Haddad culpa governo Bolsonaro por Selic alta e defende ‘meta contínua’ da inflação junto ao CMN
Junto com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, Haddad tem assento no Conselho Monetário Nacional, onde são definidas as metas de inflação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar as metas de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e alfinetar os juros elevados do Banco Central. Em entrevista à CNN, o chefe da pasta confirmou uma preferência por metas contínuas a serem atingidas ao longo do tempo.
"Eu penso que há aperfeiçoamento a ser feito. Talvez a oportunidade seja agora", afirmou Haddad em entrevista ao empresário Abílio Diniz, no programa Caminhos.
Junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, Haddad tem assento no Conselho, onde são definidas as metas de inflação.
Para o ano que vem, a meta central a ser perseguida é de 3% — com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, um espaço entre 1,5% e 4,5% —, porém o governo pressiona por mudanças no regime, como forma de abrir espaço para o corte de juros.
Metas anuais “não fazem sentido”, diz Haddad
Haddad considerou as metas anuais uma especificidade "que não faz sentido". Apenas Brasil e Turquia, observou, adotam o modelo. "Não faz sentido discutir no Conselho Monetário qual é a meta de inflação ano a ano", assinalou.
"O que o mundo que adotou meta de inflação fez? Você analisa a economia do país, define um objetivo, não fixa o ano-calendário. Alguns chamam de meta contínua. Ou seja, se é 3%, persegue-se 3%", acrescentou o ministro.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Haddad lembrou que, mesmo com a inflação a 8,5%, o Banco Central Europeu (BCE) calibra os juros para que o objetivo de baixar a alta dos preços para 2% seja alcançado respeitando uma série de variáveis.
"Não para abrir mão de combater a inflação, que é a razão de ser do banco central, mas a trajetória, como ele desenha a trajetória", disse Haddad.
VEJA TAMBÉM — “A Bet365 travou meu dinheiro!”: este caso pode colocar o site de apostas na justiça; entenda o motivo
Dentro da técnica, é possível discutir corte nos juros
No mesmo programa, Haddad foi questionado sobre a responsabilidade na manutenção do nível elevado dos juros. O ministro respondeu que o novo governo tenta, na verdade, corrigir o que chamou de "loucuras" cometidas pela administração anterior em ano eleitoral.
Nesse ponto, sustentou que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desorganizou o orçamento em R$ 300 bilhões, ou 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e que leva-se tempo para corrigir. Nesse sentido, reforçou, o BC foi obrigado a elevar a taxa Selic a 13,75%.
"As medidas que este governo tem tomado para reverter quadro do governo anterior dão espaço para mudança de patamar da taxa de juros", disse Haddad, acrescentando que a discussão já não é mais sobre o que fazer, mas sim quando os juros podem cair.
Para Haddad, a discussão sobre a queda da Selic é técnica e não pode ser política, mas é legítima. "Dentro da técnica, é possível discutir (o corte de juros)."
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
Eletrobras x governo: Haddad fala em “controvérsia”
Haddad afirmou na entrevista que a lei de privatização da Eletrobras é "controversa" e foi muito criticada, mesmo por defensores da mudança de controle da companhia.
"No caso da Eletrobras, se você consultar as pessoas do mercado, a lei foi muito criticada, mesmo por quem defendia a privatização. A lei foi muito controversa", disse.
Segundo Haddad, o Brasil é uma democracia sólida, com instituições fortes e caberá ao Judiciário decidir se o Executivo tem razão em questionar os moldes da privatização da companhia.
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal que pede a ampliação do poder de voto da União na Eletrobras. O processo foi distribuído a Kássio Nunes Marques, que já relata ações que questionam a privatização da empresa.
A União detém 43% da Eletrobras, privatizada em junho do ano passado, mas seu poder de voto é limitado a 10%. A ação que questiona essa trava foi ingressada AGU em 5 de maio.
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Dólar fraco, desaceleração global e até recessão: cautela leva gestores de fundos brasileiros a rever estratégias — e Brasil entra nas carteiras
Para Absolute, Genoa e Kapitalo, expectativa é de que a tensão comercial entre China e EUA implique em menos comércio internacional, reforçando a ideia de um novo equilíbrio global ainda incerto
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas
Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor nesta segunda-feira (21)