🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

A tartaruga e os quatro elefantes: Entenda se é hora de comprar ações com a possibilidade de queda dos juros

Nenhuma outra força é tão importante quanto os juros. Além de afetar a economia, as taxas afetam diretamente o preço dos ativos

28 de março de 2023
10:17 - atualizado às 9:56
Desenho de percentual representando taxa de juros; bolsas reagem aos juros ibovespa também
Imagem: Shutterstock

Em um conjunto de dimensões distantes e de segunda mão, em um plano astral que nunca foi feito para voar, as névoas estelares ondulantes oscilam e se separam...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A tartaruga, cujo nome é Grande A'Tuin, vem nadando lentamente pelo abismo interestelar, com gelo de hidrogênio em seu enorme e antigo casco marcado com crateras de meteoros. Através de olhos do tamanho do mar, incrustados de remela e poeira de asteroides, ela olha fixamente para o Destino.

Num cérebro maior que uma cidade, com lentidão geológica, ela pensa apenas no peso.

A maior parte do peso é, obviamente, explicada por Berilia, Tubul, Grande T'Phon e Jerakeen, os quatro elefantes gigantes sobre cujos ombros largos e bronzeados repousa o Mundo.

Trecho retirado do livro The Colour of Magic, de Terry Pratchett

Turtle Theory ou Teoria da Tartaruga tornou-se popularmente conhecida pelo escritor britânico de ficção científica Terry Pratchett em Discworld, sua série de 41 romances. De acordo com a teoria, o mundo é suportado por quatro elefantes gigantes que, por sua vez, ficam em cima de uma enorme tartaruga, chamada Grande A’Tuin, que nada lentamente pelo espaço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É difícil e maluco imaginar uma tartaruga sustentando quatro elefantes no meio do universo, mas para facilitar a imaginação de todos, seria mais ou menos isso daqui:

Leia Também

A imagem dos quatro elefantes que sustentam o mundo é uma metáfora para explicar como o universo é mantido em equilíbrio a partir de uma série de forças que se conectam entre si. A tartaruga que sustenta os quatro elefantes é, portanto, a força que sustenta a estabilidade do mundo.

As taxas de juros e o mercado financeiro

Trazendo essa metáfora para o mercado financeiro, nenhuma outra força é tão importante quanto as taxas de juros. Além de afetar a economia em si, as taxas de juros têm múltiplas consequências sobre o preço dos ativos.

Quando as taxas de juros sobem, todos os preços dos ativos devem cair. É quase uma lei da natureza.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O primeiro efeito do juro se traduz em um aumento na despesa financeira das empresas. A empresa tem lá uma dívida atrelada ao CDI; quando os juros sobem, ela passa a pagar mais para o banco e sobra menos dinheiro para o acionista ou para investir em crescimento. O lucro cai.

O aumento do juro também implica menor consumo por parte das famílias naquela economia. As famílias compram menos. As empresas têm suas receitas caindo. O lucro também cai em função da menor demanda, somando-se ao impacto negativo gerado pela redução de despesa financeira.

Quanto menor o lucro, menor a predisposição do investidor em pagar ‘caro’ pela empresa. Simples, certo? O investidor paga mais caro por empresas que crescem lucro.

A coisa vai ficando ainda pior quando o lucro menor das empresas e o juro alto retiram a atratividade do investimento em ações. O momento ruim causa uma maciça migração da renda variável para a renda fixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse tem sido o Brasil dos últimos 2 anos.

O Brasil dos juros

Com o juro básico indo a 13,75%, voltamos ao paraíso do CDI. Se você pode ganhar mais de 1% ao mês sem sair do seu sofá, sem risco de crédito e com liquidez diária, esse parece mesmo ser o caminho natural.

Pessoa física vende Bolsa todo dia e com isso cria-se um ciclo vicioso em que os gestores de fundo precisam se preocupar mais em honrar resgates do que propriamente selecionar as novas ações para comprar.

O cotista pede o resgate, o gestor é obrigado a vender; essa pressão vendedora empurra as ações ainda mais pra baixo; o cotista se aborrece e pede um novo saque. Um loop ruim e difícil de ser quebrado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale a pena comprar ações?

Você pode estar concluindo que o momento é péssimo para comprar ações, certo? Não, errado.

Se a elevação do juro é péssima para ativos de risco, o contrário é verdadeiro: a queda do juro é ótima para ativos de risco.

Depois de ter subido de 2% para 13,75%, o consenso ta voltando a acreditar na queda do juro brasileiro. Difícil cravar o momento exato em que isso vai acontecer. Nem quero passar essa vergonha, na verdade. Mas é difícil imaginar um juro desse por muito mais tempo do que já está com tanta empresa já sofrendo as consequências disso.

Sem falar da inadimplência da pessoa física. Devemos chegar ao final do ano com 72 milhões de pessoas negativadas, o equivalente a 40% da população ativa. É muita coisa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Não dê dinheiro à Receita Federal à toa: você pode estar deixando de receber uma boa restituição do Imposto de Renda por algum equívoco na hora da declaração. Clique aqui e baixe GRATUITAMENTE um guia completo para não errar em nada na hora de acertar as contas com o Leão.

A tartaruga e a bolsa brasileira

Diante desse cenário, me parece que a tartaruga gigante que nada pelo mercado financeiro terá que mudar sua trajetória.

Se o juro recuar, vai ficar mais difícil sustentar múltiplos de preço tão descontados como os atuais.

Nesse gráfico da Brasil Capital, é possível observar como o múltiplo Preço/Lucro do Ibovespa se encontra em patamares bem abaixo da média histórica, mesmo fatiando o índice entre empresas de commodities e empresas locais.

Me parece que o atual patamar de preços aliado a possibilidade de queda de juro, torna o momento atual assimétrico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso não significa que a bolsa vai subir de forma rápida e relevante. A não ser que o governo enderece nosso problema secular, que é a trajetória da dívida - o que não me parece o caso.

Mas na minha opinião, o investidor corajoso que está comprando ações hoje, após um árduo período colhendo prejuízo, me parece ter mais probabilidade de ganhar do que de perder.

Posso estar completamente errado, mas é justamente isso o que tenho feito na minha carteira pessoal:

A hora que a tartaruga mudar de direção, eu já estarei posicionado para me beneficiar dela.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um abraço,
Matheus Soares

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)

15 de setembro de 2025 - 20:00

Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade

VISÃO 360

O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets

14 de setembro de 2025 - 8:00

A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis

SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar