Os reais motivos de Putin que fizeram a guerra nuclear bater à porta do planeta — e que colocam a China em xeque
Inicialmente, o presidente russo suspendeu sua participação no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas — conhecido como Novo Start — por causa da capacidade nuclear dos EUA, mas agora diz que não foi só por isso

O perigo de uma guerra nuclear bateu à porta do planeta quando, na semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a suspensão da participação de seu país no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (conhecido como New Start), estabelecido com os EUA em 2010.
A decisão aconteceu dias antes de a invasão da Ucrânia completar um ano e colocou o mundo em alerta sobre os próximos passos de Putin para garantir a vitória em uma guerra que não parece perto do fim.
Mas engana-se quem acha que os EUA são os únicos responsáveis pela decisão de Putin. Em entrevista neste domingo (26), o presidente russo disse que não foi só a capacidade nuclear norte-americana que motivou a suspensão do acordo — outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) dividem essa conta.
Como vem fazendo ao longo da guerra, Putin afirmou em trechos veiculados por agências de notícias russas que o país enfrenta uma ameaça porque os membros da Otan estão buscando a "derrota estratégica" de seu país.
"Quando todos os principais países da Otan declararam que seu principal objetivo é nos infligir uma derrota estratégica... como podemos ignorar suas capacidades nucleares nessas condições?", questionou Putin.
Os reais motivos de Putin
O diretor da CIA, William Burns, disse mais cedo que a verdadeira questão por trás da invasão é a perda de controle de Putin sobre a Ucrânia e a ascensão do país como um Estado independente e democrático alinhado com o Ocidente.
Leia Também
"Ele vê isso como uma ameaça direta à ambição que atinge o cerne de sua visão como líder russo", disse Burns à CBS.
Na mesma entrevista, Burns ainda avaliou que Putin está "muito confiante" de sua capacidade de desgastar a Ucrânia".
"Em algum momento, ele também terá que enfrentar custos crescentes, em caixões voltando para algumas das partes mais pobres da Rússia."
- [TREINAMENTO GRATUITO] O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para ensinar tudo que você precisa saber para poder receber renda extra mensal com ações. Acesse aqui.
EUA colocam a China em xeque
Desde o início da invasão, a China diz ter uma postura neutra na guerra — ainda que tenha sinalizado várias vezes ter uma "amizade sem limites" com a Rússia, recusando-se a criticar a invasão à Ucrânia.
Na sexta-feira (24), dia em que a guerra completou um ano, Pequim divulgou uma proposta de cessar-fogo e negociações de paz entre Moscou e Kiev.
Neste domingo (26), os EUA voltaram a pressionar a China com relação à guerra. Embora tenha reconhecido que Pequim não se moveu para fornecer ajuda letal à Rússia na invasão da Ucrânia, o governo de Joe Biden deixou claro que tal movimento teria sérias consequências.
“Pequim terá que tomar suas próprias decisões sobre como proceder, se fornecerá assistência militar, mas se seguir esse caminho, terá custos reais para a China”, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, à CNN.
O diretor da CIA, William Burns, também falou sobre a China neste domingo. “Estamos confiantes de que a liderança chinesa está considerando o fornecimento de equipamento letal. Também não vemos uma decisão final já tomada e não vemos evidências de remessas reais de equipamento letal”, disse Burns à CBS.
*Com informações da AFP, da CNN e da CBS
O que pode mudar com as regras anti-imigratórias aprovadas pelo Parlamento de Portugal?
