As ações de um banco e de uma administradora de shoppings são as favoritas para começar o ano lucrando na bolsa; confira as recomendações das corretoras
Quando os tempos ficam nebulosos para a renda variável, os analistas se voltam para ações de setores tradicionais e solidez comprovada, como as escolhidas deste mês

Entra ano, sai ano e uma coisa não muda: quando os tempos ficam nebulosos para a renda variável, os analistas se voltam para ações de setores tradicionais e solidez comprovada. E, no início de 2023, quem deve cumprir a função de protetor da carteira é o Itaú Unibanco (ITUB4).
As ações do maior banco privado estão entre os papéis preferidos de cinco carteiras recomendadas entre as 11 corretoras que compartilharam suas seleções para janeiro com o Seu Dinheiro.
Uma das explicações para a preferência é a boa gestão e resiliência da instituição financeira. Os dois fatores são mais que bem-vindos em um momento no qual o início de um novo governo federal envia uma série de ruídos para o mercado.
E, ao menos por enquanto, a maioria das mensagens da nova administração indicam que os temores do mercado com o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não eram assim tão infundados, especialmente no que diz respeito à política econômica.
Com isso, fortalece-se o medo que as medidas tomadas por Lula e seus ministros possam provocar a alta da inflação e manter os juros em patamares elevados por mais tempo — ou até mesmo desencadear um novo aperto.
Será que o setor bancário pode ser o escudo da carteira contra os ruídos macroeconômicos? A resposta parece ser sim, já que a manutenção dos juros altos segura os spreads bancários — a diferença entre os juros que o banco paga e o que ele cobra — em níveis recordes.
Leia Também
E, nessa hora, a qualidade do crédito e o histórico de boa performance do Itaú saltam aos olhos dos investidores e dos analistas.
Outro destaque do mês é a Multiplan (MULT3). Apoiadas na recuperação do setor e na perspectiva de que os programas de transferência de renda defendidos pelo presidente petista possam aquecer o consumo, as ações da administradora de shoppings centers receberam três indicações em janeiro.
Confira abaixo todas as ações apontadas pelas 11 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Itaú Unibanco (ITUB4) — o escudo e a espada do mercado acionário?
A alta da Selic permite o aumento das taxas cobradas pelas operações bancárias. Mas, por outro lado, o incremento dos juros também faz crescer o risco de calote de clientes em empréstimos e outras operações.
Mas, na visão dos analistas, o Itaú está preparado para lidar com os dois lados dessa moeda. A triagem de crédito mais conservadora já foi iniciada no 2º semestre de 2022 e permitirá que o banco mantenha suas taxas de inadimplência sob controle.
Os analistas do PagBank, uma das casas a recomendar as ações ITUB4 em janeiro, destacam que a instituição financeira foi uma das menos afetadas pela inadimplência e apresentou um forte crescimento da carteira de crédito, que finalizou o terceiro trimestre em R$ 1,1 trilhão.
Já o lucro líquido gerencial da instituição veio dentro do esperado pelos analistas, em R$ 8,079 bilhões. A cifra representa um aumento de 19,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 5,2% na comparação com o segundo trimestre.
A manutenção dos patamares saudáveis dos indicadores também deve ajudar a aliviar a pressão por maiores provisões. Com isso, o Itaú “deve seguir como uma das instituições financeiras com maior rentabilidade (ROE) do setor”, ainda segundo o PagBank, e é um dos ativos mais defensivos do portfólio do banco.
Multiplan (MULT3) — portfólio resiliente
O outro cavaleiro de armadura dourada dos analistas vem dos shoppings, um setor que tem tudo para se beneficiar com os estímulos ao consumo promovidos pelo novo governo.
E a escolhida é uma ação que, segundo o Santander, é a de maior experiência e menor risco desse mercado: a Multiplan (MULT3).
Os analistas do banco incluíram os papéis MULT3 entre os favoritos para este mês pois têm uma visão positiva em relação à transformação digital da empresa. Segundo eles, o processo consiste em três frentes:
- O aplicativo MULTI, que permite a comunicação direta com consumidores finais e oferece conveniências como o e-shopping;
- O programa de fidelidade MultiVC, que deve estimular a recorrência, retenção e geração de dados;
- MINDFul, uma iniciativa para otimizar decisões comerciais e de marketing, além de alavancar as vendas dos lojistas.
Por falar em vendas, esse é um indicador que demonstra a solidez da Multiplan. Segundo a prévia operacional divulgada ontem, as vendas totais de 2022 atingiram R$ 20 bilhões, um novo recorde da companhia e alta de 22,8% na comparação com 2019, no período pré-pandemia.
Além disso, todos os shoppings do portfólio da empresa apresentaram crescimento de dois dígitos na comparação com 2021. A performance é mais um atestado da resiliência dos ativos da Multiplan.
Repercussão — fechando com chave de ouro, prata ou bronze?
O último mês de 2022 trouxe mais quedas do que avanços para as ações favoritas das carteiras recomendadas das corretoras.
A Vale (VALE3), campeã do mês passado, foi uma das exceções e garantiu ganhos de mais de 3% para quem colocou os papéis da mineradora na carteira.
Já na ponta negativa, o destaque foram as ações da Eletrobras (ELET6) — a ex-estatal anotou um recuo de 11,6%. Veja a lista completa:
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora
BARI11 se despede dos cotistas ao anunciar alienação de todos os ativos — mas não é o único FII em vias de ser liquidado
O processo de liquidação do BARI11 faz parte da estratégia da gestora Patria Investimentos, que busca consolidar os FIIs presentes na carteira
GGRC11 quer voltar a encher o carrinho: FII negocia aquisição de ativos do Bluemacaw Logística, e cotas reagem
A operação está avaliada em R$ 125 milhões, e o pagamento será quitado por meio de compensação de créditos
Onde investir em setembro: Cosan (CSAN3), Petrobras (PETR4) e mais opções em ações, dividendos, FIIs e criptomoedas
Em novo episódio da série, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos mercados interno e externo na esteira das máximas do mês passado
Abre-te, sésamo! Mercado deve ver retorno de IPOs nos EUA com tarifas de Trump colocadas para escanteio
Esse movimento acontece quando o mercado de ações norte-americano oscila perto de máximas históricas, apoiando novas emissões e desafiando os ventos políticos e econômicos contrários
Quando nem o Oráculo acerta: Warren Buffett admite frustração com a separação da Kraft Heinz e ações desabam 6% em Nova York
A divisão da Kraft Heinz marca o fim de uma fusão bilionária que não deu certo — e até Warren Buffett admite que o negócio ficou indigesto para os acionistas
Ibovespa cai com julgamento de Bolsonaro e PIB; Banco do Brasil (BBAS3) sofre e dólar avança
O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,67%, aos 140.335,16 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou as negociações a R$ 5,4748, com alta de 0,64%
Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP em setembro; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) distribuem dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas em setembro
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas