“Vivemos num mundo doente” — esse poderia ser o refrão da Legião Urbana, mas foi o que disse um dos mais importantes aliados do presidente russo, Vladimir Putin, ao alertar que uma nova guerra mundial está a caminho.
Sem papas na língua, o ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse que o mundo provavelmente está à beira de uma nova guerra mundial, à medida que os riscos de uma batalha nuclear aumentam.
“O mundo está doente e muito provavelmente à beira de uma nova guerra mundial”, afirmou Medvedev em uma conferência em Moscou.
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A guerra nuclear vem aí?
Quem vai apertar o botão primeiro não está claro — até porque tanto EUA como Rússia vivem dizendo que não darão esse passo inicial — mas nem por isso o mundo está longe de um confronto nuclear.
Pelo menos foi isso que disse o aliado de Putin nesta terça-feira (25). Segundo Medvedev, uma nova guerra mundial não é inevitável, mas os riscos de um confronto nuclear estão crescendo — e são mais sérios do que as preocupações com a mudança climática.
O alerta não acontece sem razão. Ele ocorre quando as forças ucranianas baseadas no lado oeste do rio Dnipro começam a realizar ataques frequentes na margem leste, perto da cidade de Kherson, para tentar desalojar as tropas russas.
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Putin já tinha dado esse recado antes
Desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, as autoridades russas alertaram repetidamente que o mundo enfrenta a década mais perigosa desde a Segunda Guerra Mundial.
“Estamos em uma fronteira histórica: à frente está provavelmente a década mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, importante desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse Putin em uma conferência em outubro.
Este ano, ele anunciou que a Rússia sairia de um tratado nuclear com os EUA e disse que a Rússia colocaria armas nucleares táticas na Bielo-Rússia, que faz fronteira com países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com a Ucrânia.
“Todos nós observamos e nos preocupamos com o fato de Vladimir Putin usar o que considera uma arma nuclear tática não estratégica ou usar alguma demonstração de efeito para escalar, mas em uma escala de risco gerenciado. É muito importante ficar atento a isso”, disse a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, em uma conferência anual de controle de armas da OTAN na semana passada.
*Com informações do Independent e da Reuters