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Liliane de Lima
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.
AÇÃO DO MÊS

Petrobras (PETR4) é ação mais indicada (de novo) para investir em fevereiro; confira outros cinco papéis favoritos nas carteiras recomendadas de 11 analistas 

Apoiada pela valorização do petróleo, os papéis da petroleira driblaram a aversão ao risco na bolsa brasileira no primeiro mês do ano

Liliane de Lima
5 de fevereiro de 2024
6:01 - atualizado às 11:43
Ações do mês | ação Klabin KLBN11
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Dizem que o ano só começa depois do Carnaval. Pois bem, a máxima pode ser um consolo aos investidores após a queda de mais de 4% do Ibovespa em janeiro. 

Então, seja para quem começou 2024 com o pé esquerdo ou para quem vê a queda da bolsa como uma oportunidade, o momento pode ser o ideal para ajustar a carteira de investimentos com o objetivo de obter com maior retorno, inclusive acima do Ibovespa. 

No levantamento exclusivo que o Seu Dinheiro faz todos os meses com corretoras e casas de análise, a ação favorita nas carteiras recomendadas de 11 analistas é uma velha conhecida — e que vem dando alegrias aos investidores na B3. 

Quem investiu na Petrobras (PETR4)  acumulou um ganho de 8,62% nos primeiros 31 dias de 2024 — driblando o tom negativo do principal índice da bolsa brasileira. 

A ação da estatal já havia aparecido entre as favoritas do mês passado, e agora conquistou novamente a medalha de ouro, com quatro indicações entre os analistas.

Em segundo lugar, a Vivara (VIVA3), a varejista de joias queridinha do mercado financeiro, se mantém no pódio com três indicações. 

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Com a medalha de bronze, quatro ações aparecem com duas indicações cada. Duas delas são “figurinhas carimbadas” nas indicações — Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3) — e as outras duas são praticamente novatas na lista: Cyrela (CYRE3) e Assaí (ASAI3)

Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.]

  • VEJA TAMBÉM EM A DINHEIRISTA - Posso parar de pagar pensão alimentícia para filha que não vejo há quatro anos?

Novidades na “Ação do Mês” 

Com a temporada de balanços ganhando fôlego ao longo dos próximos dias e um cenário de continuidade de redução da taxa Selic, alguns papéis mais sensíveis ao ciclo de cortes dos juros voltaram a ser atrativos, na visão de analistas. 

São esses os fatores que norteiam, por exemplo, a escolha pelas ações do Assaí (ASAI3). 

No caso da rede de atacarejo, há a expectativa para os números do período entre setembro e dezembro de 2023 e significativa melhora nas receitas ao longo deste ano. 

Na visão da Guide Investimentos, a companhia deve recuperar as perdas dos últimos anos em 2024 com uma trajetória crescente de lucro e redução do endividamento da empresa, diante de um cenário de juros caindo no Brasil e nos Estados Unidos — a partir de junho ou julho. 

“Caso nossa tese de queda de juros esteja errada”, o Assaí seria uma das empresas que tenderiam a sofrer menos, segundo a corretora. 

Já Cyrela (CYRE3) se destaca com a prévia operacional divulgada em janeiro, destoando das revisões negativas para outras empresas do setor de construção como MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3). 

A incorporadora lançou 13 empreendimentos entre setembro e dezembro de 2023, com um volume de R$ 2,7 bilhões, 3% inferior ao realizado no quatro trimestre no ano anterior. No ano, porém, o Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos superou os R$ 9,7 bilhões e ficou 7% acima do registrado em 2022.

Na visão do Santander, as ações da Cyrela apresentam pelo menos três pontos atrativos: o sólido impulso de lucros, excelente execução operacional e papel negociado 27% abaixo da sua média histórica. O banco tem recomendação de compra para CYRE3 com preço-alvo de R$ 28,00. 

O balanço de Assaí será divulgado no dia 22 de fevereiro. Já os resultados de Cyrela estão previstos para 14 de março. 

Petrobras (PETR4), a preferida outra vez 

A cautela com eventuais interferências do governo no comando da Petrobras (PETR4) sempre segue à vista dos investidores. 

Mas, em janeiro, a perspectiva mais pessimista ficou em segundo plano diante da forte alta do petróleo Brent no mercado internacional. 

No mês, os contratos mais líquidos da commodity saltaram cerca de 6%, em reação à escalada do conflito no Oriente Médio, que suscitou incertezas sobre a oferta do petróleo em escala global. 

Com o impulso do petróleo, a Petrobras renovou o recorde histórico de cotação das ações no Ibovespa e, consequentemente, o valor de mercado na última quinta-feira (1º). 

A PETR3 fechou o dia em R$ 42,96 e a PETR4, em R$ 41,57. O valor de mercado da companhia chegou ao patamar de R$ 552 bilhões. 

Na frente dos bancos: Itaú (ITUB4) 

Nesta semana recheada pela divulgação dos resultados dos bancos, Itaú (ITUB4) deve se destacar mais uma vez. O maior banco privado do país publica os resultados do quarto trimestre de 2023 nesta segunda-feira (5), após o fechamento dos mercados.

A expectativa para os números mais uma vez é positiva, mas o banco pode trazer outras novidades junto com o balanço. 

Para a Empiricus, o Itaú está na iminência de aumentar a proporção do lucro que distribui aos acionistas na forma de dividendos.

Além disso, “a capacidade de antecipar ciclos de crédito, aumentando ou diminuindo o risco da carteira conforme o cenário antevisto, é uma habilidade que a gestão atual provou ter nos últimos anos, quando atravessamos picos de inadimplência no Brasil e o Itaú manteve seus calotes abaixo dos pares”. 

Vale mencionar também a aquisição pelo banco do edifício Faria Lima 3500, atual sede do Itaú BBA, por R$ 1,5 bilhão — o que fez o imóvel conquistar o título de mais caro do Brasil. 

Vivara (VIVA3) e Vale (VALE3) 

Em geral, as corretoras que recomendam a ação da Vivara destacam o crescimento e expansão da bandeira Life e a consolidação como líder em participação do mercado (market share) no mercado brasileiro de joias. 

Já as ações da Vale, por exemplo, são uma forma de dolarização da carteira, já que a empresa é uma produtora de commodities cujos preços são cotados na moeda norte-americana.

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