Como ficam os escritórios do WeWork no Brasil com o pedido de recuperação da empresa nos EUA?
Segundo a divisão da companhia responsável pela operação na América Latina, o processo se restringe aos Estados Unidos e ao Canadá
Na semana passada, o pedido de recuperação judicial do Starbucks pegou todo mundo de surpresa no Brasil, enquanto as operações seguem normais nos Estados Unidos. Agora, o movimento contrário acontece, dessa vez, com a WeWork.
A empresa que revolucionou o trabalho à distância, sobretudo, de pequenas empresas, com a proposta de compartilhamento de escritórios, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos nesta segunda-feira (6).
Contudo, a possibilidade de falência atinge somente as operações da companhia nos Estados Unidos e no Canadá.
O pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos “não causa nenhuma mudança nem exige qualquer ação”, afirma a companhia em nota ao Seu Dinheiro.
Em outras palavras, os escritórios compartilhados existentes no Brasil não devem ser afetados — e nem em outros países da América Latina, como Argentina e Chile.
Segundo a divisão brasileira, os serviços e os acessos aos prédios da WeWork não serão impactados, tampouco os funcionários.
Vale ressaltar que as operações da companhia de compartilhamento de escritórios chegaram na América Latina há um pouco mais de dois anos.
Em 2021, a WeWork Inc. firmou uma parceria, por meio de uma joint venture, com o SoftBank Latin America Fund e trouxe o modelo de espaços compartilhados para o Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México.
Desde então, a WeWork Inc. e WeWork LATAM — responsável pelos negócios na América Latina — compartilham a visão de prover soluções de espaços de trabalho flexíveis e dinâmicos, ao mesmo tempo em que possuem operações específicas dedicadas a atender as necessidades de seus respectivos mercados.
Por fim, a divisão latina-americana registrou um crescimento de 31% nos primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Recuperação do WeWork nos Estados Unidos e no Canadá
Rumores de falência do WeWork nas terras do Tio Sam já estavam pairando nos últimos meses — e foram confirmados nesta segunda-feira (6).
A companhia entrou com pedido de recuperação judicial, o Chapter 11, no Tribunal de Justiça de Nova Jersey, com cerca de US$ 10 bilhões a US$ 50 bilhões em dívidas. A companhia, por sua vez, vale apenas US$ 45 milhões atualmente.
O modelo WeWork protagonizou um dos fracassos corporativos mais relevantes na história recente dos Estados Unidos. Avaliada em US$ 47 bilhões em 2019, a empresa tentou abrir capital (IPO, na sigla em inglês) — ou seja, ser listada na bolsa de valores —, mas sem sucesso.
A pandemia agravou a situação da companhia, com a rescisão de contratos de muitas empresas com a necessidade de conter gastos, enquanto os funcionários trabalhavam em casa (home-office).
Diante a crise já instaurada, a WeWork divulgou, em agosto deste ano, um documento divulgado pela empresa ‘alertou’ o mercado sobre a iminente falência.
“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos de atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar funcionando”, disse a WeWork no documento apresentado à SEC — equivalente à CVM brasileira.
A WeWork Inc. foi fundada em 2010 por Adam Neumann, que se tornou ex-CEO da companhia em 2019, após a tentativa frustrada de IPO.
Hoje, a companhia aluga espaços de escritórios em quase 780 endereços em todo o mundo.
*Com informações de CNBC
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