A promessa de Tebet, nova crise no Credit Suisse e a ameça nuclear de Putin; confira os destaques do dia

Em um dia de calmaria em Brasília, o mercado financeiro, enfim, parece ter recebido notícias dignas de serem celebradas.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, nome bem visto pelos investidores, trouxe uma confiança maior aos planos da nova âncora fiscal que deve ser apresentada pelo chefe da Fazenda, Fernando Haddad, nas próximas semanas.
Tebet, que costuma deixar bem claro as suas divergências com membros do governo, fez questão de afirmar que o texto agradará tanto a classe política quanto a Faria Lima.
Uma nova regra fiscal bem estruturada é a aposta do mercado para que o Banco Central volte a cortar a taxa Selic — e a fala de Tebet foi providencial para que a curva de juros brasileira tivesse mais um dia de forte alívio.
Mas o humor dos investidores locais com as novidades vindas de Brasília não foram o suficiente para impedir que a cautela em Wall Street passasse em branco.
Apesar de ter ensaiado uma recuperação no meio da tarde, o Ibovespa acabou acompanhando a piora vista em Nova York, encerrando o dia em queda de 1,38%, aos 105.071 pontos — perto das mínimas da sessão. O dólar à vista, no entanto, tentou refletir o alívio na curva de juros, mas subiu 0,02%, a R$ 5,1413.
Leia Também
17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
O dia para os ativos de risco foi, sem dúvida, negativo, mas as ações da Hapvida (HAPV3) passaram por mais um pregão de pulverização. Isso porque a companhia admitiu estudar um possível aumento de capital — dias após ter decepcionado com o seu balanço do quarto trimestre.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
CONTRARIANDO AS EXPECTATIVAS
MRV (MRVE3) tem prejuízo líquido e ‘trimestre para esquecer’, mas ações sobem forte; veja por quê. A construtora saiu de lucro de R$ 300,1 milhões no quatro trimestre de 2021 para perda de R$ 333,4 milhões nos últimos três meses do ano passado.
A VOLTA DO TEMOR
A crise continua? Ação do Credit Suisse desaba após banco atrasar divulgação de balanço de 2022. O resultado estava programado para esta quinta-feira, mas foi adiado após um pedido de esclarecimento da SEC sobre os relatórios financeiros de 2019 e 2020.
REPIQUE
Méliuz (CASH3) sobe com avanço no negócio com banco BV. É hora de comprar? Parceria possibilita que a empresa comece a ofertar produtos e serviços financeiros no modelo asset light.
VAI BRASIL!
Real digital poderia ‘matar’ os bancos, mas projeto conta com mecanismo que fortalece instituições e impede crise. Como a fase agora é de testes de estresse de rede e uso, é difícil saber se o Banco Central manterá o modelo ou tentará outra solução.
JOGANDO OS DADOS
Alerta nuclear: revanche de Putin atinge último elo de energia na Ucrânia e coloca o mundo em risco de novo. Os ataques marcam a maior ofensiva com mísseis russos desde o final de janeiro, e coloca a usina nuclear de Zaporizhzhia de volta ao centro da guerra.
Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua
Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China
Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje
Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria
A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos
Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso
Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje
Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira
O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF
Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente
Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico
Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado
A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout
O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?
Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade
As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana