O Tesouro RendA+ Aposentadoria Extra (NTN-B1), novo título público voltado para a aposentadoria, estreou nesta segunda-feira (30) pagando um prêmio anual de até 6,45% acima da inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
A nova linha de títulos do Tesouro Direto tem vencimentos de 2030 até 2065, sempre num intervalo de 5 anos, e as taxas de remuneração variam de acordo.
Nesta segunda-feira, o título com vencimento mais curto, em 2030, está pagando 6,38% acima da inflação. Os que estão com maior prêmio são os que vencem em 2040 e 2045, com 6,45%. Você pode consultar os preços e taxas aqui.
Vale notar que o simulador para os novos títulos deveria ter entrado no ar também nesta segunda-feira (30), mas segue indisponível. O Seu Dinheiro pediu esclarecimentos ao Ministério da Fazenda, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
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Como funciona o Tesouro RendA+
A partir de hoje, o investidor poderá escolher entre oito diferentes vencimentos deste novo título, a depender da data de conversão, isto é, a data em que deseja se aposentar - ou simplesmente começar a receber a renda paga pelo título, mesmo que ainda não tenha se aposentado.
Estão disponíveis títulos com datas de conversão em 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. A ideia é que o investidor compre mensalmente títulos com a data de aposentadoria escolhida e, a partir de então, os aportes cessem e ele comece a receber uma renda mensal durante 20 anos (240 meses).
Assim, quem escolher um Tesouro RendA+ 2030, por exemplo, destinará sua poupança previdenciária a esse título durante quase oito anos e, a partir de janeiro de 2030, passará a receber uma renda mensal até dezembro de 2049.
O novo título público tem remuneração indexada à inflação oficial, medida pelo IPCA, como já ocorre com os conhecidos Tesouro IPCA+. Assim, ele pagará uma taxa prefixada anual (já conhecida no ato do investimento) mais a variação do IPCA durante todo o período de acumulação de recursos. Após a data de conversão, a renda paga mensalmente também será corrigida pela inflação, de modo a manter o poder de compra do investidor.
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