O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (1) que o processo de privatização da Sabesp (SBSP3) deve seguir um modelo muito parecido com o da Eletrobras (ELET3), ocorrida no ano passado.
Durante evento do Credit Suisse, o governador disse que a ideia é pulverizar o capital, mas mantendo uma participação do Estado na empresa de saneamento
“A Sabesp tem hoje 50,3% de capital do Estado de São Paulo e 49,7% de capital privado. A gente está falando de negociar o controle”, afirmou Tarcísio.
A redução da fatia do governo na empresa, inclusive, poderia ser feita por etapas e não de uma só vez. As discussões devem começar neste mês, mas o modelo final ainda deve levar cerca de dois anos.
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A defesa da privatização da Sabesp
A defesa de Tarcísio para a privatização da Sabesp é de que a empresa está perdendo valor ao longo do tempo, o que vai trazer uma dificuldade de financiamento.
“O custo por ligação na Sabesp é o dobro do custo por ligação na iniciativa privada. Então existe uma ineficiência, por mais que a Sabesp seja uma boa empresa e tenha excelentes quadros”, afirmou Tarcísio à plateia.
Outro argumento para a privatização, que vai no sentido de convencer o público geral, é de que será possível baixar a tarifa de água em São Paulo.
Sem apresentar estimativas do impacto, Tarcísio explicou como seria possível reduzir os preços. Partindo do grande ativo da Sabesp, que são os contratos com municípios, seria possível fazer uma prorrogação antecipada desses contratos, que geraria um upside.
“Esse upside posso investir na redução de tarifa”, afirmou o governador.