🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Inflação e juros dão sinais de forte descompressão — e oportunidade de rali na bolsa igual ao de 2016 começa a aparecer

Mesmo que a desinflação esteja ocorrendo de forma gradual, existem fatores positivos à frente e Copom tem espaço para discutir corte nos juros

30 de maio de 2023
7:28 - atualizado às 19:04
Motos em linha prontas para um rali | Ibovespa
Motos em linha prontas para um rali - Imagem: Envato

As últimas semanas foram frutíferas para as projeções sobre a economia brasileira. Mais recentemente, foi a prévia da inflação oficial de maio, o IPCA-15 do IBGE, que surpreendeu positivamente os investidores.

O índice apresentou uma alta de 0,51% no mês, abaixo da mediana das expectativas, que apontava para uma alta de 0,65% no período, e 0,06 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,57%).

Não foi só na comparação mensal que tivemos uma desaceleração. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses finalizados em abril. Se há menos inflação, temos como consequência menos juros também.

A perspectiva de inflação e juros mais baixos impulsiona setores como consumo, construção civil e bancos no Ibovespa.

Inflação em queda controlada

Mais do que a simples desaceleração, o dado foi mais saudável também. O núcleo, que exclui os itens mais voláteis, como combustíveis e alimentos, desacelerou de 0,45% em abril para 0,42% em maio.

A difusão, por sua vez, que mede quanto a alta está se espalhando pelos preços, ficou próxima da estabilidade, em 64% — sete dos nove grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês.

Leia Também

No mês em análise, os grupos de "saúde e cuidados pessoais", com um aumento de 1,49%, e "alimentação e bebidas", com um aumento de 0,94%, tiveram um impacto significativo no índice.

Cada um desses grupos contribuiu com 0,20 ponto percentual para o dado geral. Logo em seguida, o grupo de "habitação" apresentou um aumento de 0,43%, contribuindo com 0,07 ponto percentual.

No entanto, houve também dois grupos que registraram quedas nos preços. O grupo de "artigos de residência" apresentou uma queda de 0,28%, enquanto o grupo de "transportes" teve uma pequena queda de 0,04%. Essas variações negativas também tiveram um impacto leve no índice geral.

Afinal, o que isso quer dizer?

Com isso, nossa leitura é de que a maior parte do impacto na inflação foi impulsionada por itens voláteis ou regulamentados, como combustíveis e passagens aéreas, e houve uma desaceleração nos bens duráveis (parcialmente compensado pelo aumento no segmento de alimentos em casa e nos bens não duráveis e semiduráveis).

Resumidamente, a divulgação dos dados mostrou surpresas em diversos setores. Como resultado desses dados, o mercado seguiu revisando as projeções de inflação para o IPCA de 2023 de 5,8% para 5,7% no último Boletim Focus, enquanto a estimativa para 2024 foi mantida em 4,1%.

Como podemos ver abaixo, o aprimoramento nas expectativas para o IPCA acumulado nos respectivos anos tem sido considerável mais recentemente.

Fonte(s): BCB

Não vai demorar muito para que os agentes de mercado comecem a projetar uma inflação abaixo de 5,5% em 2023.

Vale lembrar que os preços devem voltar a acelerar no acumulado de 12 meses a partir da segunda metade do ano por causa da base de comparação, mas a média dos núcleos deve continuar a cair.

Arcabouço e Petrobras ajudam na descompressão da inflação

Sim, a situação ainda é preocupante (as medidas subjacentes e centrais seguem muito acima da meta de inflação), sem dúvida; contudo, a trajetória é cada vez mais positiva — vemos progresso na formação de expectativas de inflação no longo prazo, apesar de permanecerem elevadas devido ao debate sobre a meta e as incertezas fiscais. Sem dúvidas, o novo arcabouço fiscal tem ajudado bastante nesse processo.

Além disso, a redução nos preços dos combustíveis pela Petrobras nos próximos meses terá um impacto adicional na queda esperada para o primeiro semestre, além de suavizar a alta a partir do segundo semestre.

Em outras palavras, o IPCA-15 trouxe otimismo de volta ao mostrar uma desaceleração no núcleo da inflação e na inflação subjacente.

Sem inflação, juro tem espaço para cair

Os dados indicam que estamos retornando à trajetória de descompressão que observamos em março, o que possibilita tom construtivo sobre a trajetória dos juros. 

Não só da Selic, mas da curva como um todo; afinal, a redução considerável em alguns segmentos da inflação pode trazer um alívio positivo para o cenário do Banco Central na condução da política monetária, embora a inflação ainda esteja acima do desejado.

Espero que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa Selic no nível atual de 13,75% em sua próxima reunião em junho, porém abre-se uma possibilidade de iniciar discussões sobre possíveis cortes em breve, muito provavelmente no terceiro trimestre, em agosto ou setembro, com uma redução de 25 pontos-base. Será um começo de flexibilização importante para a política monetária.

E o rali...

Pouco importa o mês de início do ciclo de cortes. O que importa é a tendência de queda dos juros, que impulsiona os ativos de risco, como aconteceu entre 2016 e 2019, no último grande bull market (mercado de alta) brasileiro.

Podemos observar essa tendência até mesmo no otimismo do presidente da autoridade monetária. Segundo Roberto Campos Neto, pela primeira vez, a inflação está em queda no Brasil, enquanto nos países comparáveis ela se mantém estável em níveis mais elevados. Nesse sentido, o IPCA-15 apresentou resultados positivos, com uma surpresa significativa em serviços e uma melhora nos indicadores de núcleo.

Embora a desinflação esteja ocorrendo de forma mais lenta do que o esperado, observamos fatores positivos em perspectiva.

A queda dos juros se dará de forma gradual, sim, mas para o mercado o que interessa é a trajetória. Claro, quanto maior for a amplitude do ajuste nos juros, maior poderá ser o efeito. Ainda assim, diante dos valuations atuais, poucas variações já podem resultar em grandes valorizações.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua

11 de junho de 2025 - 20:37

Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria

11 de junho de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China

10 de junho de 2025 - 8:40

Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

9 de junho de 2025 - 20:00

O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje

9 de junho de 2025 - 8:19

No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF

VISÃO 360

Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?

8 de junho de 2025 - 8:00

A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje

6 de junho de 2025 - 8:20

Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria

SEXTOU COM O RUY

A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos

6 de junho de 2025 - 6:05

Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA

5 de junho de 2025 - 8:26

Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica

4 de junho de 2025 - 20:00

Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

Insights Assimétricos

Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente

3 de junho de 2025 - 6:05

Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

TRILHAS DE CARREIRA

Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout

1 de junho de 2025 - 8:07

O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA

30 de maio de 2025 - 8:07

Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)

SEXTOU COM O RUY

A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?

30 de maio de 2025 - 6:01

Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil

29 de maio de 2025 - 8:17

Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade

28 de maio de 2025 - 20:00

As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar