Feliz ano velho? BTG revela as ações favoritas para investir mesmo com cenário mais difícil para a bolsa brasileira em 2025
Relatório do banco mostra quais são as top picks em diferentes setores da economia — e de quais papéis os investidores devem ficar longe no próximo ano
Se a bolsa de valores brasileira fosse personificada, ela pularia sete ondas no Ano Novo e pediria por mais prosperidade em 2025 — já que, pelo andar da carruagem, os próximos 12 meses prometem ser difíceis para as ações locais.
Com um cenário fiscal incerto, uma nova escalada da Selic e a falta de perspectiva para as ações subirem no curto prazo, não é preciso ter uma bola de cristal para prever o futuro da renda variável no Brasil.
Mas nem tudo está perdido. A recomendação do BTG Pactual para os investidores é priorizar as empresas que geram caixa no curto prazo, que pagam bons dividendos e que se beneficiam de um dólar mais forte.
O banco também alerta para os perigos da bolsa diante do cenário que se desenha em 2025: o momento não é propício para varejistas, empresas alavancadas e ações com fluxo de caixa de longa duração — aquelas que vão começar a dar retornos para o acionista no médio a longo prazo.
Na visão do BTG, os lucros das empresas que vendem majoritariamente para o mercado doméstico devem ser menores no próximo ano, em comparação a 2024.
A situação é ainda mais crítica para as empresas alavancadas e com a maior parte da dívida atrelada à Selic.
Leia Também
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Quais ações comprar em 2025, segundo o BTG
O final de 2024 está sendo marcado pelas altas consecutivas do dólar. Não à toa, o BTG recomenda aumentar a exposição à moeda americana por meio de algumas ações estratégicas.
Uma delas é a WEG (WEGE3), que apesar de ser considerada cara, “oferece perspectivas de crescimento resilientes, altos retornos, exposição favorável ao câmbio e aos mercados promissores como eletrificação e renováveis”, nas palavras dos analistas.
Ganham destaque as petroleiras por terem os produtos negociados em dólar. A Petrobras (PETR4) está entre as “principais escolhas” para o ano — também pesa em favor da estatal o histórico de pagamento de dividendos.
A Prio (PRIO3), apesar de não ser uma grande distribuidora de proventos, também é recomendada pelo BTG devido à forte geração de caixa.
A hora e a vez dos dividendos
Os proventos, inclusive, são levados em consideração pelo banco para indicar os papéis.
Nesse contexto, a BB Seguridade (BBSE3) é uma das recomendações por se beneficiar da alta das taxas de juros e proporcionar pagamentos generosos aos acionistas, com dividend yield (rendimento dos dividendos) na casa dos 11% ao ano.
O banco também faz boas projeções para a TIM (TIMS3), que poderia pagar dividendos de até 17% considerando o valor de mercado da companhia nos próximos 15 meses.
No segmento de Utilities (energia elétrica e saneamento básico), que, segundo os analistas, merece “uma parcela significativa do portfólio”, a escolha preferida é a recém-privatizada Sabesp (SBSP3).
O BTG também recomenda reservar um espaço na carteira para estas outras ações do setor: Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET6).
No segmento financeiro, a top pick é o Itaú (ITUB4) pela boa perspectiva de lucro e pelo alto ROE (retorno sobre patrimônio líquido, que indica quanto lucro a empresa gera para cada real investido pelos acionistas).
Ainda dá tempo de comprar incorporadoras
O BTG continua recomendando as incorporadoras voltadas para baixa renda, que se beneficiam do Minha Casa, Minha Vida.
“O programa tem sido tão bom para compradores e construtores de casas, que a maioria das empresas agora está com caixa positivo, e são grandes pagadoras de dividendos”, escrevem os analistas.
As principais indicações são Plano&Plano (PLPL3), Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3).
No ramo de construção civil para alta renda, a top pick é Cyrela (CYRE3).
As exceções do varejo
Ainda que o BTG não recomende investir no varejo, existem duas exceções importantes: o Mercado Livre (MELI34) e o Grupo Mateus (GMAT3).
O Meli é considerado pelo banco como “vencedor no e-commerce e pagamentos da América Latina”, enquanto o Grupo Mateus “pode se beneficiar da aceleração da inflação dos alimentos e da presença no Nordeste, uma região desproporcionalmente apoiada pelos programas sociais do governo.”
Por fim, os analistas também projetam que a plataforma de e-commerce VTEX (negociada na bolsa de Nova York com o ticker VTEX) deve ter um bom 2025, com margens fortes.
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
