Foco em qualidade: um FII para quem está de olho nas compras
Tendo em vista o ótimo nível de geração de renda (com boa previsibilidade), aliado a um potencial razoável de valorização da cota, o fundo se encaixa perfeitamente no radar de quem está de olho em comprar fundos imobiliários neste momento mais delicado
Assim como em toda virada de semestre, divulgaremos amanhã (1) nossa tradicional Perspectivas com Gestores - FIIs na área do assinante da Empiricus.
Trata-se de um documento que traz as visões das principais casas do setor para os próximos 12 meses. Com quatro edições no histórico, nossa pesquisa vem se tornando um guia importante para quem acompanha o mercado de fundos imobiliários.
É claro que os leitores do Décimo Andar ganham um pequeno spoiler dos resultados.
Entre os principais, o grau de confiança dos gestores recuou para o território “otimista” no que diz respeito ao mercado imobiliário brasileiro para os próximos 12 meses. Apesar do sentimento ainda favorável, o indicador apresentou uma queda de mais da metade da pontuação em relação à última pesquisa.
Evidentemente, o contexto fiscal e monetário local tem relação direta com esta dinâmica. Com poucas mudanças no discurso sobre gastos pelo Executivo e uma conduta mais rigorosa da taxa de juros pelo Banco Central, continuamos com um cenário desafiador para os ativos de risco brasileiros.
Deste modo, o índice de Fundos Imobiliários (Ifix) registrou em junho a maior correção mensal de 2024 e os ganhos acumulados do ano foram quase zerados.
Leia Também
- Receber aluguéis na conta sem ter imóveis é possível através dos fundos imobiliários: veja as 5 top picks no setor para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
MERCADO IMOBILIÁRIO (BRASIL)
O favorito entre os FIIs
Falando sobre setores, é impossível não mencionar o favoritismo para os fundos de crédito entre os gestores e participantes do mercado. O racional está alinhado a última edição desta coluna, na qual aprofundamos a questão da pertinência tática da alocação em FIIs de CRIs neste momento – não à toa, o desempenho da categoria em junho foi de aproximadamente +0,1% (excluindo os fundos high yield), em média.
Para o curto prazo, sigo com bons olhos para o segmento, que oferece um potencial de geração de renda interessante, aliado a um nível de risco mais apropriado para o cenário.
Na outra ponta, temos o agronegócio como setor menos convidativo para os gestores, com grau de otimismo de -0,48. A onda recente de eventos de crédito tem relação direta com este posicionamento.
Há luz no fim do túnel
Na minha visão, o radar de curto prazo permanece desafiador, com a continuidade dos problemas de liquidez dos players do setor. Porém, já se nota uma luz no fim do túnel no que diz respeito à estabilização das finanças dos produtores. Além disso, com a correção recente nas cotações dos fundos, existirá margem para encontrar oportunidades. A ver.
Para os fundos de tijolos tradicionais, o momento exige disciplina. O mês de junho configurou uma queda generalizada dos principais segmentos (escritórios, shoppings e logística) e, caso o ambiente macroeconômico não apresente mudanças, a pressão pode persistir.
Para quem está de olho nas compras, avaliar oportunidades em portfólios de alto padrão é a minha recomendação.
Nesta coluna, destaco o Bresco Logística. Trata-se um dos nossos fundos preferidos no setor logístico, tendo em vista o portfólio de qualidade, localização privilegiada e a gestão com bom track record. Com o recuo nas cotas desde a virada do ano, enxergamos uma nova janela de entrada no fundo.
- [Relatório gratuito] Veja 5 fundos imobiliários para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
Bresco Logística (BRCO11): para quem está de olho nas compras de FIIs
Gerido pela Bresco Investimentos, o BRCO11 tem como objetivo a obtenção de renda com a exploração comercial de empreendimentos imobiliários nos setores logístico e/ou industrial.
Listado desde 2019, o BRCO11 registrou alta expressiva de 37% em 2023, ficando entre os principais destaques entre os FIIs que compõem o Ifix. Nos últimos meses, juntamente com a deterioração do cenário local (o que impacta duramente a indústria de fundos imobiliários), enxergamos pressão nas suas cotas, que acumulam queda de quase 3,5% no ano.
O portfólio é composto de 12 galpões logísticos distribuídos em seis estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Alagoas), totalizando uma área bruta locável (ABL) de 472 mil metros quadrados.

De cara, nota-se que o BRCO11 conta com um portfólio de alta qualidade, sendo este seu principal diferencial. Quase todos os ativos são classificados como A+, com exceção do imóvel locado para a Whirlpool, que possui classificação B pela Buildings – trata-se da sede da companhia em São Paulo, portanto, o empreendimento também possui um perfil administrativo.
Entre as movimentações recentes em seu portfólio, tivemos a conclusão da 5ª emissão de cotas do BRCO11, que resultou na captação de R$ 135 milhões. Na sequência, foram adquiridos dois ativos pelo fundo (Bresco Osasco e Natura Murici), ambos classificados como triple A e desenvolvidos pela própria Bresco.
Interpretamos que as novas aquisições possuem “fit” com a carteira imobiliária do FII e agregam valor ao case. É importante mencionar que as compras foram aprovadas pelos cotistas via assembleia, minimizando os efeitos de um eventual conflito de interesses.
Neste momento, tenho poucos pontos de atenção para a tese de investimento, mas vale acompanhar as movimentações dos locatários e a recuperação da operação no Bresco Canoas.
No modelo de fluxo de caixa descontado, chegamos a um valor justo de R$ 125 por cota, cerca de 10% acima do preço atual.
Em seu último pagamento, o BRCO11 distribuiu um valor de R$ 0,87 por cota, gerando um yield anualizado de 9,2% aos preços de hoje. O fundo ainda conta com um lucro caixa não distribuído de R$ 17,1 milhões, equivalente a cerca de R$ 1,08 por cota, o que dá maior previsibilidade para o seu nível de distribuição atual.
Apoiado pelo ganho de capital de transação recente, encontramos espaço para a manutenção do guidance de distribuição de R$ 0,87 por cota divulgado pela gestão, com possibilidade para elevação para um intervalo entre R$ 0,88 e R$ 0,90 por cota no próximo ano. Para os próximos 12 meses, estimamos dividend yield de 9,8%.
Tendo em vista o ótimo nível de geração de renda (com boa previsibilidade), aliado a um potencial razoável de valorização da cota, o fundo se encaixa perfeitamente no radar de quem está de olho em comprar fundos imobiliários neste momento mais delicado.
Um abraço,
Caio
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
