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3 motivos pelos quais me arrependi de não ter recomendado a compra de ações da Netflix (NFLX34) quando era a hora

Números da Netflix no 3T23 foram excepcionais e deixaram este analista ainda mais arrependido por não ter recomendado as ações lá atrás

26 de outubro de 2023
6:22 - atualizado às 8:12
Fachada da Netflix
Fachada da Netflix - Imagem: Divulgação

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. As ações da Netflix (Nasdaq: NFLX | B3: NFLX34) chegaram a subir 16% na semana passada, após a divulgação dos seus resultados.

Se você acompanha minha coluna há algum tempo, sabe que um dos meus maiores arrependimentos foi não ter recomendado as ações da Netflix na metade de 2022.

Mesmo acompanhando tão de perto a companhia, subestimei basicamente tudo o que companhia vem fazendo com sucesso nos últimos 12 meses: o crackdown (o fim do compartilhamento de senhas), o hype trazido pelo seu produto de anúncios e a enorme geração de caixa da empresa nesses últimos meses.

Para somar ao meu erro de omissão em 2022, o resultado do 3T23 foi excepcional, com vários aprendizados que podemos tirar.

Vamos a eles.

1 — O sucesso improvável da Netflix

Há 10 anos, na época do lançamento de séries como House of Cards e Orange is the New Black, a Netflix utilizava dados de seus usuários para escolher temas e atores que pudessem impulsionar sucessos de conteúdos proprietários.

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Em 2023, com uma década de experiência, a Netflix inverteu essa equação: hoje ela usa os dados das séries que ela mesma produz para decidir quais conteúdos da concorrência fazem sentido ser licenciados.

Um dos grandes sucessos do 3T23 no Netflix foi a oitava temporada da série Suits, que está disponível em outros streamings desde 2019.

O simples fato de a temporada ter chegado ao Netflix fez com que ela acumulasse 614 milhões de horas de streaming pelo mundo e passasse 12 semanas consecutivas como a série mais assistida nos EUA!

A capacidade de distribuição da Netflix é tão grande que ela transforma velharias em novidades.

2 — Os números da Netflix não mentem

No 3T23, a Netflix adicionou 9 milhões de novos usuários, acima do esperado pelo mercado e uma das maiores parciais desde a pandemia.

Esse crescimento é explicado em grande parte pelo fim do compartilhamento de senhas.

Eu mesmo fui muito cético com a capacidade da Netflix implementar essa nova política com sucesso em todas suas geografias.

Por enquanto, meu ceticismo foi claramente exagerado. Em todos os mercados onde a Netflix implementou o fim do compartilhamento, a sua receita consolidada hoje é maior do que antes da implementação da nova política.

O cancelamento segue baixo e a maioria dos clientes que cancelam devido ao fim do compartilhamento de senhas retorna algumas semanas depois como novo cliente.

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O sucesso tem sido maior em países de alta renda, como EUA e boa parte da União Europeia.

Em países emergentes, como o Brasil, a Netflix tem sido mais leniente, não reforçando com a mesma intensidade essa política.

O plano da empresa é fazê-lo quando seu produto de anúncio estiver maduro.

Como ele está disponível em boa parte do mundo, agora a empresa começou a aumentar o preço das suas assinaturas mais premium.

Na prática, o futuro da Netflix será cada vez mais parecido com a televisão que ela mesma matou: a maioria dos usuários estará vendo anúncios e pagando pouco por mês, enquanto cada vez menos usuários estão pagando um valor cada vez maior por uma assinatura mensal sem anúncios.

Se o plano funcionar, ele pode ser sim transformacional para a empresa em longo prazo.

3 — A greve não prejudicou a Netflix

Um dos maiores temas na indústria do streaming em 2023 foi a greve de trabalhadores de Hollywood.

Uma conclusão que eu trouxe neste espaço há algum tempo foi a de que eu imaginava que a Netflix seria muito pouco impactada pela paralisação, pois a empresa produz conteúdos no mundo inteiro e é cada vez menos dependente de Hollywood.

Foi exatamente o que vimos. Com o fim da greve, a Netflix não só continuou crescendo, como aumentou sua estimativa de geração de caixa livre para 2023, de US$ 5 bilhões para US$ 6,5 bilhões.

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Praticamente todo esse diferencial diz respeito a gastos com conteúdo que estavam planejados para este ano e não serão mais realizados, devido a greve.

Para 2024, o provável é que a Netflix normalize seus gastos no patamar considerado "ótimo" de longo prazo — US$ 17 bilhões em gastos de conteúdo anualmente —, contra cerca de US$ 13 bilhões que serão gastos neste ano.

Apesar da normalização, a empresa passou o recado ao mercado: nós podemos continuar crescendo, mesmo gastando menos.

No geral, os números do Netflix foram excepcionais e fizeram deste analista ainda mais arrependido por não ter recomendado as ações lá atrás.

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