As commodities estão em baixa, mas as ações estão baratas e ainda pagam dividendos; conheça uma boa opção na B3
É muito importante entender que investir em empresas de commodity não é a mesma coisa que investir em commodities
					Entra ano, sai ano, mas algumas coisas simplesmente não mudam. No mercado financeiro, toda virada de ano vem acompanhada daquelas previsões que poucas vezes dão certo, mas que todo mundo para para ler.
Alguns prestam atenção nelas apenas por curiosidade, outros porque gostam de segui-las e há também os que usam as dicas para apostar contra elas – o que muitas vezes costuma dar certo, acredite.
O fato é que 2024 começa com perspectivas não muito animadoras para as commodities, de maneira geral.
O gráfico a seguir mostra um desempenho combinado de várias commodities (petróleo, gás, minério, soja etc).
Em partes, esse desempenho é explicado pela sobreoferta de petróleo, queda nas perspectivas de crescimento da China (o que impacta o consumo de aço), além da queda da cotação de vários produtos agrícolas depois do boom da pandemia.
Esse momento ruim das commodities fez muitos daqueles adivinhos de começo de ano sugerirem uma "rotação de portfólio": saem empresas de commodities, entram empresas cíclicas domésticas, que têm mais potencial para surfar a queda da Selic.
Leia Também
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Mas será que você deveria seguir essa sugestão à risca?
- ONDE INVESTIR EM 2024: Descubra o que esperar do cenário econômico brasileiro e internacional e quais são os melhores investimentos para a sua carteira, em diferentes classes de ativos. Clique aqui.
 
Investir em empresa de commodity não é igual investir em commodities
Antes de responder se vale a pena seguir a tal "rotação", é muito importante entender que investir em empresas de commodity não é a mesma coisa que investir em commodity.
Não ficou claro?
Vamos usar o exemplo da Petrobras (PETR4). Desde março de 2022, as ações da Petrobras sobem quase 140%, enquanto o petróleo cai aproximadamente -30%.
Algumas coisas explicam esse movimento aparentemente contraditório, como a melhora da percepção política sobre a companhia, mas não é só isso.
A verdade é que a Petrobras tem um dos custos de produção mais baixos do mercado. Obviamente, um petróleo cotado a US$ 70/barril rende menos dinheiro do que em US$ 100.
Mas para uma companhia que tem um breakeven de menos de US$ 50/barril – ou seja, que gera caixa com o petróleo acima desse patamar –, o preço atual ainda é muito interessante para a companhia.
É claro, ainda existem os riscos políticos, e no valuation atual preferimos ficar de fora da Petrobras neste momento, mas mesmo com o petróleo nos menores patamares dos últimos dois anos, 2024 ainda pode ser um ano de bons resultados para a estatal.
ONDE INVESTIR EM 2024: VEJA RECOMENDAÇÕES GRATUITAS DE AÇÕES, RENDA FIXA, DIVIDENDOS, FUNDOS IMOBILIÁRIOS, BDRs E CRIPTOMOEDAS
Acontece o oposto também
Assim como a queda no preço das commodities nem sempre se reflete no preço das ações do setor, o oposto também é muito comum.
Muitas vezes, investidores compram ações de uma determinada empresa só porque o preço da commodity que ela produz está subindo, sem se atentar se existem outros problemas intrínsecos que podem fazer ela perder o bonde.
Ao longo das últimas décadas, foram vários os investidores que perderam dinheiro em petroleiras que poderiam aproveitar a alta da commodity, mas que acabaram enfrentando diversos problemas de produção que afetaram os resultados e o preço das ações.
Leia também
Ainda há espaço para commodities — e para a Gerdau (GGBR4)
Com esses exemplos, eu apenas quero que você entenda que nem sempre empresas de commodities são a melhor forma de apostar na alta ou queda desses produtos.
Por esse motivo, ao contrário do que você deve ter lido por aí nos últimos dias, a minha recomendação não é fugir das empresas de commodities em 2024, mesmo que as cotações do petróleo, do minério de ferro etc não tenham as melhores perspectivas para o ano.
Sim, se a taxa de juros continuar caindo e a inflação seguir controlada, as empresas cíclicas domésticas (principalmente varejo e construtoras) devem se beneficiar mais.
No entanto, existem algumas empresas de commodities capazes de trazer diversificação, dividendos e que já estão tão baratas neste momento por causa desse papinho de "fim das commodities em 2024", que oferecem um risco vs. retorno bastante atrativo.
A Gerdau (GBBR4) é um bom exemplo. O momento não é dos melhores para o setor siderúrgico, que além de tudo ainda sofre com as importações de aço vindo da China.
Mas neste momento a ação negocia por menos de 4x Valor da Firma/Ebitda, com boa geração de caixa e um dividend yield que deve ficar próximo de 10% em 2024.
Ou seja, já tem muito pessimismo embutido nos preços, e enquanto o setor não melhora, podemos comprar a ação por preços bem descontados e receber ótimos rendimentos. Por esses motivos, a Gerdau segue na série Vacas Leiteiras.
Mas é claro que há outras empresas no portfólio do Vacas que tendem a se beneficiar mais de um possível bull market em 2024. Aliás, uma delas vai pagar dividendos já no dia 1º de março, e você pode ser um dos beneficiados. Se quiser saber como, deixo aqui o convite.
- A carteira de investimentos ideal para 2024: veja quais são as ações, fundos imobiliários, BDRs, criptomoedas e títulos de renda fixa que não podem faltar no seu portfólio este ano. Clique aqui para conhecer as recomendações gratuitamente.
 
Um grande abraço e até a semana que vem.
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais