Cada um com suas preferências: Ibovespa reage a balanços do Bradesco e da Ambev e à Pnad Contínua enquanto Wall Street aguarda PCE
Índice de inflação preferido do Fed será divulgado hoje nos EUA; aqui, investidores olham para dados de emprego e desemprego
Todo mundo tem suas preferências. O assunto pode ser gastronomia, futebol, literatura, política, cinema… Tanto faz. O gosto pessoal influencia ações, planos e decisões.
Na economia não é diferente, mas isso vai além de sistemas e correntes. Há quem tenha até indicadores prediletos. É o caso dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Em meio a tantos índices de inflação, um deles é lido com um pouco mais de atenção pelos diretores do Fed na hora de pautar sua política monetária.
Falo do PCE, sigla em inglês para o índice que mede as variações de preços dos gastos dos norte-americanos com consumo pessoal.
Há uma razão para isso. Quando comparado com o CPI, equivalente ao nosso IPCA, o PCE abrange muito mais bens e serviços presentes no cotidiano dos norte-americanos. Além disso, os itens que o compõem são revisados com mais frequência.
Consequentemente, os números trazidos pelo PCE costumam ser considerados mais próximos da realidade dos consumidores.
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Nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio dos EUA divulga o PCE de setembro. A expectativa é de que os núcleos do índice mostrem uma desaceleração considerável na leitura anual, passando de +2,7% em agosto para +2,1% no mês passado.
Simultaneamente, outro indicador importante se aproxima, mas não é para hoje. O payroll, relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano, será conhecido amanhã.
A uma semana da próxima decisão de juros do Fed, esses indicadores serão fundamentais para calibrar as expectativas em relação ao próximo passo da autoridade monetária norte-americana.
Enquanto o PCE e o payroll não vêm, a temporada de balanços segue influenciando os mercados financeiros. No pré-mercado, a repercussão dos guidances da Meta e da Microsoft pesa sobre os índices futuros de Wall Street.
Por aqui, a expectativa em relação a um iminente anúncio do governo sobre corte de gastos manteve o Ibovespa de lado ontem.
Hoje, os investidores repercutem os balanços do Bradesco e da Ambev enquanto esperam a divulgação da Pnad Contínua, que traz os números de emprego no Brasil.
Em relação aos resultados do Bradesco, o bancão reportou lucro 13% maior no terceiro trimestre e a rentabilidade voltou a subir, mas menos do que se esperava.
Os detalhes você confere no trabalho do repórter Renan Sousa.
Enquanto isso, o mercado de capitais brasileiro se prepara para a entrada em vigor da chamada “resolução da transparência” da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Identificada pelo número 179, a resolução se propõe a tornar mais claras as remunerações dos assessores de investimentos.
Afinal, algumas casas vinham oferecendo “assessoria gratuita” #sqn.
A “resolução da transparência” da CVM vai entrar em vigor amanhã.
O que você precisa saber hoje
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A RENDA VARIÁVEL AINDA BRILHA
Selic em alta não é motivo para fugir para a renda fixa: tubarões do mercado revelam estratégia para escolher boas ações para lucrar na bolsa. Para os gestores Florian Bartunek e César Paiva, a “maré de azar” vivenciada na renda variável hoje abre oportunidade para quem quer comprar ações baratas e de qualidade na B3.
A FAVOR DE PETR4
Petrobras (PETR4) se livra de processo na Holanda relacionado a perdas de investidores com a Lava Jato. Tribunal de Roterdã decide favoravelmente à petroleira e diz que os danos causados aos investidores não foram responsabilidade direta da companhia.
PRA TODOS OS LADOS
Log (LOGG3) dobra lucro no 3T24 e CEO ainda vê amplo espaço para crescer, mas cenário macro preocupa. Empresa de galpões logísticos mantém planos de expansão, mas juro menor e cumprimento do arcabouço fiscal ajudariam negócio, diz CEO da Log.
PROJETOS COLOSSAIS
Dubai já era? Arábia Saudita faz investimentos bilionários para se tornar a nova capital do luxo do mundo e se livrar da dependência do petróleo. Edifícios colossais e experiências turísticas de primeira linha fazem parte da Visão 2030 do país.
BRIGA DE GIGANTES
BYD vs. Tesla: vendas da chinesa superam as da montadora de Elon Musk pela primeira vez e acirram disputa de veículos elétricos. No terceiro trimestre, as vendas da BYD chegaram a US$ 28,2 bilhões; montadora americana registrou US$ 25,2 bilhões.
ELEIÇÕES NOS EUA
Nem Trump, nem Kamala: por que o megainvestidor Ray Dalio defende outra alternativa para a Casa Branca. Em evento na Arábia Saudita, o fundador da Bridgewater Associates falou que o país precisaria de um líder mais ao centro.
LONDON CALLING
Ministra abre a caixa de pandora e anuncia o maior aumento de impostos do Reino Unido em 30 anos; libra reage, bolsa cai e títulos dão o maior salto desde julho. O primeiro orçamento do Partido Trabalhista, que assumiu o poder em meados deste ano com uma vitória esmagadora, trouxe mais de 40 bilhões de libras em aumento de tributos por ano.
APROVADO OU NÃO?
Educação em alta: Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) sobem até 4% na bolsa com perspectivas de melhora nos balanços; saiba o que esperar. Parte da explicação do otimismo está no fato de que as ações das empresas já caíram 37% em 12 meses
ATENÇÃO, ACIONISTA
CEO da Klabin (KLBN11) diz que investidor não vai sentir no bolso a mudança na política de dividendos — e aqui está o porquê. Após a aprovação da nova política de remuneração, o CEO Cristiano Teixeira recebeu uma chuva de perguntas de investidores sobre o futuro dos proventos da gigante do papel e celulose — e aqui está o que esperar, segundo o presidente.
CASA PRÓPRIA
Financiar imóvel ficará mais difícil? Novas regras de financiamento pela Caixa entram em vigor a partir desta sexta (1º); entenda o que muda. O banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional da instituição deve superar o orçamento aprovado para 2024.
SEM CHURRASCO URUGUAIO
O impasse continua: Uruguai rejeita novamente a venda de ativos da Marfrig (MRFG3) para Minerva (BEEF3) e ameaça transação de R$ 675 milhões. A Coprodec já havia rejeitado a operação entre as gigantes de frigoríficos em maio, alegando que a transação aumentaria a concentração de mercado no país.
RESULTADOS POSITIVOS
A fábrica de bilionários surpreende mais uma vez: lucro da Weg (WEGE3) cresce 20% no ano, mas ação cai mais 5% — analistas chamam atenção para esta linha do balanço. Na visão dos analistas do BTG Pactual, a margem Ebitda cresceu aquém do esperado neste trimestre, após atingir recorde nos três meses anteriores.
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