Ibovespa volta a subir, Nubank empolga analistas e os FIIs que dispararam; confira os destaques do dia

Depois de um dia de folga, o Ibovespa voltou a fechar no azul — com alta de 1,17%, aos 109.459 pontos —, ainda que o principal assunto do dia não tenha se resolvido durante o pregão regular.
Assim como o governo, o mercado tem pressa para a tramitação do novo arcabouço fiscal e passou o dia esperando pela votação da urgência do projeto na Câmara — o que só ocorreu após a B3 já ter encerrado as negociações.
Em clima de expectativa, a bolsa brasileira voltou os olhos para outros temas ao longo da sessão, como os dados melhores que o esperado do varejo local, as chances de um acordo para o teto da dívida americana e a forte alta das commodities metálicas.
Nos Estados Unidos, o governo democrata está confiante de que um acordo para evitar um calote da maior economia do mundo será fechado até o fim da semana, levando as bolsas do país a subirem mais de 1% — afinal, os investidores têm pressa.
O otimismo repercutiu na B3, mas ao contrário do que ocorreu ontem, quando as ações da Petrobras (PETR4) deram fôlego ao Ibovespa, hoje a estatal pressionou o índice na ponta contrária.
Apesar do avanço do petróleo, pegou mal a declaração do presidente Jean Paul Prates de que a companhia pode absorver as oscilações dos preços da commodity no curto prazo.
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Com o varejo mais forte e a expectativa sobre o andamento do arcabouço fiscal, o câmbio e o mercado de juros tiveram um dia mais cauteloso.
O dólar à vista encerrou a sessão em leve queda de 0,17%, a R$ 4,9345. Já a curva de juros voltou a abrir, reagindo a uma eventual inflação mais persistente.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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BALANÇO ANIMADOR
Nubank empolga e BTG Pactual dobra estimativas de lucro para a fintech — mas ainda não é hora de comprar as ações. A melhora nas projeções está na percepção de que o banco digital mostrou um controle de custos muito superior ao esperado.
RECUPERAÇÃO
Fundos imobiliários alvos de calote saltam até 34% no mês e IFIX já se aproxima dos níveis de outubro. Boa parte do desempenho é apoiado pela performance dos FIIs de papel high yield, ou seja, com maiores remunerações e riscos.
CONTRADIÇÃO?
Tether comprará US$ 222 milhões em bitcoin (BTC) e gera preocupação no mercado de criptomoedas. As reservas do protocolo, na teoria, são todas em dólar; mas, na prática, os emissores utilizam o dinheiro para investimentos dentro de uma série de especificações.
VAI SAIR OU NÃO?
Governo separa R$ 15 bilhões para “limpar o nome” de quem deve aos bancos, mas o Desenrola segue enrolado; Haddad diz o que falta. Programa de renegociação de dívidas foi anunciado durante a campanha eleitoral.
AMÉRICA LATINA EM EBULIÇÃO
‘Morte Cruzada’ no Equador: entenda a crise envolvendo corrupção e narcotráfico que fez presidente dissolver o parlamento. O Conselho Eleitoral do país deve convocar eleições nos próximos sete dias, mas o chefe do estado pode governar sozinho por seis meses até a reposição dos parlamentares.
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
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Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
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O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
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A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
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