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Ações da Netflix têm queda de 8% logo após os resultados do segundo trimestre. E agora, é hora de comprar?

O balanço da Netflix no segundo trimestre mostrou tendências positivas, em termos operacionais. Então, o que explica o movimento do mercado?

27 de julho de 2023
6:07 - atualizado às 9:02
Imagem mostrando uma mão segurando um controle remoto apontado para uma TV; na tela, aparece o logo da Netflix (NFLX34)
Imagem: Unsplash

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. 

Lá se vão 15 dias de uma intensa temporada de resultados nos EUA. Como sempre o faço, vou aproveitar o espaço desta coluna para comentar sobre o que mais me chamou nas divulgações das maiores empresas de tecnologia do mundo. 

Hoje, começo pela Netflix.

O mercado não gostou

Após a divulgação dos resultados, no último dia 19, as ações do Netflix caíram cerca de 8%.

Esse não é um nível de volatilidade incomum após as divulgações da maior empresa de streaming do mundo, mas não podemos ignorar que há alguma mensagem dos investidores num movimento tão grande.

Na minha opinião, há um misto de realização de lucros (afinal, nos últimos 12 meses, NFLX sobe mais de 150% em relação às mínimas) e alguma decepção com a falta de informações sobre as iniciativas que mais interessam ao futuro dos acionistas, como a implementação do modelo de anúncios.

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Antes de comentar essa pontos interessantes, vou brevemente tocar na parte mais tediosa: os números.

A receita total da Netflix foi de US$ 8,18 bilhões (+2,7% na comparação anual, porém marginalmente abaixo do esperado pelo mercado) e a quantidade de usuários ativos totalizou 238,4 milhões, um crescimento de 8% em um ano.

Em termos de rentabilidade, a Netflix apresentou uma margem operacional de 22,3%, ou 3 pontos percentuais maior que no mesmo trimestre do ano passado. Já a geração de caixa livre foi de US$ 1,33 bilhão; no mesmo trimestre de 2022, ela praticamente não tinha gerado caixa.

O grande fator que explica o salto na geração de caixa foram os gastos menores com conteúdo: no segundo trimestre, a Netflix gastou US$ 3,6 bilhões em conteúdo, contra US$ 4,6 bilhões no ano passado.

A redução nos gastos conversa com a história que a empresa conta ao mercado, de estabilizar seus investimentos num patamar de manutenção (basicamente recompor a amortização) e passar a gerar mais caixa.

Entretanto, sabemos que os investimentos em novos conteúdos têm sido impactados pela greve realizada por artistas e trabalhadores do setor de entretenimento nos Estados Unidos. 

O movimento ganhou ampla adesão, espaço nos noticiários e tem impedido o avanço de uma série de novas produções. Ele, inclusive, já foi tema de outra coluna que escrevi aqui no Seu Dinheiro.

Por isso, é natural que os gastos estejam menores neste momento e a empresa apresente também uma geração de caixa mais parruda nos próximos trimestres.

Devido a isso, a Netflix revisou para cima suas projeções de geração de caixa em 2023: de US$ 3,5 bilhões, agora a empresa espera entregar US$ 5 bilhões em fluxo de caixa livre ao final deste ano.

No geral, foram positivas as notícias no front financeiro.

E a quantidade de usuários foi outra boa surpresa

Neste trimestre, 5,89 milhões de novos usuários se juntaram ao streaming. Se excluirmos o quarto trimestre de 2022 (onde grandes lançamentos e investimentos em marketing ajudaram a puxar o crescimento), esse é um dos melhores resultados desde a pandemia.

O grande fator que explica essa aceleração no número de usuários é o "crackdown" que a Netflix tem promovido nas contas compartilhadas — o plano da empresa para acabar com o repasse de senhas entre pessoas que não moram na mesma residência. 

Diferente do último trimestre, onde a empresa foi criticada pelos investidores devido à demora na implementação do plano, dessa vez os números indicam tração.

A Netflix já implementou a restrição ao compartilhamento de senhas em países que somam mais de 80% das suas receitas. E o padrão observado até aqui tem sido o mesmo: a maioria dos usuários mais frequentes retornarem à plataforma com uma nova assinatura após algumas semanas.

Esse é o principal fator que explica a Netflix ter acelerado de 1,75 milhão de novos usuários no primeiro trimestre para 5,89 milhões agora.

Em termos geográficos, nenhum continente teve particular destaque sobre os demais, o que ratifica em certa medida a eficiência do crackdown.

Apesar dos bons números de adições líquidas, a maioria desses usuários se juntaram ao Netflix entre o final de maio e o mês de junho; portanto, ainda não contribuíram de maneira significativa para o faturamento.

Esse crescimento deve aparecer a partir do último trimestre de 2023.

Se a Netflix adicionou muitos usuários e apresentou bons números financeiros, o que foi que deu errado?

Como sempre, o problema aqui me parece ser de expectativas: a Netflix tem "vendido" aos investidores a promessa de que seu produto de anúncios será gigante.

Esse produto já está operacional nos principais mercados da empresa, como os EUA e o Canadá; mesmo assim, absolutamente nenhum detalhe sobre ele foi compartilhado com o mercado nesta última divulgação.

Se quando o filho é bonito todo mundo quer ser pai, muitos investidores se perguntaram se o novo filho da Netflix não é de fato um monstrinho…

A essa interrogação, eu gosto de lembrar aos investidores que a ação da Netflix teve uma performance espetacular nos últimos 12 meses.

Esse desempenho, inclusive, me surpreendeu muito. Apostei em várias boas multiplicações nesse rally de tecnologia, como Meta, Nvidia, Microsoft e Apple, mas nunca consegui ganhar conforto com o valuation da Netflix — e, por isso, perdi essa excelente valorização.

Como nenhuma árvore cresce até o céu, o resultado do segundo trimestre também serviu como desculpa para alguma realização de lucros. Nada, em minha opinião, mudou estruturalmente após esses resultados para a Netflix.

Na Empiricus, essa ainda é uma ação que nós seguimos apenas acompanhando à distância.

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