Ação da Hypera (HYPE3) sobe 7% e lidera altas do Ibovespa nesta tarde após proposta de fusão com EMS. O que esperar da farmacêutica?
A reviravolta na gigante da farmácia, dona de marcas como Benegrip, acontece em meio a propostas de fusão e reestruturações operacionais desde o último fim de semana
As ações da Hypera (HYPE3) fizeram uma breve visita ao “inferno” da bolsa no último pregão, mas conseguiram reverter a descida e hoje voltam ao céu na sessão desta terça-feira (22).
Os papéis encerraram a sessão em forte alta de 7,45% e lideraram a ponta positiva do Ibovespa, cotados a R$ 28,11.
A reviravolta na gigante da farmácia, dona de marcas como Engov, Merthiolate e Benegrip, acontece em meio a propostas de fusões e reestruturações operacionais que estampam os noticiários de finanças desde o último fim de semana.
Após anunciar um remédio amargo para a saúde financeira, com otimização da estratégia de capital de giro, interrupção de projeções financeiras (guidance) e recompra de ações no mercado, além de uma prévia do balanço do terceiro trimestre mais fraca que o esperado, a companhia desabou quase 20% na B3.
No entanto, uma rival foi ao socorro e propôs uma fusão capaz de resultar na maior empresa da indústria farmacêutica do país. A EMS não só quer realizar uma combinação de negócios com inúmeras sinergias, como também pretende fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações dos acionistas minoritários da Hypera.
O desempenho positivo desta tarde, no entanto, não apaga a queda de 19% dos papéis no acumulado deste ano. A farmacêutica hoje é avaliada em aproximadamente R$ 17,7 bilhões.
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O que analistas esperam da potencial fusão entre a Hypera (HYPE3) e a EMS
Nas contas do Itaú BBA, a nova companhia resultante da fusão teria um valor patrimonial combinado de R$ 47,5 bilhões, com a Hypera detendo uma participação de 40% e a EMS detendo uma participação de 60% antes da potencial OPA.
A expectativa dos analistas é que a maioria das sinergias devem vir da otimização de matérias-primas, custos e consultas médicas. Segundo o banco, o lucro líquido combinado pós-sinergias chegaria a R$ 4,74 bilhões em 2026, a um valuation de 10 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) para 2026.
“O acordo faz sentido de uma perspectiva operacional, pois poderia criar um player líder no segmento farmacêutico com oportunidades de sinergia que podem aumentar a lucratividade da empresa combinada, poder de barganha com fornecedores e clientes e posicionamento estratégico”, disse o banco.
Para o Goldman Sachs, a nova empresa formada pela fusão entre a Hypera e a EMS ainda possuiria uma alavancagem de 2 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses encerrados em junho.
Segundo os analistas, as finanças da EMS seriam um ponto positivo estratégico, com crescimento do Ebitda (indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa de uma empresa) em um ritmo sólido e lucratividade saudável com uma posição de liderança de mercado.
No entanto, a empresa detém uma pegada relevante em genéricos em seu mix de vendas, segmento que vivencia uma competição estruturalmente feroz com barreiras de entrada mais baixas em comparação com os remédios sem receita da Hypera.
Vale lembrar que, após o anúncio da nova estratégia operacional, o Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações HYPE3 para “market perform” (neutro) e cortou o preço-alvo previsto para os papéis no fim de 2025.
Do lado das redes de farmácias, como a RD Saúde (RADL3), antiga Raia Drogasil, a Panvel (PNVL3) e a Pague Menos (PGMN3), o impacto deve ser mínimo, segundo o Itaú BBA.
Afinal, dada a natureza competitiva do mercado, os fornecedores de remédios enfrentam desafios significativos para alterar os termos comerciais com as farmácias sem arriscar uma perda de participação de mercado.
“Embora uma redução nas contas a receber para Hypera possa se traduzir em prazos de pagamento mais curtos para farmácias, isso deve ser contrabalançado por uma melhoria no giro de estoque, mantendo o equilíbrio”, projetaram os analistas.
O Cade vai brecar o negócio?
No entanto, o aval dos reguladores como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não seria um grande problema a esse respeito, já que as empresas não parecem ter uma sobreposição de portfólio — uma vez que o foco da EMS são os medicamentos genéricos, enquanto a Hypera é focada em medicamentos de venda livre de receita.
Segundo a carta enviada à Hypera, a equipe de assessoria jurídica da EMS já conduziu uma análise preliminar sobre os impactos da concentração de mercado e antecipou que não haverá medidas antitruste relevantes eventualmente impostas pelo Cade.
Para o Goldman, os portfólios de medicamentos das empresas são amplamente complementares, sem sobreposição em termos de categorias amplas. No entanto, a categoria de genéricos se destacou nos dados de venda ao consumidor final, com a maior concentração para a nova empresa.
Por isso, segundo os analistas, a decisão do Cade poderia levar isso em conta para avaliar a concentração de mercado, em vez de uma definição ampla de categoria de medicações.
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