Adeus, penny stock: Oi (OIBR3) aprova grupamento de ações na B3. O que isso significa para o acionista?
Em assembleia de acionistas, a empresa conseguiu o aval para agrupar os papéis OIBR3 e OIBR4 na proporção de 10 para 1

A Oi (OIBR3) se prepara para descer da montanha-russa vivida pelas “penny stocks” na bolsa brasileira. A operadora telefônica anunciou na noite da última sexta-feira (10) a aprovação de grupamento de ações na B3.
Os acionistas da empresa aprovaram ontem, em assembleia geral extraordinária (AGE) a proposta de grupamento de 100% das ações da varejista.
O grupamento dos papéis será feito na proporção de 10 para 1. Isso significa que grupos de 10 ações da Oi serão unidos para formar um único novo papel.
Com essa união — que valerá tanto para os ativos ordinários (OIBR3) quanto para os preferenciais (OIBR4) —, o preço da ação também será multiplicado pelo mesmo fator.
- 10 ações para investir neste mês: veja a carteira recomendada da analista Larissa Quaresma, baixando este relatório gratuito.
Vale destacar que as ações na forma de American Depositary Shares (ADSs) não serão objeto do grupamento. Desse modo, as paridades dos ADSs com as ações locais passarão por ajuste, visando a manutenção do total de ADSs.
Assim, cada ação OIBR3 passará a representar 20 ADSs ON. Enquanto isso, uma ação preferencial OIBR4 será equivalente a 100 ADSs PN.
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Com o grupamento, o capital social da Oi passará a ser composto por 66.030.374 ações, sendo cerca de 64,4 milhões ordinárias (OIBR3) e 1,57 milhões preferenciais (OIBR4).
Por que a Oi (OIBR3) vai fazer um grupamento de ações
O grupamento de ações da Oi (OIBR3) foi proposto no fim de março deste ano, junto ao balanço do quarto trimestre de 2023, para que a empresa conseguisse se enquadrar nas regras da B3.
O objetivo da operação era aumentar as cotações para que a Oi deixasse de ser uma penny stock, como são conhecidas as ações que negociam a menos de 1 real.
Isso porque a bolsa brasileira determina regras para inibir a negociação de penny stocks. Afinal, além do preço baixo, as ações de menor valor na bolsa tendem a passar por oscilações de preços ainda maiores do que o restante dos ativos do mercado acionário.
Segundo as normas da B3, uma ação não pode passar mais do que 30 pregões cotada abaixo de R$ 1. Quando isso acontece, a empresa em questão é notificada para que apresente um plano de adequação de preço.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Atualmente, as ações ordinárias da Oi (OIBR3) são negociadas a R$ 0,66 na B3 e acumulam desvalorização de 40% em um ano. Já os papéis preferenciais OIBR4 são cotados a R$ 1,81 na bolsa brasileira, com queda acumulada de 27% em 12 meses.
Segundo o comunicado enviado à CVM, além da adequação às normas da bolsa, o grupamento da Oi também permite que a companhia volte a atender um dos critérios para que as ações sejam elegíveis para participar de índices como o Ibovespa.
Período para livre ajuste das ações
A partir da próxima segunda-feira (13), os acionistas da Oi poderão ajustar suas posições em lotes múltiplos de 10 ações mediante negociação na B3.
O prazo de livre ajuste se encerrará em 16 de junho. A partir do dia 14 de junho, as ações passarão a ser negociadas exclusivamente na proporção resultante do grupamento aprovado ontem.
As frações remanescentes serão reagrupadas em números inteiros em leilões na bolsa até que haja a liquidação do montante total. Os detalhes dessas operações serão informados depois do fim do período de livre ajuste.
Recuperação judicial da Oi (OIBR3)
Vale lembrar que, em meados de abril, a Oi (OIBR3) conseguiu enfim aprovar o plano de recuperação judicial — após cinco tentativas e quase um mês depois da primeira assembleia de credores.
O documento obteve o aval de 79,87% dos credores presentes no encontro.
Entre os destaques do plano está o compromisso assumido pela companhia em vender ativos para trazer dinheiro ao caixa. O valor mínimo buscado para a ClientCo, unidade de fibra da Oi, por exemplo, será de R$ 7,3 bilhões.
O documento também prevê mecanismos para obter financiamentos de, no mínimo, R$ 650 milhões, para garantir a liquidez enquanto a tele negocia os ativos.
Já no início deste mês, a V.tal, subsidiária de fibra ótica da Oi, informou que emitirá cerca de 14,9 bilhões de ações a um preço total de R$ 4 a serem subscritas pelos seus controladores, fundos de investimento ligados ao BTG Pactual.
A operação pode provocar uma redução nos desembolsos da Oi da ordem de R$ 1,783 bilhão, no total.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.