Pacote de medidas aprovado nesta quarta-feira (16) pelo legislativo português mira no endurecimento de regras para obtenção da cidadania do país; brasileiros estão entre os mais afetados
Trump vs. Pix: o que pode estar por trás da implicância dos Estados Unidos com o sistema de pagamentos brasileiro
Citação indireta em documento comercial reacende incômodo antigo com o veto ao WhatsApp Pay e pressões sobre o Banco Central
Um delivery para Trump com entrega do Brasil: como a Coca-Cola entrou no meio da guerra comercial nos EUA
Um dispositivo inusitado, uma predileção e um pedido para a fabricante de refrigerantes esbarra no tarifaço do republicano
Governo Lula reage com ironia a Trump e defende o Pix: “É nosso, my friend”
Brasil responde a investida dos EUA contra o sistema de pagamento instantâneo com postagem nas redes sociais, e manda recado direto à Casa Branca
Quem amarelou? Trump enche os cofres dos EUA com US$ 50 bilhões em tarifas
China e o Canadá são, até o momento, os únicos países que contra-atacaram os EUA, enquanto as tarifas norte-americanas já atingiram o maior nível desde 1930
Trump se explica sobre demissão de Powell do comando do Fed; bolsa reage de imediato
A imprensa internacional foi tomada por notícias de que a demissão de Powell era iminente após uma reunião a portas fechadas na terça-feira (15); o republicano se explicou hoje sobre a polêmica
Os US$ 100 bilhões de Trump: para onde vai a fortuna em investimentos anunciada pelo presidente dos EUA — e vem mais por aí
De olho na concorrência chinesa, o presidente norte-americano anuncia investimento bilionário e volta a defender eficácia das tarifas comerciais
Putin bate de frente com Trump, ignora ameaça de tarifa e diz que não recua da Ucrânia
Presidente russo endurece exigências, mantém a ofensiva militar e aposta em pressão até 2025; para o Kremlin, a paz só virá em termos próprios
Fabio Kanczuk vê chance de recessão nos EUA e aqui estão os três dados que o mercado está negligenciando com otimismo cego
Ex-diretor do Banco Central participou de conversa com jornalistas organizada pelo ASA para falar sobre impactos da macroeconomia no segundo semestre
Nem a Rússia escapou: Trump ameaça Putin com tarifas e a motivação não é o comércio
Presidente dos EUA endurece discurso contra Moscou, anuncia plano com a Otan e promete sanções severas se não houver acordo em 50 dias
Gasto de US$ 2,5 bilhões tira Trump do sério e coloca Powell na berlinda (de novo)
A atualização da sede do banco central norte-americano é a mais nova fonte de tensão com o governo norte-americano; entenda essa história
Trump Media e Rumble acionam Justiça dos EUA contra Alexandre de Moraes após nova decisão do magistrado
Empresas ligadas ao presidente americano intensificam ofensiva contra ministro do STF; governo brasileiro aciona AGU para acompanhar o caso
Dólar fraco e juros altos nos EUA — o cenário do Itaú BBA para 2025 tem a China fortalecida após tarifas
Retomada das tarifas de importação diminuiu o otimismo do mercado em relação a corte de juros nos EUA e colocou em dúvida — de novo — a preferência pelo dólar
Trump anuncia tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México a partir de agosto; veja os motivos
Déficits comerciais não foram a única razão mencionada pelo presidente norte-americano, que enviou cartas às líderes da UE e do país latino-americano
Trump always chickens out: As previsões de um historiador da elite universitária dos EUA sobre efeitos de tarifas contra o Brasil
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o historiador norte-americano Jim Green, da Brown University, analisou a sobretaxa de 50% imposta ao Brasil por Donald Trump
Trump ataca novamente: EUA impõem mais tarifa — desta vez, de 35% sobre importações do Canadá
Em carta publicada na rede Truth Social, o presidente republicano acusa o país vizinho pela crise do fentanil nos Estados Unidos
A visão do gringo: Trump quer ajudar Bolsonaro com tarifas de 50% e tenta interferir nas decisões do STF
Jornais globais sinalizam cunho político do tarifaço do presidente norte-americano contra o Brasil, e destacam diferença no tratamento em relação a taxas para outros países
Fed caminha na direção de juros menores, mas ata mostra racha sobre o número de cortes em 2025
Mercado segue apostando majoritariamente no afrouxamento monetário a partir de setembro, embora a reunião do fim deste mês não esteja completamente descartada
Trump cumpre promessa e anuncia tarifas de 20% a 30% para mais seis países
As taxas passarão a vale a partir do dia 1º de agosto deste ano, conforme mostram as cartas publicadas por Trump no Truth Social
Trump cedeu: os bastidores do adiamento das tarifas dos EUA para 1 de agosto
Fontes contam o que foi preciso acontecer para que o presidente norte-americano voltasse a postergar a entrada dos impostos adicionais, que aconteceria nesta quarta-feira (9)