Biden e os congressistas vão ficar sem salário? O que vai acontecer se o governo dos EUA for paralisado — de novo
Congresso dos Estados Unidos tem até a meia-noite de sábado (30) para aprovar um orçamento capaz de manter as agências governamentais em funcionamento

O governo de Joe Biden está a poucos dias de parar por falta de dinheiro para executar suas atividades básicas.
O Congresso tem até a meia-noite de sábado (30) para aprovar um orçamento capaz de manter as agências governamentais em funcionamento pelos próximos 12 meses.
Se não houver acordo entre democratas e republicanos, o governo norte-americano será paralisado no domingo. Isso porque o ano fiscal nos EUA termina em 30 de setembro e começa em 1º de outubro.
A falta de um acordo também pode deixar milhões de funcionários públicos sem receber salário. Mas e quanto ao presidente dos EUA, Joe Biden, e os congressistas que batem cabeça, também vão ficar sem receber?
Quando a exceção vira regra
Antes de responder, vale lembrar que esta não é a primeira vez que o governo da maior economia do planeta pode parar. O fato é que o que deveria ser uma exceção está se transformando em regra.
Entra governo, sai governo e tem sido cada vez mais comum a oposição constituir uma maioria tênue, mas suficiente para atrapalhar a vida do presidente do plantão.
Leia Também
Uma das armas políticas às quais tanto republicanos quanto democratas têm recorrido com cada vez mais frequência para sabotar um presidente opositor é a paralisação do governo.
Quando não é o teto da dívida, é o orçamento.
Caso não haja um acordo até sábado, as agências governamentais dos Estados Unidos serão paralisadas pela 22ª vez em 50 anos.
A última ocorreu em 2019, quando a maioria democrata paralisou as atividades da administração Donald Trump pelo terceiro ano consecutivo.
Para ajudar você a entender o que se passa por lá, elaboramos um guia com a causa e os potenciais impactos da paralisação.
VEJA TAMBÉM: A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
Agências já se preparam para a paralisação
Diante da falta de acordo no Congresso, os departamentos e agências do governo dos Estados Unidos já começaram a se preparar para o pior.
Como determinado por lei, os diretores de departamentos e agências governamentais foram orientados na última sexta-feira a atualizar e revisar os planos de paralisação.
Trata-se de um processo obrigatório de planejamento da suspensão das atividades não essenciais de cada agência e departamento.
O plano deve incluir quantos funcionários serão dispensados, quais são essenciais, quanto tempo leva para encerrar as operações nas horas anteriores à paralisação e quais atividades serão efetivamente interrompidas.
O que é a paralisação do governo
Assim como ocorre no Brasil, as agências do governo dos EUA dependem de financiamento anual aprovado pelo Congresso.
Todos os anos, elas apresentam um planejamento orçamentário que precisa passar pelo Congresso e ser sancionado pelo presidente.
Se não houver acordo até 30 de setembro, todas as atividades não essenciais são interrompidas.
Normalmente, quando o prazo se aproxima, os legisladores de ambos os partidos chegam a um acordo de financiamento temporário baseado no orçamento do ano anterior.
O que impede um acordo agora
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é do Partido Democrata. No entanto, a Câmara dos Representantes é controlada desde janeiro pelo Partido Republicano.
Este ano, uma facção de extrema direita do Partido Republicano exige cortes mais acentuados nos gastos e tenta impedir que Biden envie mais dinheiro para a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.
Essa ala rechaçou todas as tentativas da liderança do próprio partido de levar um acordo a votação. Seus integrantes ameaçam derrubar o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, se a ala mais moderada do partido fechar um acordo com os democratas.
Qualquer eventual acordo precisa passar pela Câmara antes de seguir para o Senado e depois para a sanção de Biden.
A primeira sob Biden
A paralisação do governo dos Estados Unidos é comum?
Bastante. Houve três paralisações quando Donald Trump era presidente. A última delas, em 2019, durou 36 dias. Foi a mais longa da história.
De acordo com o Congressional Budget Office (CBO), a última paralisação custou US$ 11 bilhões ao PIB dos EUA, dos quais US$ 3 bilhões não seriam recuperáveis.
Se não houver acordo até sábado, será a primeira paralisação sob Biden.
Funcionários públicos ficam sem salário
Os primeiros a sentir o impacto serão os quase 4 milhões de funcionários públicos federais norte-americanos. Os funcionários essenciais continuarão trabalhando.
Os demais serão dispensados até o fim da paralisação.
Trabalhando ou não, nenhum será pago enquanto o impasse não for solucionado.
Biden e os congressistas também vão ficar sem salário?
Claro que não.
As provisões orçamentárias da Casa Branca e do Congresso já foram aprovadas.
Consequentemente, tanto Biden quanto os deputados e senadores norte-americanos receberão normalmente seus salários.
O que vai parar de funcionar nos Estados Unidos…
Embora cada agência governamental apresente um plano específico para a paralisação, é possível antecipar algumas atividades e serviços que costumam ser suspensos.
Alguns deles serão o processamento e a emissão de novos cartões para recebimento de seguridade social, as inspeções de órgãos de vigilância sanitária e o funcionamento de parques nacionais.
A paralisação também afetará as restituições de impostos e outras atividades administrativas da Receita norte-americana. Isso pode impedir um contribuinte, por exemplo, de contratar uma hipoteca.
Outro prejudicado é o Departamento de Justiça dos EUA.
As investigações criminais tendem a continuar. No entanto, quase todas as ações civis federais e os processos judiciais de imigração são prejudicados de alguma forma.
… e o que vai funcionar
Os serviços considerados essenciais não serão afetados.
A segurança pública é um deles. Guarda de fronteiras, assistência hospitalar, controle de tráfego aéreo e manutenção da rede elétrica também.
Programas com fontes alternativas de financiamento, como a seguridade social, o Medicare e o Medicaid, também continuarão funcionando.
*Com informações da BBC e da CNN.
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana