Dólar comeu poeira. Você vai se surpreender com a moeda que mais se valorizou no trimestre
Moeda do Afeganistão, governado pelo Taleban, teve valorização de 9% no trimestre e deve manter a apreciação até o fim do ano

O mercado de câmbio foi palco de um fenômeno incomum. A moeda do Afeganistão, o afegane, lidera o ranking das divisas que mais se valorizaram no último trimestre. Segundo a Bloomberg, a moeda registrou apreciação de 9% ante o dólar e deve continuar se valorizando nos próximos meses.
A expectativa dos autores do levantamento é que a valorização chegue a 14% até o fim de 2023.
A performance é uma surpresa. Isso porque o país atravessa há décadas uma série de graves crises humanitárias e econômicas. Desde 2021, quando os Estados Unidos retiraram suas tropas do Afeganistão e o Taleban consolidou-se no poder, a situação se agravou. Para evitar o colapso iminente e fortalecer a moeda, o governo do Afeganistão adotou uma série de medidas.
A principal ação foi proibir o uso de moedas estrangeiras, como o dólar e a rupia paquistanesa, em transações locais. O esforço também alcançou o comércio online, que foi criminalizado. O Taleban estipulou que quem desrespeitasse as regras seria preso.
As proibições intensificaram a procura pelo afegane, aumentando seu valor. Oferta e procura na veia.
No entanto, as medidas não devem ser suficientes para manter o Afeganistão no topo do ranking de moedas mais valorizadas por muito tempo.
Leia Também
Segundo o especialista em Oriente Médio, Kamran Bokhari, "os controles cambiais fortes estão funcionando, mas a instabilidade econômica, social e política fará do aumento da moeda um fenômeno de curto prazo", disse ele em entrevista à Bloomberg.
- VEJA TAMBÉM: A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
Sanções internacionais e a moeda do Afeganistão
A economia do Afeganistão tornou-se extremamente dependente da ajuda internacional nas últimas décadas, especialmente depois da invasão de seu território pelos Estados Unidos em 2001, na esteira dos atentados de 11 de Setembro. Nos últimos anos da ocupação norte-americana, a ajuda externa respondeu por entre 70% e 80% do orçamento afegão.
Depois da consolidação do poder pelo Taleban, o Banco Central afegão foi privado de usar suas reservas internacionais. Cerca de US$ 7 bilhões em ativos do governo foram congelados nos Estados Unidos. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), cerca de 97% da população no Afeganistão vive na pobreza atualmente.
A situação humanitária também ameaça o sucesso do afegane. As Nações Unidas estimam que o país necessita de aproximadamente US$ 3,2 bilhões em ajuda este ano, mas apenas cerca de US$ 1,1 bilhão foram mobilizados até agora.
*Com informações da Bloomberg e WionNews
O dólar vai cair mais? O compromisso de Haddad para colocar o câmbio em ‘patamar adequado’
Segundo o ministro da Fazenda, a política que o governo está adotando para trazer o dólar a um patamar mais adequado também vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas
Um (dilema) Tostines na bolsa: Ibovespa reage a balanços e produção industrial em dia de aversão ao risco lá fora
Santander Brasil é o primeiro bancão a divulgar balanço do quarto trimestre de 2024; Itaú publica resultado depois do fechamento
Dólar registra maior sequência de perdas ante o real na história com “trégua” do tarifaço de Trump
A moeda norte-americana fechou a R$ 5,77, chegando no menor nível desde novembro do ano passado durante a sessão
Dólar livre na Argentina já tem data para acontecer; saiba quando Milei vai suspender o controle cambial de vez
O plano inicial do presidente argentino era suspender o chamado cepo cambial ainda este ano, mas, para isso acontecer, existem condições
A próxima “Grande Aposta” está no Brasil? Os gestores que lucraram na crise financeira de 2008 dizem que sim
“Você está falando apenas do mercado que acabou de ter dividend yield de 10% apenas no índice”, disse Peter Collins, sobre a bolsa brasileira
Trump lança guerra comercial ampla, geral e irrestrita — e já lida com as retaliações
Donald Trump impõe tarifas às importações de Canadá, México e China e agora ameaça a União Europeia
A mensagem de uma mudança: Ibovespa se prepara para balanços enquanto guerra comercial de Trump derruba bolsas mundo afora
Trump impõe ao Canadá e ao México maiores até do que as direcionadas à China e coloca a União Europeia de sobreaviso; países retaliam
Efeito janeiro? Ibovespa é o melhor investimento do mês, à frente do bitcoin; títulos públicos longos e dólar ficam na lanterna
O ano começa com alívio à pressão sobre as ações brasileiras e o câmbio vista no fim de 2024, mas juros futuros longos continuaram em baixa, diante do risco fiscal
Trump tem medo da moeda dos Brics? Por que as ameaças do presidente dos EUA podem surtir efeito oposto ao desejado
Trump repete ameaça de impor sobretaxa de 100% aos países que compõem o Brics se eles insistirem em moeda alternativa ao dólar, mas acaba revelando fraqueza
A bolsa assim sem você: Ibovespa chega à última sessão de janeiro com alta acumulada de 5,5% e PCE e dados fiscais no radar
Imposição de tarifas ao petróleo do Canadá e do México por Trump coloca em risco sequência de nove sessões em queda do dólar
Depois do bombardeio: Ibovespa repercute produção da Petrobras enquanto mundo se recupera do impacto da DeepSeek
Petrobras reporta cumprimento da meta de produção e novo recorde no pré-sal em 2024; Vale divulga relatório hoje
Felipe Miranda: Erro de diagnóstico
A essência do problema da conjuntura brasileira reside na desobediência às sinalizações do sistema de preços, que é um dos pilares do bom funcionamento do capitalismo
A semana vai pegar fogo: Maré vermelha nas bolsas emperra largada do Ibovespa em semana de Copom e Fed
Do Nasdaq Futuro às criptomoedas, investidores reagem mal a avanços anunciados por empresas chinesas no campo da inteligência artificial
Temporada de balanços 4T24: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 4T24 começa em fevereiro, com o setor bancário abrindo o período de divulgações no dia 5
Efeito Donald Trump: dólar recua pelo 5º pregão seguido, acumula queda de 2,42% na semana e fecha a R$ 5,91
Com máxima a R$ 5,9251, na reta final da sessão, o dólar à vista fechou em baixa de 0,12%, cotado a R$ 5,9186 — no menor valor de fechamento desde 27 de novembro
Não se esqueça: Ibovespa tenta reação em dia de IPCA-15 e reunião ministerial para discutir inflação dos alimentos
IBGE divulga hoje a prévia da inflação de janeiro; em Brasília, Lula reúne ministros para discutir alta dos preços dos alimentos
O strike de Trump na bolsa: dólar perde força, Ibovespa vai à mínima e Petrobras (PETR4) recua. O que ele disse para mexer com os mercados?
O republicano participou do primeiro evento internacional depois da posse ao discursar, de maneira remota, no Fórum Econômico Mundial de Davos. Petróleo e China estiveram entre os temas.
Todo vazio será ocupado: Ibovespa busca recuperação em meio a queda do dólar com Trump preenchendo o vácuo de agenda em Davos
Presidente dos Estados Unidos vai participar do Fórum Econômico Mundial via teleconferência nesta quinta-feira
Mais forte com Trump? Dólar livre na Argentina e saída do Mercosul — como Milei vai colocar seus planos em ação
O presidente argentino foi entrevistado pela Bloomberg durante o Fórum Econômico Mundial e reforçou a confiança em sua agenda de governo
Dólar abaixo de R$ 6: moeda americana renova série de mínimas graças a Trump — mas outro motivo também ajuda na queda
Enquanto isso, o Ibovespa vira e passa a operar em baixa, mas consegue se manter acima dos 123 mil pontos