Os tubarões do mercado estão menos otimistas com o Ibovespa — e a Petrobras (PETR4) tem a ver com isso
O Bank of America entrevistou 33 gestores de fundos com mais de US$ 70 bilhões em ativos — e aqui estão as previsões dos investidores para a bolsa, ações, dólar e juros
A maré do Ibovespa neste começo de ano não está mesmo para peixe, e quem pensa assim são os “tubarões” do mercado.
Após uma queda de quase 5% do principal índice de ações da B3 em 2024, os grandes gestores de fundos estão menos convencidos de que o índice pode ultrapassar o patamar de 140 mil pontos em 2024, segundo uma pesquisa do Bank of America (BofA). E a Petrobras (PETR4) tem participação nisso.
Segundo o estudo LatAm Fund Manager Survey — realizado mensalmente pelo BofA —, atualmente apenas 36% dos participantes esperam que o Ibovespa supere os 140 mil até o final do ano, contra 47% na leitura de fevereiro e 63% em janeiro.
O levantamento entrevistou 33 gestores de fundos com mais de US$ 70 bilhões — cerca de R$ 350 bilhões, nas cotações atuais — em ativos sob administração na América Latina.
A maior parte dos investidores atualmente aposta que o principal índice acionário da B3 termine o ano dentro da faixa de 130 mil a 140 mil pontos. Ou seja, se a previsão se confirmar a bolsa tem pouco potencial para se valorizar, já que o Ibovespa encontra-se atualmente ao redor dos 128 mil pontos.
Mas nem tudo está perdido para uma parcela pequena dos entrevistados. Aproximadamente 5% dos gestores ainda preveem um salto do índice para acima de 150 mil pontos. Por outro lado, quase 10% esperam que o Ibovespa encerre 2024 entre 120 mil e 130 mil pontos.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
As apostas em ações e o “efeito Petrobras”
Os gestores consultados pelo BofA apostam que ações de alta qualidade, crescimento e volatilidade são as estratégias que devem ter melhor desempenho nos próximos seis meses.
Por sua vez, em uma análise de setores do mercado de ações, o otimismo está concentrado nos segmentos financeiro, de serviços públicos e industriais.
Já do lado negativo, as principais apostas de “venda” dos economistas estão nos setores de bens de consumo, materiais e serviços de comunicação.
O levantamento do Bank of America ainda mostrou uma perda de apetite dos gestores por commodities em março — e isso pode ter relação com um “efeito Petrobras”.
Na visão do BofA, a decisão da estatal de segurar o dinheiro que deveria ser distribuído aos acionistas na forma de dividendos extraordinários é um dos fatores-chave para o menor interesse dos investidores em matérias primas.
- Leia também: Petrobras (PETR4) sem dividendos extraordinários: queda merecida ou oportunidade de compra?
Além dos proventos da gigante do petróleo, o fraco desempenho do minério de ferro no acumulado de 2024 também parece estar por trás da menor alocação em commodities.
De olho nos riscos aos mercados financeiros da América Latina, os gestores de fundos avaliam que as taxas de juros mais elevadas nos Estados Unidos são a maior preocupação para a região.
Outras preocupações que ameaçam o desempenho da bolsa brasileira e de outros mercados da região são a China e o setor de commodities e o fortalecimento do dólar.
- Os investimentos preferidos do mercado para março: saiba quais são as top picks dos maiores players do mercado em ações, dividendos, fundos imobiliários e BDRs.
Além do Ibovespa
Mas as apostas para o Ibovespa não são as únicas fichas dos gestores para 2024.
Os especialistas consultados pelo BofA preveem que o dólar deve permanecer praticamente estável no fim do ano, entre R$ 4,81 e R$ 5,10.
Já em relação à economia brasileira, o levantamento do BofA mostra que a maioria dos investidores espera um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país entre 1% e 2% em 2024.
Na visão dos gestores, o ciclo de cortes da taxa básica de juros deve levar a Selic para um percentual próximo de 9,5% ao ano.
E para os especialistas, o apetite dos investidores por ações deve voltar apenas quando a Selic retomar o patamar de 9%.
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
