A morte de Rita Lee, o salto do Magazine Luiza (MGLU3) e quando a Selic começará a cair; confira os destaques do dia

Na sessão desta terça-feira (09), uma situação inusitada chamou a atenção dos investidores.
Enquanto a curva de juros mostrava mais um dia de forte avanço — ainda repercutindo a possível chegada de Gabriel Galípolo à diretoria do Banco Central —, as empresas de varejo e consumo ignoraram a alta dos DIs e tiveram um dia de gala na B3.
O movimento pode ter saltado aos olhos dos mais atentos por não ser exatamente assim que o mercado acionário costuma reagir. Afinal, juro alto é quase sinônimo de crédito mais apertado e queda no consumo — principalmente em um momento de recuperação econômica como o que vivemos.
Mas não foi essa a narrativa hoje na B3. Enquanto os juros futuros seguiram subindo, temendo que o braço direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressione por mudanças na meta de inflação ou até mesmo por queda na Selic, empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Natura (NTCO3) brilharam.
Enquanto a empresa de cosméticos colhia os frutos de um balanço trimestral que agradou os investidores — depois de diversos trimestres de problemas —, o restante do grupo ficou com os olhos grudados em outro elemento: as expectativas de inflação.
As últimas leituras oficiais e parciais vêm mostrando ao mercado que a alta dos preços parece, enfim, no caminho certo para a normalização. Hoje, até mesmo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, flertou com um spoiler do que está por vir — e todos gostaram de ouvir que a surpresa pode ser positiva.
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O setor de consumo deixou de lado a imagem de ovelha negra que vem carregando ao longo de 2023 e deu um show no pregão de hoje, ajudando o Ibovespa a encerrar em alta de 1,01%, aos 107.113 pontos, longe do desempenho negativo de Nova York.
Para um analista ouvido pelo Seu Dinheiro, o estresse nos DIs é pontual e não estaria ocorrendo se não houvesse desconfiança do mercado sobre qual tipo de pressão o segundo no comando do Ministério da Fazendo fará na mesa do Copom — e logo poderão ser ignorados.
A inclinação da curva de juros teve efeito limitado no câmbio, com o dólar à vista recuando 0,48%, a R$ 4,9875.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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RESULTADOS 1T23
Natura (NTCO3) tem prejuízo de R$ 652 milhões no 1T23, mas ações sobem 15% na B3. Para analistas, resultado reflete esforço da empresa em melhorar sua estrutura, enquanto Avon e The Body Shop ainda preocupam.
RECUPERANDO OS PROVENTOS
Fundo imobiliário alvo de calote dispara 9% na B3 após anunciar alta nos dividendos. A gestora do FII divulgou um informe sobre proventos que mostra uma distribuição de R$ 0,85 por cota na próxima semana.
RANKING DA FORBES
De volta ao topo? Luiza Trajano volta a ser bilionária após alta de ações do Magazine Luiza (MGLU3) na B3. Com o avanço dos papéis da varejista na bolsa, a fortuna da empresária está estimada em US$ 1,1 bilhão.
ANÁLISE
O que ainda falta para a Selic começar a cair? A resposta passa por uma palavra na ata do Copom. Dois dos três fatores que mais preocupavam o Banco Central no início do ano estão aparentemente sob controle. Mas um deles segue no radar do comitê.
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A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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