Por que o Ibovespa tombou mais de 7% no mês? Confira a nova ameaça aos dividendos da Petrobras e outros fatores que pressionaram o índice
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo
Fevereiro é marcado pelo feriado de Carnaval no país. Na bolsa brasileira, porém, não houve motivos para jogar confetes e serpentinas neste mês. O Ibovespa acumulou um tombo de 7,49% no período e fechou no menor nível desde 3 de janeiro deste ano. Já o dólar à vista saltou 2,92% nos últimos 28 dias.
O cenário macroeconômico desafiador e as tensões políticas e fiscais foram algumas das grandes forças por trás do forte recuo do Ibovespa e dominaram as conversas do mercado ao longo do mês.
Nesta terça-feira (28), por exemplo, os planos do governo federal para a Petrobras (PETR4) estiveram no foco dos investidores.
A estatal anunciou mais cedo uma redução no preço dos combustíveis. O corte já era esperado, considerando que as tarifas cobradas pela companhia eram superiores às cotações internacionais do petróleo.
Mas a notícia não veio sozinha, e sim acompanhada de um rumor que derrubou as cotações da petroleira: o de que a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seus ministros e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não tenha servido apenas para discutir a reoneração dos combustíveis.
Circula nos bastidores a notícia de que o grupo debateu também um corte na distribuição de dividendos da empresa. O objetivo seria utilizar parte da verba destinada aos proventos para investir na própria companhia, e também para evitar que a alta nos preços do petróleo seja sempre refletida nos combustíveis nacionais.
Leia Também
Felipe Miranda: 10 surpresas para 2026
Apesar de não confirmado, o tema do papel social da estatal voltou a ressurgir mais tarde, durante uma coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e derrubou as ações da Petrobras, além de pressionar o Ibovespa.
O índice fechou na mínima do dia, em queda de 0,74% e aos 104.931 pontos, enquanto o dólar subiu 0,34%, cotado em R$ 5,2250.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
SAINDO DO PET SHOP
A BRF (BRFS3) desistiu de alimentar o seu bichinho — saiba por que a empresa vai se desfazer de sua divisão de comida para animais de estimação. O segmento será vendido por meio de um processo competitivo, quando a oferta mais vantajosa é levada em conta.
DECEPCIONOU
Balanço do quarto trimestre acende o sinal vermelho no GPA, e ações PCAR3 despencam 7%. A cisão do Éxito deve aliviar a alavancagem financeira, mas a melhora das operações precisa aparecer antes que as perspectivas do mercado para a empresa se deteriorem ainda mais.
O JOGO VAI VIRAR?
Putin coloca máquina de destruição para funcionar e está à beira de grande conquista na Ucrânia. Alguns dos combates mais ferozes ocorrem em Bakhmut, na região ucraniana de Donetsk; parte dela já está sob o controle da Rússia e de suas forças por procuração.
MONEY TIMES
Justiça permite à Americanas (AMER3) pagar dívida com pequenos credores. A varejista e empresas coligadas planejam quitar R$ 192,4 milhões no curto prazo com parte dos recursos obtidos com o financiamento DIP de R$ 1 bilhão feito por Lemann e os outros acionistas de referência.
DINHEIRO NA CONTA
Banco do Brasil (BBAS3) corrige valor dos proventos que vai pagar nesta semana. O BB atualizou o valor dos dividendos e JCP pela taxa básica de juros (Selic) até a data do pagamento, que acontece nesta sexta-feira (3).
Tony Volpon: Uma economia global de opostos
De Trump ao dólar em queda, passando pela bolha da IA: veja como o ano de 2025 mexeu com os mercados e o que esperar de 2026
Esquenta dos mercados: Investidores ajustam posições antes do Natal; saiba o que esperar da semana na bolsa
A movimentação das bolsas na semana do Natal, uma reportagem especial sobre como pagar menos imposto com a previdência privada e mais
O dado que pode fazer a Vale (VALE3) brilhar nos próximos dez anos, eleições no Brasil e o que mais move seu bolso hoje
O mercado não está olhando para a exaustão das minas de minério de ferro — esse dado pode impulsionar o preço da commodity e os ganhos da mineradora
A Vale brilhou em 2025, mas se o alerta dessas mineradoras estiver certo, VALE3 pode ser um dos destaques da década
Se as projeções da Rio Tinto estiverem corretas, a virada da década pode começar a mostrar uma mudança estrutural no balanço entre oferta e demanda, e os preços do minério já parecem ter começado a precificar isso
As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje
Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade