O que ainda falta para a Selic começar a cair? A resposta passa por uma palavra na ata do Copom
Dois dos três fatores que mais preocupavam o Banco Central no início do ano estão aparentemente sob controle. Mas um deles segue no radar do Copom

Quem se debruçar sobre a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) encontrará uma palavra repetida 20 vezes no documento: expectativas. Ou mais especificamente em alguns trechos, as expectativas de inflação.
E não é por acaso, já que a resposta para o início do tão esperado processo de queda da taxa básica de juros (Selic) passa por essa palavra. Mas que raios isso quer dizer e por que as expectativas influenciam tanto as decisões do Banco Central?
Bem, primeiro vale destacar que o início do processo de redução dos juros parece cada vez mais próximo. Isso porque dois dos três fatores que mais preocupavam o Banco Central estão aparentemente sob controle.
O primeiro deles é o risco de uma explosão da dívida pública, que diminuiu depois da apresentação do novo arcabouço fiscal. A proposta do governo ainda precisa passar pelo Congresso, mas traz alguma previsibilidade sobre a trajetória dos gastos do governo.
Só que, apesar da importância do projeto, mencionado oito vezes na ata, o BC deixou claro mais uma vez que "não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal".
VEJA TAMBÉM - Enquanto bancos agonizam, o bitcoin sobe: o ouro digital voltou a brilhar?
Inflação caiu, mas vai subir - e tudo bem
A segunda razão do Banco Central para persistir com a Selic nos atuais 13,75% ao ano vem da própria inflação, que vinha rodando acima do teto da meta para este ano, de 4,75%.
Leia Também
Mas essa situação mudou nas leituras mais recentes dos índices de preços. O IPCA-15 de abril, por exemplo, mostrou uma inflação acumulada de 4,16% nos últimos 12 meses.
Essa dinâmica já fazia parte das previsões do BC, que no entanto projeta uma retomada da inflação a partir do segundo semestre. "Tal comportamento não reflete a dinâmica inflacionária subjacente e nem altera a visão sobre as perspectivas futuras", escreveu o Copom, na ata.
Em outras palavras, nem a queda recente da inflação nem a provável alta a partir de julho devem ser determinantes para as decisões sobre a Selic.
- LEIA TAMBÉM: Tesouro Direto vs. poupança: quanto você deixa de ganhar ao manter seu dinheiro na caderneta com a Selic a 13,75%
O Copom e as expectativas
Se o risco fiscal e a inflação estão aparentemente sob controle, por que o Copom não começa logo a baixar os juros? Chegamos enfim às expectativas, e por que elas são tão importantes no trabalho da política monetária.
O BC coleta toda semana as projeções do mercado financeiro para uma série de indicadores na pesquisa Focus. E mesmo com todo o aperto monetário, as expectativas de inflação encontram-se em torno de 6,1% para este ano e 4,2% para 2024.
Basicamente, expectativas de inflação alta são uma espécie de profecia autorrealizável, na visão do Copom, que novamente dedicou um parágrafo inteiro da ata para tratar do tema:
"O comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros. Assim, com a elevação de expectativas, há uma maior elevação de preços no período corrente e o processo inflacionário é alimentado por essas expectativas."
Em resumo, a verdadeira batalha do Banco Central não é com o presidente Lula, como pode parecer à primeira vista, mas com o próprio mercado. Ou seja, o Copom ainda precisa convencer que a Selic nos níveis atuais será suficiente para trazer a inflação de volta para meta.
O problema é que, ao atacar o BC, o governo pode estar indiretamente contribuindo para o clima de incerteza que mantém as expectativas de inflação altas.
Seja como for, a avaliação do mercado é que a ata reforça a previsão de que os cortes nos juros começam no segundo semestre. Para o Bank of America, o ciclo de redução da Selic começa em agosto com uma queda de 0,50 ponto percentual.
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena sorteia bolada nesta quinta-feira; Lotofácil premia 2 sortudos com R$ 800 mil
As engrenagens da Mega-Sena giram novamente na noite desta quinta-feira (12), às 20h. Em jogo, uma bolada de R$ 90 milhões no concurso 2.875. No concurso da última terça (10), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h.A Mega-Sena […]
Governo publica pacote com mudanças no IOF e novas regras para taxação de investimentos; confira os detalhes
Medida Provisória inclui taxação de 5% sobre títulos que eram isentos de IR, como LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas
“Não é aumento de imposto, é correção”: Haddad defende fim da isenção a títulos privados e avalia os impactos no agro e no setor imobiliário
O ministro também voltou a falar que as novas medidas ligadas à alta do IOF vão atingir apenas os mais ricos
Motta diz ter comunicado ao governo reação negativa do Congresso a mudanças tributárias e defende isenção para financiar agro e imóveis
No Brasília Summit, presidente da Câmara defendeu a revisão das isenções fiscais e de benefícios tributários
Sortudo embolsa quase R$ 15 milhões com a Quina, e Mega-Sena acumula em R$ 90 milhões; veja os resultados dos sorteios de terça (10)
Não é só a Mega-Sena que pode fazer um novo milionário em breve: outras cinco loterias estão acumuladas — e com prêmios de mais de R$ 1 milhão
Adeus, poupança: Banco Central corre atrás de alternativas para o financiamento imobiliário diante do desinteresse pela caderneta
Com saques em massa e a poupança em declínio, o presidente do BC afirmou que se prepara para criar soluções que garantam o financiamento da casa própria
O Brasil vai ser cortado? Moody’s diz o que pode levar ao rebaixamento do rating do país
Em evento nesta terça-feira, a analista responsável pela nota de crédito brasileira listou os pontos fortes e fracos do país
Haddad confirma IR de 17,5% para investimentos e 20% para JCP, e diz que medidas só atingem “os moradores da cobertura”
Ministro da Fazenda se reuniu hoje com o presidente Lula para apresentar pacote discutido no domingo com líderes do Congresso
O caminho do bem: IPCA de maio desacelera, fica abaixo das estimativas e abre espaço para fim do ciclo de alta da Selic
Inflação oficial caiu de 0,43% para 0,26%, abaixo do 0,33% esperado; composição também se mostrou mais saudável, embora ainda haja pontos de atenção
Haddad quer reduzir incentivos fiscais, mas ainda não teve apoio de parlamentares; entenda os planos do ministro, que incluem BPC e Fundeb
A equipe econômica também apresentou um quadro das despesas para uma maior compreensão do atual quadro fiscal do país
É recorde de Pix: brasileiros fazem quase 280 milhões de transações em um dia e valor passa de R$ 135 bilhões
O recorde diário anterior tinha sido registrado em 20 de dezembro de 2024, dia do pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário, com 252,1 milhões de movimentações
IOF em debate: Congresso não tem compromisso de aprovar as medidas propostas pelo governo, diz presidente da Câmara
Declaração de Hugo Motta aconteceu após reunião de quase seis horas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e lideranças do Congresso no domingo (8)
Alternativa ao IOF: investimento em ações também pode estar na mira do governo; veja o que se sabe até agora
Por ora, todas as medidas aventadas vão na direção de aumentar as receitas do governo – nada de cortar gastos foi adiante nas negociações entre a equipe econômica e os líderes do Congresso, que se reuniram durante horas na noite neste domingo (08)
Quina e outras loterias sorteiam mais de R$ 21 milhões hoje — mas os prêmios de encher os olhos vêm depois
Tem Quina com R$ 13,5 milhões em jogo nesta segunda (10), mas loterias como Mega-Sena e Quina de São João roubam a cena
Pacote com alternativas ao IOF deve incluir taxação sobre bets, mas também imposto sobre LCI e LCA
A expectativa é que o pacote seja apresentado novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (10) pela manhã
Agenda econômica: PIB no Reino Unido e inflação no Brasil e nos EUA; veja o que movimenta os mercados nesta semana
A agenda dos próximos dias é enxuta, mas os números esperados devem impactar as projeções futuras do mercado
A esperança pela “volta” do Banco do Brasil (BBAS3) e as 5 ações para o segundo semestre são os temas mais lidos da semana
Entre a recuperação do Banco do Brasil (BBAS3) e as apostas da Bradesco Asset para o 2º semestre, veja os destaques mais lidos da semana no Seu Dinheiro
Haddad se encontra com líderes partidários para discutir alternativas ao aumento do IOF: o que esperar?
O anúncio sobre as medidas deve ser feito na próxima terça-feira
R$ 61 milhões na mesa: ninguém acerta os seis números e Mega-Sena acumula — mas prêmio de ‘consolação’ é R$ 44 mil
Confira os números sorteados no concurso 2.873 da Mega-Sena
“Está tudo acertado”: Lula afirma que aumento no IOF vai acontecer exatamente como planejado
Apesar da fala de Lula, é esperado uma reunião entre Fernando Haddad e líderes do Congresso para avaliar alternativas ao aumento do imposto