A promessa de Tebet, nova crise no Credit Suisse e a ameça nuclear de Putin; confira os destaques do dia

Em um dia de calmaria em Brasília, o mercado financeiro, enfim, parece ter recebido notícias dignas de serem celebradas.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, nome bem visto pelos investidores, trouxe uma confiança maior aos planos da nova âncora fiscal que deve ser apresentada pelo chefe da Fazenda, Fernando Haddad, nas próximas semanas.
Tebet, que costuma deixar bem claro as suas divergências com membros do governo, fez questão de afirmar que o texto agradará tanto a classe política quanto a Faria Lima.
Uma nova regra fiscal bem estruturada é a aposta do mercado para que o Banco Central volte a cortar a taxa Selic — e a fala de Tebet foi providencial para que a curva de juros brasileira tivesse mais um dia de forte alívio.
Mas o humor dos investidores locais com as novidades vindas de Brasília não foram o suficiente para impedir que a cautela em Wall Street passasse em branco.
Apesar de ter ensaiado uma recuperação no meio da tarde, o Ibovespa acabou acompanhando a piora vista em Nova York, encerrando o dia em queda de 1,38%, aos 105.071 pontos — perto das mínimas da sessão. O dólar à vista, no entanto, tentou refletir o alívio na curva de juros, mas subiu 0,02%, a R$ 5,1413.
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O dia para os ativos de risco foi, sem dúvida, negativo, mas as ações da Hapvida (HAPV3) passaram por mais um pregão de pulverização. Isso porque a companhia admitiu estudar um possível aumento de capital — dias após ter decepcionado com o seu balanço do quarto trimestre.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
CONTRARIANDO AS EXPECTATIVAS
MRV (MRVE3) tem prejuízo líquido e ‘trimestre para esquecer’, mas ações sobem forte; veja por quê. A construtora saiu de lucro de R$ 300,1 milhões no quatro trimestre de 2021 para perda de R$ 333,4 milhões nos últimos três meses do ano passado.
A VOLTA DO TEMOR
A crise continua? Ação do Credit Suisse desaba após banco atrasar divulgação de balanço de 2022. O resultado estava programado para esta quinta-feira, mas foi adiado após um pedido de esclarecimento da SEC sobre os relatórios financeiros de 2019 e 2020.
REPIQUE
Méliuz (CASH3) sobe com avanço no negócio com banco BV. É hora de comprar? Parceria possibilita que a empresa comece a ofertar produtos e serviços financeiros no modelo asset light.
VAI BRASIL!
Real digital poderia ‘matar’ os bancos, mas projeto conta com mecanismo que fortalece instituições e impede crise. Como a fase agora é de testes de estresse de rede e uso, é difícil saber se o Banco Central manterá o modelo ou tentará outra solução.
JOGANDO OS DADOS
Alerta nuclear: revanche de Putin atinge último elo de energia na Ucrânia e coloca o mundo em risco de novo. Os ataques marcam a maior ofensiva com mísseis russos desde o final de janeiro, e coloca a usina nuclear de Zaporizhzhia de volta ao centro da guerra.
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