🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Como pode?

A Selic caiu, mas retorno esperado para CDBs, Tesouro Selic e outras aplicações de renda fixa pós-fixada é maior hoje do que antes dos cortes; entenda

Projeções para os juros para dois anos ainda são de queda, mas estão maiores hoje do que antes de o ciclo de queda da taxa básica começar

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
21 de setembro de 2023
13:00 - atualizado às 12:45
Calculadora com sinal de porcentagem representando juros | Selic, fundos imobiliários, bolsa, Ibovespa, ações
Imagem: Shutterstock

Os cortes que o Banco Central vem fazendo na taxa Selic tendem a reduzir o retorno de aplicações de renda fixa pós-fixada, que são aquelas cuja remuneração é atrelada à própria taxa básica ou então ao CDI. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu os juros em 0,50 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, para 12,75% ao ano.

O efeito desse tipo de mudança é imediato na rentabilidade de ativos como o Tesouro Selic, de CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa conservadora. Você já deve ter sentido o impacto na sua reserva de emergência, caso a mantenha aplicada em um desses investimentos e não na poupança.

Por exemplo, em julho, mês que teve 21 dias úteis, o CDI acumulou alta de 1,07%. Já do dia 2 de agosto – data em que o BC iniciou o atual ciclo de cortes na Selic e baixou a taxa de 13,75% para 13,25% ao ano – até 31 de agosto, período que também teve 21 dias úteis, o CDI acumulou ganho de 1,04%.

Porém, quando queremos projetar a rentabilidade dessas aplicações para um futuro mais distante – digamos, para daqui a um ou dois anos –, algo contraintuitivo pode acontecer: o retorno projetado para uma data lá na frente após alguns cortes na Selic pode ser maior do que o retorno projetado para um prazo semelhante antes dos cortes. E é exatamente isso que está acontecendo agora.

Renda fixa pós-fixada tem retorno esperado maior hoje do que antes do início dos cortes na Selic

Como a Selic ainda deve cair mais, uma maneira um pouco mais realista de estimar o retorno das aplicações de renda fixa pós-fixada nesses casos é usando as taxas de juros futuras. Foi o que eu fiz, por exemplo, nesta reportagem que mostra como fica a rentabilidade dessas aplicações após a última redução dos juros.

Afinal, se a meta para a taxa básica está em 12,75% hoje, mas cairá para 9,00% ao final de 2024 (conforme projeção dos economistas), o retorno da renda fixa pós-fixada será mais alto hoje do que no fim do ano que vem. Não se pode, portanto, estimar um retorno estável de 12,75% ao ano durante todo esse período.

Leia Também

Os juros futuros (ou DIs futuros, no financês) são negociados em bolsa na forma de contratos e consistem nas apostas do mercado para o CDI acumulado do momento da negociação (hoje) até uma determinada data futura (vencimento).

Hoje, após o segundo corte seguido da Selic e com as expectativas de mais quedas, o DI com vencimento para julho de 2025, por exemplo, é negociado em 10,36% ao ano; no dia 2 de agosto, porém, pouco antes de o Copom anunciar seu primeiro corte na Selic neste ciclo, o mesmo contrato era negociado em 10,28% ao ano.

Ou seja, antes de a Selic começar a cair, a expectativa de retorno anual para o CDI até julho de 2025 era mais alta do que agora que a Selic já sofreu dois cortes e que o prazo até lá está com quase dois meses a menos de rentabilidade elevada (com a Selic ainda em dois dígitos).

Isso significa que, antes do início do ciclo de queda da taxa básica, os investidores esperavam um retorno menor na renda fixa pós-fixada nos dois anos seguintes do que hoje, depois de duas reduções nos juros.

A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio, ela pegou meu dinheiro e ‘me deixou'

Não é bruxaria, apenas uma redução do otimismo

Esse “fenômeno” não tem nada de extraordinário e muito menos de sobrenatural. Trata-se do reflexo de uma mudança normal nas expectativas dos investidores em relação à trajetória da Selic. Esta, por sua vez, é afetada por fatores como a saúde das contas públicas, expectativas para a inflação e trajetória dos juros no resto do mundo.

Repare que, tanto no início de agosto quanto agora, a expectativa do mercado é de que os juros até 2025 acumulem uma variação menor do que a Selic atual, o que significa que os investidores ainda esperam uma queda na taxa básica até lá.

A diferença é que, antes do primeiro corte, em agosto, eles estavam um pouco mais otimistas. Achavam que a queda da Selic, nos próximos meses, poderia ser mais intensa. Porém, do início de agosto para cá, as expectativas do mercado para o médio prazo mudaram.

“Esse movimento é bastante comum. O mercado antecipou um ciclo de corte e hoje as variáveis mudaram, principalmente no exterior. Os juros estão batendo recordes em todas as economias desenvolvidas praticamente. Com isso, o mercado entende que o Copom não vai conseguir cortar tanto a Selic quanto se imaginava”, explica Lais Costa, analista de renda fixa da Empiricus.

Em outras palavras, antes do ciclo de queda da Selic começar, os investidores achavam que os juros pudessem cair com mais força nos próximos dois anos; de lá para cá, porém, houve uma piora na percepção do mercado em relação à política fiscal brasileira e também sinalizações de política monetária restritiva nos países desenvolvidos.

Na opinião de Lais Costa, o cenário global de juros inclusive pesou mais que a questão fiscal para essa mudança de percepção dos investidores, que agora acham que a Selic não deve cair tanto assim – pelo menos não nos próximos dois anos.

Vale frisar que as expectativas para os juros no curto prazo (até um ano), por outro lado, vêm caindo desde o início do ciclo de cortes na Selic.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VALE A PENA?

CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR

8 de julho de 2025 - 16:00

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?

3 de julho de 2025 - 8:00

MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre

3 de julho de 2025 - 6:00

Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro

FICOU POP

Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente

26 de junho de 2025 - 18:38

Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor

PRÊMIOS NEGATIVOS?

Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos — mas são consideradas atrativas 

25 de junho de 2025 - 12:13

A renda fixa da Petrobras, com isenção de imposto de renda, tem apelo significativo neste momento, segundo avaliação da Empiricus

TEVE CHORINHO

Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%

18 de junho de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta

NOVA ERA NOS INVESTIMENTOS

Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados

12 de junho de 2025 - 19:33

Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas

O FIM DE UMA ERA

LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas devem perder isenção de IR e passar a ser tributadas; veja regras completas

12 de junho de 2025 - 11:14

Governo publicou texto da Medida Provisória com novas regras de tributação para investimentos que inclui tributação de 5% para títulos de renda fixa antes isentos

AJUSTANDO O PORTFÓLIO

Estratégia dos gestores: títulos AAA e agro ficam em segundo plano; pitada de risco é bem-vinda para melhorar retornos

10 de junho de 2025 - 16:22

Enquanto investidores colocam cada vez mais fichas no crédito privado, gestores enfrentam cenário mais difícil para retornos acima da curva

TOUROS E URSOS #226

O que esperar da renda fixa com o fim das altas na Selic e a possível tributação de isentos, como LCI e LCA?

10 de junho de 2025 - 12:47

No Touros e Ursos desta semana, Ulisses Nehmi, CEO da gestora de renda fixa Sparta, fala sobre estratégias e riscos diante de um juro tão alto e ameaças de tributação

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa em junho: Tesouro IPCA+ e debênture da Sabesp são destaques; indicações incluem títulos isentos como CRIs, LCAs e a nova LCD

10 de junho de 2025 - 7:00

Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam comprar na renda fixa em junho

TAXAÇÃO GERAL

Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única

9 de junho de 2025 - 11:59

Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações

COMPENSAÇÃO DO IOF

Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas

9 de junho de 2025 - 10:36

Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda

RENDA FIXA

Neon lança CDB que rende até 150% do CDI, de olho em novos clientes; veja como investir

4 de junho de 2025 - 15:49

Os Certificados de Depósito Bancário tem aporte mínimo de R$ 100; promoção será válida por dois meses

MAIS UMA

Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda

26 de maio de 2025 - 19:41

Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale

EMISSÃO BILIONÁRIA

Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos

22 de maio de 2025 - 20:31

Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais

COLHER DE CHÁ

CMN reduz prazo de carência de LCIs e LCAs de nove para seis meses, mas fecha um pouco mais o cerco a CRIs, CRAs e CDCAs

22 de maio de 2025 - 19:22

Órgão afrouxa restrição imposta em fevereiro de 2024 a LCIs e LCAs, mas aperta um pouco mais as regras para outros títulos isentos de imposto de renda

SIMULAÇÃO

Vencimento de Tesouro IPCA+ paga R$ 153 bilhões nesta semana; quanto rende essa bolada se for reinvestida?

15 de maio de 2025 - 7:30

O Seu Dinheiro simulou o retorno do reinvestimento em novos títulos Tesouro IPCA+ e em outros papéis de renda fixa; confira

CRÉDITO PRIVADO

Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?

12 de maio de 2025 - 15:17

Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje

NOVO AUMENTO

Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

7 de maio de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar