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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Eclipsou a concorrência

Marfrig (MRFG3) sobe forte e lidera ganhos do Ibovespa com recomendação de compra do Bank of America (BofA)

Banco acredita que preço da ação não reflete venda de ativos para a Minerva e nem e é mais baixo que a soma das partes da empresa

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
22 de novembro de 2023
14:52 - atualizado às 18:15
Marfrig (MRFG3)
Marfrig (MRFG3) - Imagem: Divulgação

A Marfrig (MRFG3) brilha na bolsa nesta quarta-feira (22) após o Bank of America (BofA) elevar a recomendação da ação do frigorífico de neutro para compra, colocando-a como preferida do setor.

O preço-alvo do ativo também foi elevado, de R$ 8,50 para R$ 13, o que representa um potencial de alta de 54% em relação ao fechamento de ontem.

O banco americano vê uma melhor relação de risco-retorno para as ações da companhia neste momento e, em paralelo, baixou o preço-alvo de Minerva (BEEF3), mantendo a recomendação neutra, além de reiterar a recomendação underperform (equivalente a venda) para BRF (BRFS3).

Na opinião do BofA, a Marfrig vem sendo avaliada, na bolsa, a um valor inferior ao da soma das suas partes (como sua fatia na BRF), além de o preço de tela também não refletir a venda de ativos feita recentemente para a concorrente Minerva.

Como o resultado, os papéis MRFG3 avançavam 7,12% por volta das 14h40 e lideravam as maiores altas do Ibovespa. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.

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Por que o BofA gosta de Marfrig (MRFG3)

Em relatório assinado pela analista Isabella Simonato, o BofA considera que a relação risco-retorno das ações da Marfrig se tornou mais favorável, na medida em que os papéis vêm apresentando uma performance inferior aos da BRF em 26% nos últimos três meses.

"Além do mais, na nossa visão, as ações não refletem a venda de cerca de 40% das operações de carne bovina da Marfrig na América do Sul para a Minerva, que deve destravar valor significativo", diz Simonato no relatório.

Na visão da analista, tal venda é chave para o frigorífico baixar seu endividamento da relação atual de 5,3 vezes dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 4,3 vezes até o quarto trimestre de 2024.

A Marfrig detém hoje uma fatia de 47,3% da BRF. Assim, diz Simonato, assumindo-se 1) uma relação EV/Ebitda (valor da firma sobre Ebitda) de 5 vezes para o negócio de carne bovina da Marfrig (em linha com o valor histórico) e 2) um Ebitda projetado de R$ 4,1 bilhões a R$ 4,2 bilhões após a venda da divisão para a Minerva, o valor da Marfrig, sem a BRF, deveria ser de R$ 1,5 bilhão.

Isso significa, na opinião do BofA, que a ação reflete hoje um valor, para a empresa, 37% menor do que deveria, contra um desconto médio de apenas 8% desde maio de 2022. Em outras palavras, a Marfrig está valendo menos na bolsa do que a soma das suas partes, nos cálculos do banco americano.

"Na nossa visão, o desconto parece elevado e pode se reduzir, na medida em que 1) acreditamos que a Marfrig pode estar mais perto de alcançar sua fatia final na BRF, dada a sua posição de alavancagem, reduzindo, assim, a incerteza quanto à alocação de capital; 2) a venda de ativos da Marfrig e seu fluxo de caixa recorrente devem ajudar a desalavancar a companhia e destravar valor; e 3) Marfrig tem sido mais ativa em fazer recompras de ações, com um novo programa anunciado hoje", justifica o relatório.

Minerva e BRF: outros frigoríficos não se destacam

A visão do BofA para as outras empresas do setor já não é tão positiva. O banco reiterou a recomendação neutra para Minerva, apesar da performance 50% inferior a seus pares desde agosto, em razão dos riscos associados ao negócio com a Marfrig.

O preço-alvo de BEEF3 foi cortado de R$ 12 para R$ 9,30, o que ainda marca, porém, uma expectativa de alta de quase 34% em relação ao fechamento de ontem.

Para a analista Isabella Simonato, os motivos são a aquisição das plantas da Marfrig e o custo de capital mais alto. O BofA acredita que o negócio saiu caro para a Minerva e não consegue ver claras sinergias comerciais, apesar da maior escala. Além disso, a aquisição possivelmente manterá o endividamento da companhia elevado, acima de 3 vezes a relação dívida líquida/Ebitda até 2025.

Quanto à BRF, o banco não vê potencial de alta para as ações, apesar da expectativa de melhora nos lucros. Além disso, há riscos relacionados aos preços internacionais do frango e dos custos de alimentação em 2024.

O preço-alvo dos papéis BRFS3 até foi ligeiramente elevado, de R$ 11 para R$ 11,60, para incorporar os resultados do terceiro trimestre, mas a recomendação foi mantida em underperform (equivalente a venda).

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