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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Balanço dos investimentos

Caderneta de poupança já não reina absoluta na carteira dos brasileiros; veja onde as pessoas físicas investiram no primeiro semestre de 2023

Com repetidos resgates líquidos, poupança já tem quase a mesma participação de CDBs na carteira dos investidores

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
7 de agosto de 2023
17:02 - atualizado às 10:36
Uma carteira de investimentos para qualquer cenário - de euforia ou tristeza nos mercados
Poupança, CDBs e títulos isentos de IR são os investimentos mais populares entre as pessoas físicas. Imagem: Shutterstock

A caderneta de poupança vem perdendo espaço na carteira de investimentos dos brasileiros, à medida que outros produtos financeiros – notadamente títulos de renda fixa, como os CDBs e os isentos de imposto de renda – se tornam mais populares.

Ao final do primeiro semestre de 2023, o volume investido por pessoas físicas do segmento de varejo (investidores em geral) na poupança no país totalizava R$ 905,3 bilhões, ou 27% do volume investido por essa categoria de investidor. Em um próximo segundo lugar vinham os CDBs, com R$ 714 bilhões, ou 21% do volume investido.

Os dados fazem parte do balanço dos investimentos dos brasileiros, divulgado nesta segunda-feira (07) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O padrão se repetiu nas regiões onde os investidores de varejo têm renda mais alta: na região Sudeste, a poupança responde por apenas 23% do volume investido por pessoas físicas, enquanto os CDBs ficam com 20%; no Sul, as proporções são de 28% e 25%; e no Centro-Oeste, região onde a renda da população e os valores investidos vêm crescendo graças ao desenvolvimento do agronegócio, a poupança responde por 27% do volume, enquanto os CDBs, por 25%.

A poupança é mais predominante – com mais de 40% do volume investido – apenas no Nordeste e no Norte.

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Já os investimentos de renda fixa isentos de imposto de renda – LCI, LCA, CRI e CRA – viriam em terceiro lugar em volume caso fossem contabilizados juntos pela Anbima, totalizando R$ 506,2 bilhões em investimentos de pessoas físicas do varejo ao final do primeiro semestre, uma participação de cerca de 15% no total investido.

O investimento em produtos isentos por pessoas físicas em geral (incluindo clientes private), aliás, cresceu 22,0% no primeiro semestre, o equivalente a R$ 176,0 bilhões. Foi o maior crescimento observado entre as diferentes categorias de títulos e valores mobiliários contabilizadas pela Anbima.

A caderneta de poupança vem passando por vários meses de resgates líquidos, ao mesmo tempo em que outros produtos financeiros, normalmente mais rentáveis, vêm se popularizando. Além disso, a perspectiva de queda na Selic abre espaço na carteira para investimentos de maior risco, como os de renda variável.

Segundo Ademir A. Correa Jr., presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, durante a pandemia se viu um aumento na captação líquida da poupança, com o pagamento do auxílio-emergencial e a tendência de poupar para tempos de muita incerteza, e agora esse movimento está sendo revertido, com as pessoas consumindo suas reservas.

Veja a seguir em quais tipos de aplicações financeiras os brasileiros do segmento de varejo investiam ao final do primeiro semestre de 2023 (estão incluídos apenas os investimentos que atingiram pelo menos 1% de participação):

InvestimentoVolumeParticipação
Caderneta de poupançaR$ 905,3 bilhões27%
Certificados de Depósitos Bancários (CDB)R$ 714,0 bilhões21%
Fundos de renda fixaR$ 406,6 bilhões12%
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)R$ 256,8 bilhões8%
AçõesR$ 228,1 bilhões7%
Fundos multimercadosR$ 191,4 bilhões6%
Letras de Crédito Imobiliário (LCI)R$ 178,0 bilhões5%
Títulos públicosR$ 125,9 bilhões4%
Fundos imobiliáriosR$ 89,0 bilhões3%
Fundos de açõesR$ 83,3 bilhões2%
Certificados de Operações Estruturadas (COE)R$ 48,9 bilhões1%
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)R$ 47,9 bilhões1%
Debêntures incentivadasR$ 32,2 bilhões1%
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)R$ 23,5 bilhões1%
Fonte: Anbima

Dados considerando o total de investidores pessoas físicas

O volume de investimentos dos brasileiros ao final do primeiro semestre somou R$ 5,37 trilhões, uma alta de 7,3% em relação ao semestre anterior, mesmo com vários meses de resgates líquidos da poupança e de fundos de investimento.

O resultado inclui 148,5 milhões de contas de pessoas físicas do segmento de varejo, com investimentos no valor de R$ 3,37 trilhões, e 153,7 mil contas do segmento Private, destinado aos clientes mais ricos, com R$ 1,97 trilhão investido.

Quando somados Varejo e Private, a participação da poupança no volume financeiro investido cai para 17% do total (R$ 916,4 bilhões). Já os CDBs representam 18,2% (R$ 976,7 bilhões) e os títulos de renda fixa isentos totalizam 14,8% (R$ 796,5 bilhões).

Em junho deste ano, o volume investido em títulos e valores mobiliários (categoria que inclui CDBs, LCIs, LCAs, CRIs e CRAs, mas também ações) havia crescido 15% em relação a dezembro, puxado pelos investidores de varejo. Trata-se de uma captação líquida de R$ 351,8 bilhões no primeiro semestre.

Já a caderneta de poupança viu um recuo de 3,4% no volume no período, no valor de R$ 32,7 bilhões. A captação da aplicação tem sido negativa nos últimos semestres, enquanto a do segmento de títulos e valores mobiliários tem sido bastante positiva.

Já os fundos de investimento tem tido captação ora positiva, ora negativa, mas no último trimestre tiveram um incremento de 2,0%, um volume de R$ 31,0 bilhões.

(¹) Considera apenas o segmento Private.
Fonte: Anbima

Renda variável ganha espaço na carteira com perspectiva de queda da Selic

No segmento de varejo, a participação da renda variável vem crescendo, com a perspectiva de cortes na taxa básica de juros, a Selic. Ao final de junho do ano passado, a participação de investimentos de bolsa na carteira desses investidores havia caído de 9,9% para 8,4%; mas, de lá para cá, a participação subiu para 9,0% no fim de 2022, e agora para 9,4% ao final de junho.

Os investimentos de renda fixa, porém, ainda representam o grosso do volume investido pelo varejo, representando 78,6% do total.

Já no segmento Private, a participação da renda variável apenas se manteve na faixa dos 34% no segundo semestre do ano passado e primeiro semestre deste ano. Já a participação da renda fixa cresceu de 31,8% do volume para 33,9%.

Aliás, enquanto o CDB é o título ou valor mobiliário mais popular entre os investidores do varejo, representando quase 42% do investimento em papéis, as ações são os títulos e valores mobiliários mais populares no Private, representando 44,1% do investimento em papéis.

Em relação aos fundos de investimento, o volume investido manteve-se estável em relação ao final de 2022, em cerca de R$ 1,5 trilhão. Houve crescimento de 2,3% no volume em fundos de renda fixa e 4,5% em fundos de ações, enquanto os multimercados perderam 0,1%.

Os fundos imobiliários foram o maior destaque do semestre, com crescimento de 14,3% no volume investido, num período de alta dos preços das cotas desse segmento.

Os fundos de ações ganharam participação na carteira dos investidores do Private, passando de 18,0% do volume alocado em fundos no fim do ano passado para 19,4% no fim de junho, patamar similar ao de dezembro de 2021.

Já no varejo, a participação dos fundos de ações caiu. No varejo tradicional, passou de 8,0% para 7,6% do total investido em fundos, enquanto no varejo alta renda, caiu de 13,0% para 12,2%.

*Anteriormente, a matéria não deixava claro que os dados da primeira parte do texto, que constam na tabela, se referiam apenas aos investidores do Varejo, não incluindo os do Private. A matéria foi corrigida em 08/08/23 para corrigir a informação.

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