Putin não pode mais usar Zara! Entenda o que aconteceu para o presidente russo trocar de “roupa”
O chefe do Kremlin trocou a marca do grupo espanhol Inditex, com mais de 500 lojas no país, pela Maag — saiba a razão para a mudança

O presidente russo, Vladimir Putin, não é conhecido por ser um ícone fashion, mas nesta quinta-feira (27) virou notícia por conta da moda. O chefe do Kremlin ficou sem a Zara — agora ele pode ser visto trajando um look da Maag — nome dado à marca espanhola, que foi rebatizada em Moscou.
A Maag faz parte das mais de 500 lojas que a gigante espanhola do varejo de moda Inditex vendeu em outubro do ano passado.
Além da Zara, a Inditex também é dona das marcas Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius e Oysho.
Depois da invasão da Ucrânia realizada por Putin, a Inditex interrompeu as operações na Rússia. Logo depois, acabou vendendo essas mais de 500 lojas para um comprador dos Emirados Árabes Unidos.
Putin sem Zara
Das 502 lojas da Inditex na Rússia, 86 são da Zara. Quando suspendeu as atividades no país por conta da invasão, a rede deixou de vender tanto em loja física como on-line.
Ao sair da Rússia definitivamente, o grupo deixa para trás cerca de 8,5% do lucro operacional obtido no país de Putin.
Leia Também
Trump vai jogar a toalha?
A Rússia é um mercado importante para a Inditex, aparecendo, até então, como o segundo maior mercado do grupo em número de lojas, perdendo só para a Espanha. A Ucrânia, por exemplo, tem 79 lojas do grupo — cujas atividades foram reduzidas por conta da guerra.
Em comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários da Espanha, a Inditex informa que vai priorizar a força de trabalho de mais de 9 mil pessoas no país e que desenvolverá junto a esses funcionários um plano de suporte especial, mas não fornece detalhes.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
Outras marcas também mudaram de nome
Não foi só a Zara que mudou de nome para operar na Rússia sob nova direção. Na terça-feira (25), a versão renomeada do KFC reabriu no centro de Moscou com o nome de Rostic's.
A rede de fast-food foi lançada originalmente na Rússia em 1993 e fez parceria com o KFC em 2005 — a gigante do frango frito tinha mais de 1.000 restaurantes na Rússia antes da guerra.
Outra rede de fast-food também foi substituída. O McDonald's vendeu mais de 800 restaurantes na Rússia para o empresário Alexander Govor — que substituiu os Arcos Dourados por uma letra M estilizada, feita de duas batatas fritas e um ponto.
A Starbucks também voltou a operar na Rússia sob novo nome e direção. A agora Stars Coffee manteve o logotipo com a imagem de uma mulher com uma estrela acima da cabeça.
Uma rede especializada em donuts conhecida como Krispy Kreme também foi remodelada com a guerra. As novas lojas — chamadas Krunchy Dream — estão operando sob o Grupo Novikov, de propriedade de Arkady Novikov, ex-franqueado da Krispy Kreme na Rússia.
- Leia também: Na mão grande, Putin? Rússia dá o troco na Europa e assume o controle de duas subsidiárias estrangeiras
Putin ainda dá acesso a produtos proibidos
Milhares de empresas deixaram de operar na Rússia por conta da guerra — e isso não é força de expressão. Um levantamento da Universidade de Yale indica que mais de mil marcas não estão mais no país de Putin.
Nike, McDonald's, Starbucks, HP… não foram poucos os grandes nomes que saíram do país com a invasão da Ucrânia — muito por conta dos efeitos das sanções internacionais e possíveis retaliações dos EUA e dos seus aliados.
Ainda assim, os russos continuam tendo acesso a esses produtos. Uma reportagem da Reuters de fevereiro deste ano, quando a guerra completou um ano, mostrou que as rotas de abastecimento tiveram que mudar, mas os produtos continuam chegando — até porque o governo russo facilita ao máximo esse processo, ignorando eventuais irregularidades que a importação possa ocasionar.
O que também ajuda a manter o mercado russo abastecido é a importação paralela, que envolve, na maioria dos casos, países da União Econômica Eurasiática (UEE), cujos membros — Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão — compartilham uma união aduaneira com Moscou.
A China, a mais importante aliada política de Putin, também ajuda a levar determinados produtos aos russos. Entre eles a Coca-Cola, que parou de produzir na Rússia, mas continua chegando ao país.
*Com informações da BBC, CNBC e Reuters
Felipe Miranda: A arte da negociação — ou da guerra?
Podemos decidir como as operações militares começam, mas nunca será possível antecipar como elas terminam. Vale para a questão militar estrito senso, mas também se aplica à guerra tarifária
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Trump mira na paz e acerta no ódio: o dia que Zelensky disse que Putin ia morrer
Em entrevista à uma emissora francesa, o presidente da Ucrânia fala algumas vezes na morte de Vladimir Putin — coragem ou desespero?
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
O que é bom dura pouco: Putin responde Trump com um novo ataque
Um dia depois de conversar com o presidente norte-americano sobre um cessar-fogo na Ucrânia, Rússia usa drones e atinge áreas civis e um hospital
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
O canto da sereia (de Trump) é irresistível até para Putin
O russo conversou com o republicano por telefone e deu o primeiro passo na direção de um cessar-fogo na Ucrânia, mas fez um alerta
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Amigos & rivais: a ligação de Trump para Putin e a visita de Xi Jinping a Washington
Se a vida imita a arte, o republicano é a prova disso: está tentando manter os amigos perto e os inimigos ainda mais próximos
As múltiplas frentes de batalha de Donald Trump
Disputas comerciais, batalha contra os serviços públicos, participação indireta em conflitos no Oriente Médio e tentativa de paz pela força na Ucrânia fazem parte das várias guerras nas quais o republicano se meteu
A terceira grande guerra bate à porta: Trump vai abrir?
Presidente norte-americano discursa no Departamento de Justiça dos EUA e fala que uma guerra global agora não teria precedentes porque seria patrocinada por armas nucleares
Trump golpeia, Otan se esquiva — mas até quando?
Mark Rutte, chefe da aliança transatlântica, esteve na Casa Branca nesta quinta-feira (13) para tentar convencer os EUA a se manterem na linha de frente da luta pela Europa
Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump
Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes
Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços
Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil
Trump e Putin: uma amizade sem limites — até quando?
O republicano rebateu críticas de que sua administração está sendo leniente com a Rússia — na avaliação dele, apesar da boa relação com o russo, há ações sendo feitas para pressionar Moscou
Putin tem medo do que? A única coisa que pode conter a máquina de guerra da Rússia agora — e está ao alcance de Trump
Enquanto o presidente norte-americano tenta um acordo de paz pouco ortodoxo na Ucrânia, economista do Brooking Institute diz qual é a única coisa que pode segurar o russo no momento
O grande dia para os EUA está chegando
As idas e vindas de Trump sobre as tarifas e a manutenção do discurso agressivo voltam a mexer com os mercados e levam um dos maiores fundos de hedge do mundo a fazer um alerta
Quando você é o técnico: Ibovespa busca motivos para subir em dia decisão de juros do BCE
Além do BCE, os investidores seguem de olho nas consequências da guerra comercial de Donald Trump
Içando a âncora fiscal: a proposta do novo governo alemão para flexibilizar o “freio da dívida” e investir em defesa após recuo dos EUA
Os partidos de centro concordaram em lançar um fundo de 500 bilhões de euros (R$ 3,1 trilhões) para investir em setores prioritários como transporte, redes de energia e habitação