Secretário de Estado dos EUA viaja a Israel, compara Hamas ao Estado Islâmico e reforça apoio aos israelenses; confira os destaques do sexto dia de confrontos na Faixa de Gaza
No sexto dia de confrontos entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, voou até o país para uma demonstração física do apoio dos EUA

Israel chega ao sexto dia de confrontos com o Hamas na Faixa de Gaza com uma demonstração física do apoio dos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, voou até o país nesta quinta-feira (12) e reuniu-se com autoridades israelenses, incluindo o presidente Isaac Herzog e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
“Eu vim para cá com uma mensagem simples: os Estados Unidos estão ao lado de Israel e de sua população hoje, amanhã e todos os outros dias”, declarou Blinken em uma coletiva de imprensa após as reuniões, na qual relembrou também que o país tem fornecido apoio e munições para a defesa de Israel.
“Nunca há qualquer justificativa para o terrorismo. Os Estados Unidos apoiam o direito de Israel de se defender”.
Durante a visita, o secretário também encontrou-se com famílias de norte-americanos que foram mortos ou feitos de refém durante o conflito e afirmou que o governo faz o possível para garantir a libertação dos reféns.
A Casa Branca — que contabiliza 27 americanos mortos e 14 desaparecidos até agora — anunciou que irá fretar voos a partir de amanhã para retirar seus cidadãos dos locais de conflito.
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Secretário dos EUA compara Hamas ao Estado Islâmico
Em uma declaração conjunta com Netanyahu, Blinken voltou a reforçar o apoio a Israel e classificar o mais recente conflito como apenas "um dos incontáveis atos de terror do Hamas", comparado por ele com o Estado Islâmico.
O primeiro-ministro israelense reforçou o paralelo feito por Blinken: “O Hamas é o ISIS, e tal como o ISIS foi esmagado, o Hamas também será esmagado. E o Hamas deveria ser tratado exatamente como o ISIS foi tratado. Eles deveriam ser expulsos da comunidade das nações. Nenhum líder deveria enfrentá-los. Nenhum país deveria abrigá-los. E aqueles que o fazem devem ser sancionados.”
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse que não há planos para colocar militares americanos no terreno em Israel.
“Não há intenções nem planos para colocar tropas americanas no terreno em combate”, disse Kirby, durante conferência de imprensa. “Não há interesse por parte dos israelenses.”
Presidente da Autoridade Nacional Palestina fala em resistência pacífica
Ainda na declaração conjunta, o secretário norte-americano alegou saber que o Hamas não representa o povo palestino e nem suas “aspirações legítimas de viver com segurança, liberdade, justiça, oportunidade e dignidade”.
“Sabemos que o Hamas não cometeu os seus atos hediondos tendo em mente os interesses do povo palestinp. Sabemos que o Hamas não representa o futuro que os palestinos desejam para si e para os seus filhos. O Hamas tem apenas uma agenda: destruir Israel e assassinar judeus.”
Mais cedo, segundo informações da Agência de Notícias e Informações da Palestina (Wafa), Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, afirmou que pratica resistência pacífica.
"Rejeitamos as práticas de matar civis ou de abusar deles de ambos os lados porque violam a moral, a religião e o direito internacional. Renunciamos à violência e aderimos à legitimidade internacional, à resistência popular pacífica e à ação política como um caminho para alcançar os nossos objetivos nacionais", declarou ele após uma reunião com o rei Abdullah da Jordânia.
Os números do conflito entre Israel e Hamas
A emissora pública de Israel, a Kan, disse que o número de israelenses mortos subiu para mais de 1.300. Já as autoridades de Gaza disseram que mais de 1.537 palestinos foram mortos, com mais de 6.612 feridos.
A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que o número de pessoas que foram obrigadas a deixar suas residências na Faixa de Gaza aumentou 30% nas últimas 24 horas.
“Mais de 338 mil, dos quais mais de dois terços, estão abrigados em escolas geridas pela Agência de Assistência e Obras da ONU”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz da Secretaria Geral das Nações Unidas.
Na tarde desta quinta-feira, o Brasil enviou mais um avião para a Europa para resgatar cerca de 20 cidadãos que estão presos na Faixa de Gaza.
Dos brasileiros, treze cidadãos, incluindo crianças, estão atualmente abrigados em uma escola católica em Gaza que as autoridades brasileiras pediram aos israelenses para não bombardearem.
A aeronave da Embraer saiu do país na tarde de quinta-feira e seguirá para Roma, onde aguardará permissão para seguir para o Egito, caso seja aberto um corredor humanitário que permita aos brasileiros fugir através da fronteira.
“Nosso objetivo agora é salvar vidas”, disse Celso Amorim, principal assessor de política externa de Lula, ao jornal O Globo.
Quase 500 brasileiros já foram evacuados de Israel em três voos pela Força Aérea Brasileira (FAB).
O Ministério das Relações Exteriores já colheu os dados de pelo menos 2,7 mil brasileiros interessados em deixar o Oriente Médio e voltar ao Brasil.
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