Ford Maverick: Montadora provoca a concorrência com picape híbrida que consome como carro popular
Com autonomia superior a 800 quilômetros, Ford desafia até picapes e SUVs a diesel a enfrentarem sua Maverick Hybrid

Depois que deixou de produzir carros no Brasil, em 2021, a Ford virou uma marca de nicho e de veículos premium. Se antes brigava por volume com o Ka, EcoSport e Ranger, agora seus importados buscam diferenciais. Até para justificar seus altos preços.
A estratégia, segundo a própria marca, tem dado certo. Em 2022, primeiro ano que completou sendo totalmente importadora, a Ford comemorou lucro acima de R$ 1,5 bilhão na América do Sul.
Há mais de dez anos a montadora não tinha lucro na região. Isso se traduz por vender carros de maior valor agregado e, portanto, mais rentáveis, e também pelo esforço da engenharia que se manteve aqui, que hoje vende serviços para a matriz ou subsidiárias e para qualquer empresa que solicite.
O reposicionamento da Ford no Brasil
Cerca de 1.500 profissionais alocados na Bahia e em Tatuí, interior de São Paulo, onde a Ford mantém sua estrutura de testes, no seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, trouxeram receita de R$ 500 milhões – numa clara decisão de que exportar inteligência vale a pena, até pela situação do real em relação ao dólar.
As pistas e laboratório de Tatuí, aliás, estão disponíveis para locação e prontos para gerar mais receita.
Neste novo cenário — mais otimista e de claros resultados positivos —, a subsidiária brasileira conseguiu convencer a matriz a apostar no mercado brasileiro. Para tanto, promete dez lançamentos para este ano, alguns já realizados.
Leia Também
Entre eles, a nova F-150, picape grande que beira os R$ 500 mil, e a versão automática do utilitário Transit. Agora, a Ford inicia as vendas da primeira picape híbrida no Brasil, uma corrida que venceu ante a concorrência, parte dela investindo em novos motores a diesel.
VEJA A DINHEIRISTA - Taxada na Shein: “Meu reembolso está mais de um mês atrasado. E agora? Irmão golpista coloca pais no Serasa
Maverick e a estratégia de preço da Ford
Mas voltando ao lançamento da Maverick, a Ford adotou uma estratégia ousada: oferecer as duas versões da picape pelo mesmo preço: R$ 244.890. Ambas são importadas do México.
Desta forma, a importadora entrega ao consumidor o exercício da dúvida: levar uma opção mais potente e 4x4, ou a híbrida, mais eficiente, com maior autonomia, porém 4x2?
Confira a seguir as principais diferenças:
Ford Maverick | Hybrid Lariat | FX4 Lariat |
Motor e câmbio | Quatro cilindros 2.5 de 194 cv de potência combinada e 21,4 kgfm de torque, com sistema híbrido autorrecarregável (não requer tomada), transmissão e-CVT, que usa motor elétrico como gerador e partida | 4 cilindros 2.0 turbo (Ecoboost), com injeção direta a gasolina, 253 cv de potência e 38,7 kgfm de torque, câmbio automático 8 marchas |
Tração | 4x2 dianteira | 4x4 AWD inteligente, sistema determina o nível de aderência e seleciona a tração entre 100% dianteira ou dividida com a traseira |
Consumo | Cidade: 15,7 km/l Estrada: 13,6 km/l | Cidade: 8,8 km/l Estrada: 11,1 km/l |
Tanque de gasolina | 57 litros | 67 litros |
Autonomia | Cidade: 895 km Estrada: 775 km | Cidade: 590 km Estrada: 743 km |
Espaço na caçamba | 938 litros | 943 litros |
Capacidade de carga | 659 kg | 622 kg |
Peso em ordem de marcha | 1.700 kg | 1.739 kg |
0 a 100 km/h | 8,7 segundos | 7,2 segundos |
Rodas e pneus | Rodas de 18” com pneus 223/60 R18 de baixa resistência ao rolamento | Rodas de 17” com pneus 225/65 R17 All terrain |
Suspensão | McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira) | McPherson (dianteira) e multibraço (traseira) |
Versões têm conteúdos similares
Em comum, as duas versões da Maverick trazem a mesma carroceria e se diferenciam basicamente no design pela grade dianteira ativa. Ela abre e fecha para otimizar o fluxo de ar. Isso melhora a aerodinâmica e contribui para a redução de consumo.
Por dentro, os conteúdos também se igualam, mas com algumas diferenças sutis: a FX4 tem a mais controle de descida, controle de oscilação do reboque, protetor de cárter e porta-óculos.
Nos modos de condução, a 4x4 traz cinco opções: Normal, Escorregadio, Rebocar/Transportar, com os diferenciais Lama/Terra e Areia. A Hybrid também conta com cinco modos, tendo os três primeiros iguais à FX4, além do Econômico e Esportivo.
Os itens de série são similares em ambas versões, com destaque para ar-condicionado automático digital dual zone, chave presencial com botão de partida, 8 ajustes elétricos do banco do motorista, revestimento de couro sintético nos bancos e sistema multimídia de 8”, entre outros.
Assim como a FX4, ela não traz capota marítima, outro item que só pode ser adquirido como acessório.
- LEIA TAMBÉM: Os SUVs continuam em alta no Brasil e aposentando outros modelos do mercado — e até a Ferrari se rendeu à moda
Maverick Hybrid tem consumo de carro 1.0
Por ser híbrida, a Maverick Hybrid tem torque imediato. Ela atinge os 21 kgfm assim que o motorista pisa no acelerador, ou seja, a força da picape é brutal.
Sem precisar ser recarregada em tomada, a picape não dá opção entre dirigir no modo elétrico ou a combustão. O gerenciamento é automático e indicado no painel.
Com o tempo, o motorista aprende a fazer mais economia e a regenerar a bateria, sempre que tirar o pé do acelerador ou frear.
Nos modos de condução, que podem ser selecionados no console central, enquanto as opções Normal, Sport e Eco se diferenciam pelas respostas do acelerador e faixas de giros, os modos Rebocar e Escorregadio atuam nos controles de tração e de estabilidade.
Em desempenho, a híbrida perde para a versão só a gasolina, mas em situações extremas. O que pende bastante a favor do modelo eletrificado é sua economia de combustível e autonomia, acima de 800 km.

Ford provoca a concorrência
Nesse ponto, a Ford faz uma provocação, colocando a Maverick (mesmo custando mais cara) em vantagem em relação a concorrentes movidos a diesel.
Consumindo 14,7 km/l em média, o custo para rodar 800 km com a Maverick híbrida é de R$ 297, atingindo 841 km de autonomia, segundo dados do Inmetro.
Já a picape compacta Fiat Toro turbodiesel faz média de consumo de 11,2 km/l e o custo pelo combustível a cada 800 km é de R$ 397. Sua autonomia média é de 673 km.
Quando confrontada com um SUV médio diesel, como o Jeep Compass Trailhawk, esses mesmos 800 km lhe custariam R$ 390 e o alcance médio é de 685 km.
Essas diferenças dão vantagem de 30% em economia de combustível à Ford Maverick versus os rivais com motor turbodiesel (preços baseados na segunda quinzena de maio de 2023).
Durante avaliação da reportagem, em 100 km rodados (80% em estrada), atingimos consumo de 17 km/l, indicado no computador de bordo.

Conforto de automóvel
A baixa altura em relação ao solo, além de facilitar o acesso ao habitáculo, deixa a picape com comportamento de sedã, estável e equilibrada.
Ao dirigir, você esquece que ali atrás tem uma caçamba. Outras picapes pulam demais, o que não ocorre com a Maverick.
Pelo app FordPass, uma nova função monitora a vida útil do óleo com as chamadas revisões inteligentes: ao invés de seguir um prazo fixo de 10.000 km, as revisões são feitas com base no monitoramento das condições reais de uso do veículo.
Assim, se reduz o desperdício de óleo – que beneficia também o meio ambiente – e há mais transparência no controle das revisões.

A Maverick é boa em segurança, mas não completa.
A picape entrega 7 airbags com detecção inteligente de ocupantes, câmera de ré, faróis de LED com acendimento e luz alta automáticos, assistente de frenagem com detecção de pedestres e ciclistas, assistente de partida em rampa, assistente de frenagem pós-colisão e monitoramento de pressão dos pneus.
Entretanto, ela fica devendo um piloto automático adaptativo, sensor de estacionamento, retrovisor eletrocrômico, alertas de saída de faixa e de tráfego cruzado e sensor dianteiro de estacionamento.
O espelho do motorista conta com um espelho menor que amplia a imagem e atrapalha um pouco a visão, algo que poderia ser resolvido com alerta de ponto cego.
7 Motivos para não escolher a Ford Maverick Hybrid
- Não tem tração 4x4;
- A caçamba é pequena para levar uma bicicleta de adulto inteira (é preciso comprar um extensor de caçamba como acessório);
- Falta capota marítima de série (é preciso comprar à parte), item indispensável em viagens e para rodar na cidade sem ostentar o que leva na caçamba;
- Faltam itens de segurança e assistência ao motorista, como ACC, sensor de estacionamento e alerta de ponto cego;
- O enxugamento da rede limita a assistência para cidades menores que não dispõem de concessionária: de 283 lojas em 2021, quando fechou a fábrica, a Ford tem hoje 109 autorizadas;
- Apesar da caçamba maior, a Maverick tem capacidade de carga (659 kg) menor que outras picapes, como Renault Oroch (680 kg) e a Fiat Toro a diesel (1 tonelada);
- Alto preço: mesmo diante de concorrentes a diesel e híbridos, a Maverick custa mais.
7 motivos para escolher a Ford Maverick Hybrid
- A picape Ford oferece conforto de automóvel e acabamento agradável;
- O banco traseiro acomoda bem dois adultos com bom espaço de pernas em relação a outras picapes e sob o assento há um porta-objetos extra de 58 litros;
- A economia de consumo e autonomia são seus destaques;
- Mesmo sem a tração 4x4, ajustes eletrônicos de um dos modos de condução podem ajudar a enfrentar terrenos escorregadios;
- Os modos de condução Eco e Sport interferem nas respostas do acelerador e da rotação, ampliando as possibilidades de ajustes conforme as condições do trânsito e pista;
- Para quem mora em São Paulo, a versão híbrida é isenta do rodízio municipal;
- A picape conta com aplicativo que monitora o óleo e evita desperdícios.
Lotofácil acumulada pode pagar R$ 6 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio do dia entre as loterias da Caixa
Lotofácil inicia a semana depois de acumular pela primeira vez em setembro, mas Quina e Dupla Sena oferecerem prêmios superiores
Supersemana na agenda econômica: decisões de juros nos EUA, no Brasil, no Reino Unido e no Japão são destaques junto com indicadores
A semana conta ainda com a publicação da balança comercial mensal da zona do euro e do Japão, fluxo cambial do Brasil, IBC-Br e muitos outros indicadores
Professores já podem se cadastrar para emitir a Carteira Nacional de Docente
Carteira Nacional de Docente começará a ser emitida em outubro e promete ampliar acesso a vantagens para docentes
O homem mais rico do Brasil não vive no país desde criança e foi expulso da empresa que fundou; conheça Eduardo Saverin
Expulso do Facebook por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin transformou sua fatia mínima na empresa em bilhões e hoje é o brasileiro mais rico do mundo.
Polícia Federal prende 8 suspeitos de ataque hacker durante tentativa para invadir o sistema de Pix da Caixa Econômica Federal
As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa
Tamagotchi: clássico dos anos 1990 ganha nova versão e volta a fazer sucesso
Impulsionado por revival de adultos que cresceram nos anos 1990, Tamagotchi ultrapassa a marca de 100 milhões de unidades vendidas
Moody’s teme reversão de lista de isenção dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro
Em agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu um “tarifaço” contra produtos brasileiros, porém, 694 produtos que ficaram de fora da lista
Copa do Brasil 2025: por que Vasco e Fluminense faturaram até agora mais dinheiro que Corinthians e Cruzeiro mesmo com todos classificados para as semifinais
Apesar de estarem na mesma fase da Copa do Brasil, a dupla carioca percorreu um caminho diferente dos outros dois semifinalistas
A felicidade durou pouco: Elon Musk desbanca Larry Ellison e retoma o trono de homem mais rico do mundo
A disputa pelo topo da lista dos mais ricos continua acirrada: Elon Musk retomou a liderança como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 399 bilhões
Lotofácil e Dia de Sorte têm bolas divididas e deixam 4 apostadores no meio do caminho rumo ao primeiro milhão
Enquanto a Lotofácil e a Dia de Sorte tiveram dois ganhadores cada, a Quina e a Timemania acumularam na noite de quinta-feira
Mega-Sena sai pela primeira vez em setembro e paga quase R$ 54 milhões a dono ou dona de aposta simples
Depois de sair três vez em agosto, a faixa principal da Mega-Sena tem seu primeiro ganhador em setembro; ele ou ela tem agora 90 dias para reivindicar o prêmio
Banco Central amplia regras de segurança e proíbe bancos de efetuar pagamentos para contas suspeitas de fraude
A nova norma vem na esteira de uma série de medidas da autarquia para aumentar a segurança das transações financeiras
Bebidas com cannabis: como a criatividade brasileira desafia as barreiras de um mercado bilionário?
Enquanto o mercado global de bebidas com THC e CBD movimenta bilhões, a indústria brasileira inova com criatividade, testando os limites da lei e preparando o terreno para uma futura legalização
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3483 tem 4 ganhadores, mas ninguém fica muito perto do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda e na terça-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem
O trono de homem mais rico do mundo tem um novo dono: Larry Ellison, cofundador da Oracle, ultrapassa Elon Musk
Salto nas ações da Oracle e projeções otimistas para a nuvem transformam Larry Ellison no novo homem mais rico do planeta, desbancando Elon Musk
Fux rejeita condenação de Bolsonaro por organização criminosa e dá início ao julgamento de outros crimes
O voto do Ministro ainda está em andamento,
Mais de 48 milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido nos bancos; veja se você é um deles
Sistema de Valores a Receber do Banco Central já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis para saque
O que é a “cláusula da desgraça” que faz influencers lucrarem com as perdas de seus seguidores nas bets
A cada real perdido por seguidores, influencers recebem comissão das casas de apostas
Trabalho presencial, home-office total ou regime híbrido? Demissões no Itaú colocam lenha no debate
As demissões no Itaú tiveram como justificativa a alegação de inatividade dos colaboradores durante o home office
Mega-Sena 2912 acumula, mas Lotofácil 3482 deixa mais duas pessoas mais próximas do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem; além da Mega-Sena, a Quina, a Dia de Sorte e a Timemania também acumularam