Chegou carta para você: O Banco Central e a meta de inflação, proteção nos investimentos, Bolsonaro no Brasil e outras notícias do dia
Sempre que a meta da inflação é descumprida, o Banco Central precisa explicar por que não conseguiu cumprir a atribuição de manter os preços sob controle

Se você tem menos de 30 anos, é provável que não se lembre de algum dia ter recebido uma correspondência entregue pelos Correios que não fosse um boleto, uma oferta ou um cartão de crédito não requisitado. Carta-resposta do Papai Noel não vale.
O surgimento do e-mail e, mais tarde, dos aplicativos de mensagem mudou definitivamente a forma como nos comunicamos. Uma pena. Receber uma carta de uma pessoa querida era (é) como receber um carinho.
Embora em desuso, as cartas ainda existem. E quem recebeu uma esta semana foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na terça-feira, depois de confirmada oficialmente a expectativa de que a inflação de 2022 ficaria acima da meta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sentou no seu escaninho em Brasília e redigiu uma carta para o ministro.
Por força de lei, sempre que a meta da inflação é descumprida, o Banco Central precisa explicar por que não conseguiu cumprir a atribuição de manter os preços sob controle.
Pelo fato de não ser notícia boa, Haddad nem deve ter reparado que Campos Neto não escreveu a carta à mão.
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Como a correspondência foi entregue depois do fechamento da bolsa, o que os participantes do mercado financeiro devem repercutir hoje é o fato de a autoridade monetária ter admitido o risco de não conseguir trazer a inflação para dentro da meta também em 2023.
O temor de que a inflação extrapole a meta por três anos seguidos tem potencial de mexer com as projeções para a Selic. Afinal, a taxa básica de juro é o principal instrumento à disposição do BC para combater o dragão da inflação.
E, apesar do ambiente levemente positivo nas bolsas estrangeiras, os investidores locais monitoram novos protestos convocados para hoje pelos mesmos organizadores dos atos golpistas do último domingo em Brasília depois de Jair Bolsonaro ter compartilhado - e depois apagado - vídeo contestando o resultado das eleições presidenciais.
Para saber como tudo isso mexe com seus investimentos hoje, acompanhe a cobertura do Seu Dinheiro.
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O que você precisa saber hoje
ESPECIAIS SD
Onde investir em 2023: Perigo de recessão global exige boa dose de proteção – mas o dólar e o ouro não são a resposta. Em tempos de Selic de dois dígitos, a renda fixa supera a moeda americana como principal opção para proteger seu portfólio dos riscos de recessão.
DE MUDANÇA
Rota recalculada: Amazon planeja fechar escritórios no Reino Unido — o que impactará 1,2 mil empregos. Apesar da mudança, as vagas estão garantidas: os trabalhadores das unidades afetadas serão transferidos para novas funções em outros depósitos próximos.
MUDANÇA DE PLANOS
Vai voltar? Bolsonaro prepara retorno ao Brasil em meio à pressão por extradição dos EUA. Não é só o temor de ser forçado a sair do país que faz o ex-presidente brasileiro rever seu planejamento original. A questão do visto também pesa. Entenda os motivos.
TÁ LIBERADO!
Sem restrições: TCU dá aval para indicação de Mercadante ao BNDES. Decisão desfaz dúvidas de que o nome do petista, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo em dezembro, estaria em desacordo com a Lei das Estatais.
LOTERIAS
Como um bolão vencedor da Mega da Virada virou caso de polícia. Apostadores denunciam homem que chamou 44 pessoas para o bolão, levou prêmio de mais de R$ 108 milhões, mas apenas nove foram premiadas com a bolada milionária.
Uma boa quarta-feira para você!
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Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio