POR QUE A AMERICANAS PODE SE SAFAR DOS CREDORES COM A RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EU NÃO? VEJA A RESPOSTA

Cotações por TradingView
2023-03-20T18:31:53-03:00
Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
AMEAÇA DE QUEBRADEIRA GERAL?

Falência em efeito dominó? Estudo mostra que ao menos 186 bancos dos EUA e US$ 300 bilhões em depósitos podem estar expostos a riscos semelhantes aos do SVB

Pesquisadores estudaram a correlação entre o aperto nos juros promovidos pelo Fed e a queda no valor de mercado e balanço de ativos de instituições financeiras do país

Larissa Vitória
Larissa Vitória
18 de março de 2023
16:04 - atualizado às 18:31
SVB silicon valley bank ação banco brasileiro upside 42%
Imagem: Getty Images/Montagem: Julia Shikota

Pouco mais de uma semana após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) — a maior instituição financeira dos Estados Unidos a quebrar desde a crise de 2008 — especialistas e investidores ainda tentam entender todas as implicações do fato para os mercados.

O maior temor é o de que o fechamento das portas do banco focado em startups e tecnologias possa ter iniciado um efeito dominó no setor bancário — a famosa ‘quebradeira geral’.

Nesse contexto, as autoridades monetárias dos Estados Unidos se movimentam para acalmar os ânimos. Além disso, uma dezena de bancos norte-americanos se comprometeram com uma “vaquinha” de US$ 30 bilhões para evitar que outro player, o First Republic Bank, tenha o mesmo destino do SVB.

Ainda assim, os temores seguem rondando os investidores. E, segundo um estudo divulgado nesta semana pela Social Science Research Network, o medo é justificado: ao menos 186 bancos podem estar expostos a riscos semelhantes aos que levaram à quebra do SVB.

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Juros altos dificultam situação do SVB e outros bancos

Os pesquisadores de quatro universidades dos EUA estudaram a correlação entre o aperto nos juros promovido pelo banco central dos EUA — o Federal Reserve, ou Fed — e a queda no valor de mercado e balanço de ativos de instituições financeiras do país.

Vale relembrar que boa parte da reserva de valor de bancos está em notas do Tesouro e empréstimos hipotecários. O efeito da marcação a mercado em ativos do tipo é inversamente proporcional ao crescimento dos juros — ou seja, os valores variam negativamente quando as taxas sobem.

O estudo revelou que, antes da falência, o SBV não era sequer um dos players mais ameaçados pelo cenário. O banco possuía US$ 209 bilhões em ativos — mais de R$ 1 trilhão e equivalente ao tamanho do Santander no Brasil.

“10% dos bancos analisados têm uma capitalização menor do que o SVB e registraram mais perdas em seus portfólios com a marcação a mercado”, diz o documento.

US$ 300 bilhões podem estar em jogo na crise bancária

Por outro lado, o SVB tinha uma parcela desproporcional de risco nos financiamentos: 78% de seus ativos foram financiados por depósitos não segurados.

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“Ou seja, seu passivo era mais propenso a corridas para saques do que os de outras instituições financeiras”, afirmam os pesquisadores.

Ainda assim, o estudo alerta que, mesmo que apenas metade dos clientes com depósitos não segurados decida retirar seus recursos, quase 190 outros bancos estão em “risco potencial de deterioração, com US$ 300 bilhões de depósitos segurados ameaçados”.

É importante destacar que a pesquisa não considera operações de hedge que podem proteger as instituições em momentos como o atual.

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