🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

O efeito assustador da alavancagem: Como avaliar o patrimônio de uma empresa endividada?

Quanto mais endividada uma empresa, maior é o risco do investimento — e o caso de Americanas mostra que, a companhia tiver mais dívida do que capacidade de gerar caixa, uma hora o negócio degringola

26 de janeiro de 2023
9:43
Miniatura de um homem encarando pilhas de moedas | bolsa dividendos
Imagem: Shutterstock

Se você é daqueles que aprecia um papo raiz sobre a técnica que envolve o processo de análise de ações, o último episódio do Market Makers foi um deleite.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois de ouvir ao episódio três vezes - e por ser um ouvinte frequente do MMs - eu posso cravar com algum grau de certeza que o conteúdo transmitido no episódio #28 poderia ser desmembrado em algumas aulas de finanças.

Você poderia argumentar que essa minha análise carrega um certo tipo de viés, afinal eu sou fundador e analista de ações do MMakers. Sim, é verdade, mas peço um voto de confiança.

Já escutei diversos episódios - desde a outra encarnação - e esse entrou na lista daqueles que eu sempre vou ouvir quando tiver que reforçar os conceitos mais importantes da minha profissão como analista de ações.

A alavancagem de uma empresa

Dentre as diversas pílulas de conhecimento, uma delas me fez refletir bastante e é justamente essa que eu gostaria de trazer na CompoundLetter de hoje: o efeito da alavancagem em uma avaliação de empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Meu objetivo hoje é explicar o conceito prático por trás de uma das frases que o Camilo Marcantonio, fundador da Charles River, trouxe e que é fundamental nos dias de hoje tendo em vista o patamar de 13,75% que a taxa Selic se encontra. Vamos a ela:

Leia Também

"Quanto mais alavancada uma empresa, mais difícil de avaliar o equity [patrimônio] dela. Se eu errar 10% do EV [sigla para Enterprise Value ou Valor da Firma] de uma empresa que não está alavancada [sem dívida no balanço], vou errar 10% do equity. Se a empresa estiver 5 vezes alavancada, vou errar em 50% o valor do equity. Quanto mais alavancada a empresa maior o risco de errar o equity."

O caso Americanas e a falência

Eu vou explicar o conceito acima, mas intuitivamente os 7 leitores dessa newsletter já devem saber que quanto mais endividada uma empresa, maior é o risco do investimento. Inclusive, o caso de Americanas tá aí pra corroborar essa tese: se a empresa tiver mais dívida do que capacidade de gerar caixa, uma hora o negócio degringola.

Como disse Ernest Hemingway, existem duas formas de ir à falência: gradualmente, e então de repente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Antes de falar da relação entre dívida, patrimônio e valor da empresa, é preciso entender as motivações de uma empresa quando busca levantar dinheiro junto aos acionistas e credores.

Isto é, para criar valor para o acionista, uma empresa deve ser capaz de encontrar projetos que consigam gerar retornos que excedam o custo do financiamento (ou custo de capital).

Da mesma forma que o investidor precisa considerar cuidadosamente a relação entre risco e retorno antes de tomar uma decisão.

Fluxo de caixa e financiamento de uma empresa

É justamente essa relação entre a capacidade da empresa de crescer a sua base de ativos e a forma como ela faz a gestão do dinheiro captado que um balanço patrimonial busca refletir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ativos (à esquerda do balanço) são os recursos que a empresa emprega para gerar fluxos de caixa, enquanto que o passivo e o patrimônio líquido (ambos à direita) mostram como a empresa financia esses recursos.

Dívida e patrimônio líquido são as formas mais populares de financiamento. A dívida é uma obrigação contratual entre uma empresa e seus credores, na qual a empresa se compromete a fazer pagamentos pontuais de juros e devolver o principal no final do período especificado.

E o patrimônio é um contrato entre a empresa e seus acionistas, que investem vislumbrando receber parte do crescimento do patrimônio lá na frente - que só acontece após a empresa pagar todas as outras partes interessadas, incluindo fornecedores (contas a pagar), governo (impostos) e funcionários (salários).

Entretanto, financiar somente com patrimônio é caro. Como o acionista é o último a receber o dinheiro, ele exige um retorno maior pelo risco que está correndo. Por um outro lado, se a empresa se financiar majoritariamente por dívida existe o risco comentado pelo Camilo e que torna a empresa muito mais vulnerável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O valor de uma empresa alavancada

Imagina uma empresa que o valor da companhia como um todo (enterprise value, que é igual ao valor do patrimônio somado à dívida líquida) é de R$ 1 milhão sendo R$ 800 mil de dívida e R$ 200 mil de patrimônio.

Neste exemplo hipotético, a empresa alavancou o seu patrimônio em 5 vezes (1000/200), tal como no exemplo do Camilo. Supondo que o EV da companhia seja 10% menor, ou seja de R$ 900 mil, e que a dívida líquida permaneça em R$ 800, o patrimônio deveria valer R$ 100 mil ou 50% a menos do que valia antes.

Diante de problemas para transformar sua dívida em patrimônio, a empresa certamente encontrará dificuldades para honrar seus compromissos financeiros e, provavelmente, necessitará de uma injeção de capital por parte dos sócios.

Esse exemplo mostra o quão desafiador é avaliar o valor do patrimônio de uma empresa alavancada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa foi apenas uma das mini aulas que o episódio proporcionou. Quer ouvir todas as outras? Clique aqui.

Abraço,
Matheus Soares

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)

15 de setembro de 2025 - 20:00

Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade

VISÃO 360

O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets

14 de setembro de 2025 - 8:00

A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis

SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar