🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

É corte atrás de corte: entenda o impacto das demissões em massa sobre o investimento nas empresas de tecnologia

Cortes devem ter baixo impacto operacional sobre as empresas de tecnologia, mas deve mudar perfil de rentabilidade

19 de janeiro de 2023
6:42 - atualizado às 14:53
profissões em alta são de tecnologia
Notícias de dispensas em massa em empresas de tecnologia têm chamado a atenção. Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. As previsões de começo de ano são uma das grandes tradições do mercado financeiro. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em quantos pontos o S&P 500 vai fechar 2023? Qual será o nível de juros ao final do ano? E a inflação? Das previsões, deriva-se facilmente quais narrativas estão ganhando representatividade nos portfólios dos investidores globais.

Ou seja, quais serão as apostas de maior convicção para este início de ano.

Nesse sentido, tenho visto três grandes teses ganhando os holofotes:

  1. Mercados emergentes performarão melhor que os EUA.
  2. O dólar irá perder força contra as moedas tanto de emergentes, quanto em relação a outros países desenvolvidos.
  3. E, no segmento de ações, os ativos de value irão performar melhor que os de crescimento.

No escopo dessa coluna, faz sentido nos aprofundarmos no tópico "3", que toca no âmago do investimento em empresas de tecnologia.

Você não é mais o mesmo

Se voltarmos aos idos de 2008, na véspera da crise do subprime, e fizermos o exercício retroativo de identificar as ações que melhor performaram, o resultado é inquestionável:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As ações de tecnologia foram o melhor vetor de investimentos de risco, com larga margem em relação aos demais setores do S&P 500.

Leia Também

No gráfico abaixo, estão as performances de diferentes setores do índice entre o início de 2008 e o final de 2020.

A linha verde (o índice XLK) representa o setor de tecnologia, enquanto a linha vermelha representa o setor de consumo discricionário, em que as ações mais relevantes são Amazon e Tesla, também associadas à mesma tendência.

Elaboração: Empiricus | Fonte: Koyfin

Esse padrão foi rompido ao longo de 2021 e 2022. Das suas máximas, a maioria das empresas de tecnologia apresentaram quedas superiores (ou próximas) a 50%, com poucas exceções como Microsoft e Apple.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como mostra bem o gráfico a seguir — elaborado pelo banco de investimentos Bank of America —, as empresas de tecnologia saíram de 30% para 21% de participação dentro do S&P 500.

A queda das ações de tecnologia ressuscitou o debate entre value e growth

Mas que debate é esse?

Em geral, podemos simplificar a classificação de value como empresas negociadas a múltiplos baixos de lucro, com dividend yields geralmente interessantes, porém empresas com baixo histórico de crescimento de lucros.

Já o segmento de growth está associado a empresas cujas receitas apresentam crescimento rápido, os valuations são historicamente mais elevados (embutindo perspectivas de que o crescimento será exponencial) e as empresas não costumam ser lucrativas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Value e growth são como água e vinho.

Para o investidor mais conservador, em busca de dividendos ou mesmo de menor volatilidade, o vinho são as ações de value

Se encaixam neste quesito ações de grandes empresas como os bancos americanos (JP Morgan, Bank of America e outros), além de outros nos segmentos de utilities e consumo básico, como P&G, Home Depot e J&J.

Para o investidor mais arrojado, em busca de ganhos de capital e disposto a encarar muito mais volatilidade, o growth foi o vinho que os levou da euforia à ressaca nos últimos 10 anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aqui estão as Big Techs, empresas de semicondutores e representantes de vários outros setores, em geral aqueles que estão executando planos de crescimento.

Por exemplo, uma varejista com plano de abrir 500 lojas nos próximos anos, como a americana Floor and Decor (NYSE: FND), pode ser classificada como um case de growth, tanto quanto uma empresa  de tecnologia.

De volta às previsões para 2023

Depois dos últimos 10 anos, começa a crescer no mercado a sensação de que, enfim, chegou o momento em que as ações da value irão ressuscitar.

O apelo de que aquela sua ação barata, que há 20 anos negocia a 10 vezes lucros, agora vai passar a ser uma ação mais cara.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tenho uma série de ressalvas contra esse argumento, mas vou deixá-las para uma coluna futura. O que eu gostaria de instigar o investidor é em relação ao seguinte:

O que tech precisa para passar a ser value?

Acredito que a resposta é bem simples: parar de dar prejuízo, e passar a dar lucro.

Se você tem acompanhado as notícias dos layoffs no setor, deve ter percebido que essa transformação está acontecendo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte: Seu Dinheiro

Numa empresa de tecnologia típica, entre 20% e 25% das receitas são gastas em custos de produto, geralmente a fatura da infraestrutura em nuvem e os salários relacionados aos funcionários dessas verticais.

Hoje, assumindo que essa seja uma empresa com margem líquida negativa de 10%, pelos menos outros 65% das receitas são gastos com salários de funcionários entre marketing, vendas e pesquisa e desenvolvimento.

Leia também

Pelas minhas estimativas, com base no último formulário anual do Google, um salário médio no departamento de pesquisa e desenvolvimento roda a casa de US$ 1 milhão de dólares anuais.

Claro que essa média é uma medida mentirosa, afinal existe uma enorme dispersão na amostra, mas confirma a percepção de que os funcionários de tecnologia são muitos caros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os layoffs, por piores que sejam para todas as pessoas impactadas, serão medidas que farão com que rapidamente essas empresas passem do prejuízo ao lucro.

Além disso, estudos como o do WSJ, mostram que a maioria das pessoas demitidas estão recolocando rapidamente, ainda que com salários menores.

Com esses ajustes estruturais, num intervalo de alguns trimestres, muitas empresas de tecnologia serão capazes de expandir mais de 10 pontos percentuais de margens; arrisco dizer que esses cortes terão pouco impacto na capacidade dessas empresas em seguirem operando e serão algo que estruturalmente mudará o seu perfil de rentabilidade.

Na minha opinião, escapa ao debate hoje um evento em andamento: o growth se tornará value muito antes do que o mercado imagina.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)

2 de outubro de 2025 - 8:04

No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses

1 de outubro de 2025 - 20:00

Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)

1 de outubro de 2025 - 7:59

Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)

30 de setembro de 2025 - 7:53

Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado

30 de setembro de 2025 - 7:18

A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar