🔴 IPCA-15 DE ABRIL DESACELERA – VEM AÍ SELIC A 10,50% OU 10,25? SAIBA ONDE INVESTIR

Lajes corporativas: Se o Itaú está investindo, você também deveria?

Em meio à recuperação do mercado de lajes corporativas, o Itaú virou dono de um dos locais mais premiados da Faria Lima. Quando um grande player realiza esse tipo de operação, é uma boa sinalização sobre o setor

21 de janeiro de 2024
7:31 - atualizado às 15:42
Edifício Faria Lima 3500, que pertence ao Itaú
Edifício Faria Lima 3500, que pertence ao Itaú - Imagem: spcorporate.com.br

À medida que deixamos para trás os desafios enfrentados pela crise sanitária, o mercado de lajes corporativas começa a dar sinais de recuperação. 

A notícia mais quente da semana foi a compra do Faria Lima 3500 pelo Itaú por um valor total de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Estamos falando de um expressivo valor por metro quadrado de R$ 64 mil. 

O Itaú, que já ocupava o imóvel, passa a ser dono de um dos locais mais premiados da Faria Lima. Quando um grande player realiza esse tipo de operação, é uma boa sinalização sobre o setor.

Em termos operacionais, a melhora notada ao longo dos últimos 18 meses começou a se desenhar com a flexibilização das restrições de saúde pública e volta da normalidade nos escritórios no último ano.

Empresas que haviam adotado estratégias de trabalho remoto começaram a reconsiderar a importância do ambiente físico, retomando a procura por espaços nos empreendimentos.

Este cenário é visível na cidade de São Paulo, na qual notamos melhorias nos indicadores de mercado, tal como a absorção líquida, que encerrou o 4T23 no patamar de 136 mil metros quadrados, alongando a sequência de trimestres consecutivos no positivo. De acordo com a Buildings, a taxa de vacância de edifícios A+ finalizou o ano em 21,6%.

Fonte: Buildings

Região da Faria Lima segue na preferência

Entre as praças, a região da Faria Lima (Itaim Bibi / Vila Olímpia) segue dominante, com a taxa média de vacância em um dígito e o aluguel saltando para R$ 320/m2 em alguns imóveis.

Em geral, sigo com preferência por edifícios premium nessas regiões consolidadas, tendo em vista a sólida demanda por espaços, além de forte capacidade de retenção de locatários, fator que se mostrou fundamental nos últimos anos. Os fundos VBI Prime Properties (PVBI11) e CSHG Prime Offices (HGPO11) são bons exemplos disso. 

Como estamos falando de praças com escassez de espaços disponíveis, notamos recentemente o escoamento de locações para regiões secundárias.

Este é o caso das avenidas Paulista e Berrini, que apresentaram dinâmicas interessantes em seus indicadores de ocupação e não possuem elevada atividade construtiva no momento, favorecendo a competitividade dos espaços vagos. Este pode ser um cenário interessante para captura de valor ao longo dos próximos anos.

Por fim, a região da Chucri Zaidan tem apresentado indicadores de absorção favoráveis. Mas ainda tenho uma visão cética sobre os imóveis da região, tendo em vista a elevada taxa de vacância (acima de 30%), aluguel abaixo da média e sua localização menos acessível.

Inclusive, entre os principais pólos corporativos da cidade de São Paulo, a Chucri Zaidan figura como a região com o maior estoque performado, de acordo com dados da Cushman & Wakefield.

Quando olhamos para a indústria de fundos imobiliários…

Nota-se que boa parte dos portfólios possui exposição às regiões citadas nos parágrafos acima. Portanto, há sinalizações positivas quanto ao aumento da ocupação no portfólio dos fundos imobiliários e sua capacidade de repassar preços.

Este cenário já impactou positivamente as cotas em 2023, alinhado ao movimento de queda da taxa de juros. Contudo, a composição de ativos é bem heterogênea quando tratamos dos FIIs de escritórios.

Enquanto alguns players estão bem posicionados em regiões tradicionais da capital paulista, temos estratégias concentradas em praças secundárias ou que ainda não demonstraram recuperação – Alphaville e Rio de Janeiro são alguns exemplos. Isso sem contar os desafios de endividamento de alguns fundos, que se alavancaram para adquirir imóveis nos últimos anos.

Com isso, por mais que o segmento de escritórios seja o mais descontado entre os tradicionais, há uma discrepância significativa entre os fundos da cesta, conforme ilustrado abaixo no indicador prêmio/desconto sobre cota patrimonial.

Fonte: Empiricus e Quantum Axis

Em suma, mesmo com a perspectiva favorável, é muito importante estar atento ao perfil de portfólio e a estrutura de capital dos fundos.

Na minha visão, existem oportunidades pontuais no universo de escritórios, com capacidade de valorização de dois dígitos em 2024. Ao mesmo tempo, algumas estratégias oferecem uma relação risco vs retorno desfavorável, com possibilidade de perda de capital investido.

A opção premium dos escritórios

O VBI Prime Properties (PVBI11) é um legítimo FII de lajes corporativas premium, com um portfólio composto atualmente por seis imóveis, totalizando uma área bruta locável (ABL) de mais de 66 mil metros quadrados.

AtivoCidadeABLParticipaçãoClassificaçãoLEED
Park TowerSP22.340 m2100%AAAGold
FL 4440SP11.056 m250%AAAPlatinum
Union FLSP5.042 m250%AAAGold
Vila Olimpia CorporateSP6.114 m²20%AAAGold
The OneSP7.364 m71%AAPlatinum
Vera Cruz IISP7.202 m36%AAAPlatinum
Fonte: Empiricus, VBI e Buildings

Desde a última citação nesta coluna, houve algumas mudanças no portfólio do PVBI11. Mas as suas principais características permanecem: ativos premium (A+) e muito bem localizados.

Além disso, todos os edifícios performados contam com certificação LEED Gold ou Platinum, o que traz maior atratividade para o imóvel.

Em resumo, há pouco mais de um ano, a VBI aproveitou a melhora do cenário para ativos de risco e o momento de consolidação da indústria de FIIs para adotar um perfil mais ativo na gestão do portfólio. Destaco a aquisição de participações nas lajes do Vila Olímpia Corporate (VOC), The One e Vera Cruz II.

Em geral, as teses consistem na capacidade de elevação do valor real do aluguel (leasing spread) dos imóveis no decorrer do tempo.

Possivelmente já veremos elevações no preço de locação ao longo deste ano, diante da perspectiva mais sólida de melhora para o segmento de escritórios, em linha com a introdução desta coluna.

Vacância deve aumentar, mas...

Na parte comercial, o PVBI11 convive com uma taxa de vacância física de 9,5%, que possivelmente aumentará com a desocupação do The One e de 2,2 mil metros quadrados no Faria Lima 4440, programada para maio de 2024. Segundo a gestão, existem conversas para ocupação da área vaga do portfólio, especialmente no VOC.

Entre os motivos para a sua presença nesta edição, estão a alta qualidade dos ativos e suas respectivas localizações privilegiadas. Esses fatores devem contribuir para a elevação da ocupação e incremento dos valores de aluguel diante de um cenário positivo para o mercado de lajes corporativas.

O curtíssimo prazo pode registrar estagnação, mas há um potencial interessante nas cotas do fundo, que tem hoje um portfólio único para a categoria. Entendo que sua carteira deveria negociar a um valor por metro quadrado acima de R$ 30 mil.

Colocando os números na planilha (DFC), encontramos um valor justo de R$ 112,50 por cota do PVBI11, ou seja, um upside potencial de 8,5%. Este percentual, somado à expectativa de proventos para os próximos 12 meses, confere um potencial de retorno de 16% para o fundo durante o período. 

Como citei anteriormente, o segmento de escritórios deve ressurgir nos próximos anos, mas a seleção deve ser bem criteriosa. O PVBI11 está entre as minhas preferências, mas tem um fundo específico que oferece uma oportunidade ainda mais atrativa para 2024.

Para saber minha principal recomendação no setor, recomendo acessar a série Renda Imobiliária da Empiricus. Aqui tem uma promoção especial para o primeiro mês de assinatura

  • Além de PVBI11: conheça outros 4 fundos imobiliários que Caio Araujo recomenda para surfar a onda de juros baixos investindo em FIIs com bom potencial de valorização + dividendos. O relatório gratuito está aqui.

Um abraço,

Caio

Compartilhe

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Decisão de política monetária nos EUA no dia do feriado movimentam semana; veja o que esperar nos próximos dias

29 de abril de 2024 - 7:33

Além disso, as atenções ainda se voltam para o relatório de produção e vendas da Petrobras (PETR4)

MERCADOS HOJE

Esquenta dos mercados: Ibovespa acompanha pedido de recuperação extrajudicial das Casas Bahia; bolsas internacionais sobem antes da decisão de juros nos EUA

29 de abril de 2024 - 6:34

RESUMO DO DIA: Os investidores começam o dia digerindo uma notícia do último domingo. O Grupo Casas Bahia entrou com um pedido de recuperação extrajudicial na noite de ontem, com dívidas que somam R$ 4,1 bilhões. A varejista já vinha sofrendo problemas para reestruturar os negócios. Assim, os investidores devem analisar de perto o novo […]

Aperta o play!

Bolsa ou renda fixa? Como ficam os investimentos após Campos Neto embolar as projeções para a Selic

27 de abril de 2024 - 11:00

As estimativas para a Selic subiram com a expectativa de juro elevado por mais tempo e por previsão de Roberto Campos Neto de que afrouxamento pode diminuir já na próxima reunião do Copom

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Dólar cai a R$ 5,11 com inflação nos EUA; Ibovespa retoma os 126 mil pontos com NY e avança 1% na semana

26 de abril de 2024 - 17:20

RESUMO DO DIA: A ‘Super Sexta’ da inflação movimentou os mercados hoje, com divulgação da prévia dos preços em abril no Brasil e a inflação de março nos Estados Unidos. O Ibovespa fechou em alta de 1,51%, aos 126.526 pontos. Na semana, o principal índice da bolsa brasileira avançou 1,12%. Já o dólar acelerou as […]

GUERRA DO CÂMBIO

Real forte? Esse bancão vê a moeda brasileira vencendo o iene — divisa japonesa atinge o menor nível em 34 anos ante o dólar

26 de abril de 2024 - 17:01

O iene, considerado uma das divisas fortes e usada como reserva financeira, tem perdido força contra a moeda norte-americana, mas não só

Proventos

Usiminas (USIM5) e Banrisul (BRSR6) anunciam dividendos; veja quanto as empresas vão pagar e quem poderá receber

25 de abril de 2024 - 19:12

Siderúrgica vai pagar R$ 330 milhões, enquanto o banco gaúcho distribuirá R$ 75 milhões aos acionistas

DESTAQUES DA BOLSA

Cogna (COGN3) nota 10? Banco estrangeiro passa a recomendar compra das ações, que lideram altas da B3

25 de abril de 2024 - 13:39

O banco também avalia um preço justo para as ações entre R$ 2,80 e R$ 4,40, o que representa um potencial valorização das ações de até 120%

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com ‘cabo de guerra’ entre Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em leve queda; dólar sobe a R$ 5,16

25 de abril de 2024 - 6:56

RESUMO DO DIA: O dia ficou nublado para os mercados acionários com a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos e um impasse de meses solucionado na Petrobras (PETR4). Com alguns raios de sol patrocinados pela petroleira, o Ibovespa sustentou os 124 mil pontos, mas ainda assim terminou o dia entre nuvens.  O principal […]

CONFIRA O CRONOGRAMA

Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições

24 de abril de 2024 - 19:02

A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14

24 de abril de 2024 - 6:46

RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar