas de valores da Ásia fecharam no vermelho, as da Europa abriram em queda e os índices futuros de Nova York sinalizam um início ruim em Wall Street.
Ainda falando sobre o exterior, o que provavelmente determinará o tom do dia será o relatório semanal de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos.
A expectativa é de leve queda nos pedidos. No entanto, uma eventual alta tem o potencial de desencadear uma maré vermelha nos moldes daquela deflagrada pelo relatório de emprego nos EUA na última sexta-feira.
Diante disso, o foco na repercussão dos resultados das empresas listadas na B3 durante o segundo trimestre é a grande chance do Ibovespa hoje.
Além dos balanços divulgados ontem à noite, como o da Braskem, os investidores se preparam para uma rodada protagonizada por algumas das maiores empresas brasileiras depois do fechamento do pregão desta quinta-feira.
Embraer, Magazine Luiza, Lojas Renner, Hapvida, Sabesp e Suzano estão entre elas. A B3, dona da bolsa brasileira, também divulga seus números nesta quinta-feira.
O destaque, no entanto, fica por conta da Petrobras.
Segunda maior empresa da bolsa, a petroleira divulga os resultados do segundo trimestre sob o peso da queda de produção e da defasagem dos preços dos combustíveis.
Na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro, a repórter Carolina Gama esmiúça as expectativas dos analistas em relação aos números da Petrobras.
Lateralmente, os investidores monitoram aparições públicas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo.
O que você precisa saber hoje
TEMPORADA DE BALANÇOS
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) supera expectativas mais uma vez no 2T24; acionistas receberão R$ 2,6 bilhões em dividendos e JCP. O resultado representa uma alta de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, ficando acima da média das projeções de lucro líquido recorrente de R$ 9,13 bilhões.
BALANÇO
Casas Bahia (BHIA3) supera projeção, quebra sequência de prejuízos e anuncia lucro de R$ 37 milhões no 2T24. O resultado ultrapassou as expectativas dos analistas, que previam um prejuízo líquido ajustado na casa dos R$ 293,5 milhões.
ATENÇÃO, INVESTIDORES
Mais de R$ 730 milhões em dividendos: Energisa (ENGI11) e Grupo Ultra (UGPA3) vão depositar proventos na conta dos acionistas. O maior valor será pago pela Energisa, cujo conselho de administração aprovou proventos de R$ 457,1 milhões. Veja quem mais vai pagar.
PARANDO O RELÓGIO
Eletrobras (ELET3): STF dá mais 45 dias para acordo sobre participação da União na empresa. Essa não é a primeira vez que há um adiamento; o prazo para um entendimento entre a Eletrobras e o governo federal já foi prorrogado duas vezes, por 90 dias cada, desde dezembro.
DE MALAS PRONTAS
Quem quer viver no exterior pode obter a cidadania europeia investindo em Portugal – mas não é barato; veja o que fazer. É possível conseguir o visto de residência e até mesmo a cidadania com investimentos em fundos.
Leia Também
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
Uma boa quinta-feira para você!
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados