Não é hora de ter Vale (VALE3) na carteira? Bancão de investimentos rebaixa peso de ações da mineradora
O Bank of America rebaixou a recomendação para a gigante da mineração no portfólio de América Latina, de “equal weight” para “underweight”

O fim da novela sobre a sucessão da Vale (VALE3) animou os investidores locais pela dissipação de uma das principais incertezas que pairavam sobre o futuro da companhia. No entanto, na avaliação do Bank of America (BofA), não há muitos motivos para otimismo com a mineradora.
Para o BofA, mesmo após as quedas de 20% de VALE3 na B3 desde o início do ano, não é hora de apostar nas ações ou ADRs (recibos de ações) da Vale na carteira.
O banco de investimentos rebaixou nesta quarta-feira (4) a recomendação para a gigante da mineração no portfólio de América Latina, de “equal weight” (equivalente a peso neutro) — para “underweight” — ou seja, com peso abaixo do mercado.
Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 68 para as ações VALE3, implicando em um potencial de alta de 20% em relação ao último fechamento.
Já para os ADRs negociados em Wall Street, o target é de US$ 13, uma valorização potencial de 30% frente ao fechamento anterior.
Por que o BofA rebaixou a exposição a Vale (VALE3)?
Apesar da revisão para baixo da recomendação, o BofA não mencionou nenhuma desconfiança ou preocupação com questões operacionais ou financeiras da própria Vale.
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Na realidade, o rebaixamento da mineradora é reflexo das perspectivas mais negativas dos analistas sobre dois fatores cruciais para a companhia brasileira: a China e o minério de ferro.
O pessimismo com a China
Segundo o banco, depois de uma “notável retomada do crescimento sequencial” no primeiro trimestre, agora o gigante asiático enfrenta uma forte desaceleração do motor de crescimento da economia, com fracas vendas no varejo e consumo de serviços e impactos da crise imobiliária por lá.
“A força da demanda externa e a recuperação do ciclo de tecnologia conseguiram empurrar as exportações de volta ao crescimento”, afirmaram os analistas.
O BofA reduziu as previsões de crescimento econômico da China para este ano e para 2025, para uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,8% e 4,5%, respectivamente.
“Apesar do afrouxamento intermitente nas políticas fiscal, monetária e imobiliária, o crescimento da demanda doméstica permaneceu fraco”, disse o BofA, em relatório.
Na avaliação do banco, é improvável que haja uma intensificação das flexibilizações no curto prazo, já que os formuladores de políticas estão relutantes em aumentar a intensidade do suporte político, especialmente no lado da demanda.
“A menos que o crescimento das exportações desacelere significativamente, potencialmente devido a atritos comerciais nos próximos trimestres, acreditamos que os formuladores de políticas tenderão a flexibilizar apenas marginalmente.”
Os analistas projetam “alguma retomada moderada” no ritmo de emissão de títulos de dívida do governo chinês, mas, segundo o banco, esse esforço “dificilmente compensará ventos contrários no crescimento” da China.
Pressão sobre o minério de ferro
As estimativas fracas para a China pesam na demanda e, consequentemente, nos preços do minério de ferro, e o BofA também tem uma “perspectiva nada inspiradora” para a commodity, que já acumula desvalorização de aproximadamente 34% desde o início do ano.
Na avaliação dos analistas, há ainda o risco de que uma eventual desaceleração econômica global possa pressionar ainda mais os preços dos metais no futuro.
Negativo em Vale, otimista com o Brasil
Ainda que as perspectivas não sejam animadoras para a Vale (VALE3), o Bank of America está otimista com o Brasil como um todo, com recomendação “overweight” em meio à visão construtiva de atividade e valuation.
“Apesar da falta de compradores marginais, os fundamentos no país são relativamente fortes. Os valuations permanecem descontados e as empresas nacionais continuam a mostrar recuperação de lucros.”
No portfólio brasileiro, o BofA afirma estar otimista com o setor bancário e com a força de consumo no varejo.
Segundo os analistas, do lado macroeconômico, todos os olhos agora estão voltados para o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
“Acreditamos que, se o Fed [banco central dos EUA] cortar os juros para um cenário de pouso suave, isso pode ser positivo para os mercados latino-americanos”, escreveram os analistas.
Na visão do BofA, o Ibovespa pode ser um beneficiário de taxas de juros globais mais baixas.
*Matéria corrigida. O BofA reduziu a recomendação para exposição na Vale para "underweight" e não para venda, como indicado originalmente
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