Dólar, o sorridente inveterado: Saiba se é hora de comprar a moeda dos Estados Unidos
Segundo o gestor Stephen Jen, o desempenho do dólar em função da economia dos Estados Unidos se parece muito mais com um sorriso. Entenda

Trabalhar no Market Makers é sinônimo de aprender coisas novas pelo menos uma vez por semana. É por isso que eu adoro estar aqui.
E como diz o nosso manifesto, acreditamos que o “conhecimento não vale nada se não for compartilhado”.
No episódio da semana passada, Carlos Woelz, líder de algumas das unidades do condomínio de fundos que é a Kapitalo, citou a teoria do sorriso do dólar, ou a smile dollar theory, quando explicava como ele está posicionado frente à bastante provável desaceleração econômica que o ocidente deve viver em breve.
Sorriso do dólar? Do que se trata essa teoria? Seria economia comportamental?
Teoria do sorriso do dólar
Nada disso. A teoria do sorriso foi criada por Stephen Jen, um gestor de recursos especialista em moedas e ex-diretor do Morgan Stanley, para explicar o comportamento único do dólar em função da economia de seu país.
Via de regra, as moedas se valorizam conforme as economias de seus países se fortalecem ou enfraquecem. Se colocássemos seu valor em um gráfico, teríamos uma curva ascendente ou descendente conforme o desempenho do país. Isso acontece com a maioria das moedas.
No caso do dólar é diferente. O desempenho dele em função da economia dos Estados Unidos se parece muito mais com um sorriso.
O papel do dólar
Isso acontece por um motivo simples. Quando a economia está enfraquecida, a aversão ao risco aumenta e os investidores correm para a segurança.
Pensando com a cabeça de um investidor global: quais são os ativos mais seguros do mundo? Títulos americanos. E o que é preciso para se comprá-los? Dólares.
Além disso, o dólar tem também um papel de reserva de valor internacional único no mundo, o que o fortalece ainda mais, inclusive em momentos de crise em outros países.
No caso de uma economia em crescimento, acontece o que acontece com as outras moedas: ela se fortalece, turbinada ainda pela expectativa de altas de juros para evitar sobreaquecimento.
A imagem abaixo, de um estudo feito com dados reais para comprovar a teoria, deixa tudo muito mais claro:
O estudo é do analista Daniel Dubrovsky. Além de usar números do PIB americano para testar a hipótese, ele também faz isso com dados de desemprego, vendas de veículos e outros indicadores da saúde econômica do país.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
O resultado é sempre um sorriso, às vezes mais para a direita, às vezes mais para a esquerda.
Como o gráfico mostra, a moeda norte-americana está em alta nas duas pontas da curva. Mas o que acontece no meio?
O centro da curva, ou o fundo do sorriso, acontece em momentos em que não há aversão ao risco, mas a economia dos Estados Unidos não está mais forte que o resto do mundo.
O dinheiro acaba migrando para outros ativos e outras moedas.
Em que ponto estamos?
E hoje? Em que ponto estamos dessa curva? A inflação dos Estados Unidos e os movimentos de aumentos dos juros do Fed indicam uma desaceleração da economia — ou até mesmo uma recessão — no futuro próximo, o que deve levar a uma apreciação do dólar.
Portanto, podemos estar próximos do lado esquerdo do sorriso. Isso quer dizer, portanto, que é hora de comprar dólares? Não necessariamente.
Lembre-se que todas as regras têm exceções, ainda mais no mundo das finanças, e que muitas coisas diferentes interferem no câmbio, ainda mais se você ganha e gasta em reais.
Abraços,
Renato Santiago
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento