A ação que já trouxe ótimos lucros nesta semana, mas ainda guarda um grande potencial de valorização
A companhia negocia por apenas 5x valor da firma/ebitda — muito barata e com grande potencial de expansão de múltiplos à medida que o mercado conhecer melhor essa tese, que inclusive pode se tornar uma boa pagadora de dividendos no longo prazo

Caso não tenha visto, a ação da Estapar (ALPK3) fechou de pregão quinta-feira (8) com quase +7% de alta, depois que a companhia divulgou resultados trimestrais.
O que teve de tão especial nos números do 2T24? Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, então deixarei que o gráfico abaixo responda essa pergunta.
Como você pode observar, o 2T24 marcou o primeiro lucro líquido da companhia desde o quarto trimestre de 2019. Nesse meio tempo, a Estapar passou por sérias dificuldades, já que os estacionamentos foram esvaziados no período da pandemia.
Desde então, a empresa vem ajustando suas operações, focando mais em garagens alugadas, que necessitam de menores investimentos e têm um retorno mais rápido.
Outros avanços vieram na gestão da dívida, que fez as despesas com juros caírem e também contribuiu para a companhia chegar ao lucro neste trimestre.
Leia Também
Mas a verdade é que se você acompanha o Sextou com frequência, conseguiu ter um bom lucro com essa alta recente de ALPK3.
Isso porque há duas semanas eu recomendei a compra da ação, justamente pelo fato de que a companhia estava muito próxima de voltar a ser lucrativa. Leia a coluna na íntegra.
Essa virada de chave teria potencial de colocar os papéis novamente no radar dos investidores, especialmente daqueles que não acompanham o mercado tão de perto e têm preconceito com empresas que não são lucrativas.
Como você pode ver, parece que esse movimento já está acontecendo…
- Elétrica “mais barata entre os seus pares” é uma das recomendações da carteira de dividendos do analista Ruy Hungria; veja o portfólio completo gratuitamente
O lucro voltou
Sobre os números do trimestre, a receita líquida de R$ 385 milhões atingiu mais um recorde trimestral, com expansão de +15% sobre o 2T23.
Como se trata de um negócio de altos gastos fixos, o crescimento da receita ajuda a diluir custos e despesas, o que também significa expansão de margens.
Assim, a margem bruta caixa cresceu +1,8 p.p., para 27,8% e contribuiu para um crescimento do Ebitda em ritmo maior do que a receita – o Ebitda aumentou +17,7%, e chegou a R$ 77 milhões.
No trimestre, a companhia também pagou menos juros para os bancos, ajudada por uma Selic menor e também por uma ótima gestão de sua dívida.
Aliás, uma emissão recente de R$ 200 milhões em debêntures contribuiu para aumentar o prazo médio de vencimento da dívida de 2,19 para 2,42 anos, e reduzir o custo de CDI+2,78% para CDI+2,62%.
Tudo isso contribuiu para a Estapar chegar ao tão esperado lucro líquido de R$ 5,8 milhões que, como já dissemos, marca o primeiro ganho trimestral desde o 4T19.
A dívida líquida, que já chegou a ser de mais de 10x dívida líquida/Ebitda na época da pandemia, hoje está em 2,8x e já não assusta mais.
De olho na ação: há muito mais por vir
Os resultados do 2T24 apenas reforçam a nossa visão positiva com a tese de Estapar e, como eu já disse, a virada para o status de "empresa lucrativa" deve começar a atrair cada vez mais interessados para essa história.
E os lucros vão continuar crescendo, seja porque a companhia continuará aumentando o número de vagas no portfólio e incrementando o Ebitda, ou porque tende a pagar cada vez menos juros para os bancos, já que a alavancagem e o custo da dívida seguem caindo.
Além disso, a companhia negocia por apenas 5x valor da firma/Ebitda — muito barata e com grande potencial de expansão de múltiplos à medida que o mercado conhecer melhor essa tese, que inclusive pode se tornar uma boa pagadora de dividendos no longo prazo.
Aliás, é por esse motivo que a ação é uma Bezerra dentro da série Vacas Leiteiras. Mas se, além de Estapar, você quiser conhecer outras empresas que já são capazes de pagar ótimos proventos, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a semana que vem.
Ruy
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7
Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros
Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina
Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?
Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas
17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar
Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa
Novo pacote, velhos vícios: arrecadar, arrecadar, arrecadar
O episódio do IOF não é a raiz do problema, mas apenas mais uma manifestação dos sintomas de uma doença crônica
Bradesco acerta na hora de virar o disco, governo insiste no aumento de impostos e o que mais embala o ritmo dos mercados hoje
Investidores avaliam as medidas econômicas publicadas pelo governo na noite de quarta e aguardam detalhes do acordo entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua
Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China
Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.