🔴 HERANÇA EM VIDA? NOVO EPISÓDIO DE A DINHEIRISTA! VEJA AQUI

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
ELEIÇÕES 2026

Quem será o “anti-Lula”? Os 5 nomes que devem liderar a oposição ao governo do presidente eleito

Olhando para o lado que foi derrotado, quem pode se tornar uma possível alternativa a Lula e ao PT daqui a quatro anos? Confira os nomes que saíram fortalecidos das urnas neste domingo

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
1 de novembro de 2022
6:03 - atualizado às 19:10
Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Shutterstock

De Guilherme Boulos a Fernando Henrique Cardoso, a campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República construiu um amplo arco de alianças da esquerda à centro-direita.

Isso significa que vários dos nomes que declararam apoio — seja por afinidade com o petista ou rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — devem permitir uma "lua de mel" ao governo que toma posse no dia 1º de janeiro.

Alguns dos políticos de fora do PT inclusive são cotados a fazer parte do novo governo. São os casos, por exemplo, da senadora Simone Tebet e da ex-ministra e deputada eleita Marina Silva.

  • LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui 

Lula não terá vida fácil

Mas é claro que Lula não terá vida fácil depois que se sentar novamente na cadeira de presidente. Primeiro, porque a composição do novo Congresso fortaleceu a base de Jair Bolsonaro. E a futura oposição promete ser tão implacável como foi o próprio PT no passado.

Olhando para o lado que foi derrotado, quem pode se tornar uma possível alternativa a Lula e ao PT daqui a quatro anos? É claro que ainda é muito cedo para fazer qualquer prognóstico, mas os nomes que saíram fortalecidos das urnas sempre surgem como potenciais presidenciáveis no futuro.

Saiba a seguir quem são os cinco nomes que devem liderar a oposição ao novo governo e que podem se tornar o "anti-Lula" nas próximas eleições presidenciais:

1 - Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente a não conseguir a reeleição na história da nossa República, e já indicou que vai relutar o quanto puder para entregar a faixa presidencial a Lula.

Seja como for, a derrota nas eleições deste domingo não significa nem de longe o fim da linha para o atual presidente. Com um capital político de 58 milhões de votos, Bolsonaro segue como um nome forte e talvez seja único político, fora o próprio Lula, a conseguir mobilizar a população.

A propósito, Bolsonaro terá 71 anos em 2026 e, portanto, estará em plenas condições de disputar uma nova eleição presidencial se estiver bem de saúde.

Mas caso queira voltar ao poder, o primeiro desafio do presidente será manter os apoiadores unidos, a começar pela grande base que elegeu no Congresso.

Resta saber também o futuro do presidente após perder o foro privilegiado. Há quem aposte que ele terá problemas com a Justiça. Mas o exemplo recente de Lula mostra que nem mesmo uma eventual prisão de Bolsonaro deve representar o fim do bolsonarismo.

2 - Romeu Zema

Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) surge como uma das principais lideranças da direita após as eleições. Após o primeiro turno, ele fez campanha por Bolsonaro e por pouco não conseguiu virar o placar da votação no Estado.

Dependendo de como se sair no segundo mandato e da rejeição à futura gestão Lula, o governador pode alçar voos maiores. Mas Zema conta com pelo menos dois obstáculos nessa trajetória.

O primeiro é o Partido Novo, que encolheu em relação às eleições anteriores. Sem uma base partidária forte, dificilmente Zema conseguirá uma plataforma nacional para viabilizar uma eventual candidatura.

O segundo problema para Zema nos próximos quatro anos é se manter como uma figura de oposição sem prejudicar a gestão à frente do governo de Minas Gerais. Afinal, uma boa relação com o governo federal costuma ser fundamental para que os recursos continuem a fluir para o Estado.

3 - Sergio Moro

Uma das imagens mais surpreendentes do segundo turno das eleições presidenciais foi a de Sergio Moro ao lado de Jair Bolsonaro nos debates contra Lula.

Como se sabe, o ex-juiz foi para o governo com status de superministro, mas deixou o cargo atirando, ao acusar o presidente de interferência na Polícia Federal.

  • LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui 

Moro assumiu de vez a carreira política ao vencer a disputa pelo Senado no Paraná. Para isso, voltou a colar no bolsonarismo e apostou na rejeição ao PT.

Agora como senador, Moro surge como um dos "herdeiros" do presidente e um antagonista natural de Lula. Ou seja, dependendo de como se sair no mandato, tem condições de se colocar como uma alternativa na direita. Nesse sentido, ele inclusive já marcou posição:

Assim como Zema, porém, o ex-juiz deve esbarrar em pelo menos dois problemas. Ele precisará resolver a relação conturbada com o União Brasil, partido para o qual migrou na véspera da eleição e que lhe custou a chapa na disputa para a Presidência neste ano.

Moro também deve ter dificuldades em se apresentar como sucessor do atual presidente. A menos que o receba as bênçãos do próprio Bolsonaro, o que é no mínimo improvável.

4 - Tarcísio de Freitas

O governador eleito de São Paulo sempre surge como um candidato natural à Presidência da República, e não seria diferente com Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O ex-ministro de Jair Bolsonaro construiu uma carreira improvável na política. Depois de atuar como técnico no governo de Dilma Rousseff, assumiu o comando da infraestrutura e venceu as primeiras eleições que disputou graças ao apoio do presidente.

Agora como governador, Tarcísio terá primeiro de mostrar serviço e mostrar que tem vida política própria sem o padrinho. Mesmo assim, dificilmente terá espaço no plano federal se Bolsonaro se mantiver ativo na disputa.

5 - Eduardo Leite

A reeleição de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul foi praticamente o que restou ao PSDB nestas eleições. A vitória foi como o ressurgimento de uma fênix — ou melhor, de um tucano.

Leite originalmente tinha planos de se candidatar à Presidência, mas perdeu as prévias do partido para o então governador de São Paulo, João Doria. E por pouco não ficou de fora do segundo turno da disputa no Rio Grande do Sul.

No segundo turno, virou o jogo contra Onyx Lorenzoni, o candidato de Bolsonaro. Aliás, um dos momentos mais emblemáticos desta campanha foi o vídeo do debate em que Lorenzoni não responde a uma pergunta do tucano sobre o plano fiscal para o Estado (assista abaixo).

Leite apoiou a primeira eleição de Bolsonaro em 2018, mas neste ano ficou neutro na disputa, mesmo depois de receber o "apoio crítico" do PT. Portanto, o governador deve se manter na oposição e pode angariar a preferência de quem votou 22 nas eleições deste domingo.

  • LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui 

Tudo isso, claro, se Bolsonaro eventualmente estiver fora da disputa e o PSDB conseguir se reerguer a ponto de viabilizar uma candidatura à Presidência.

Compartilhe

CETICISMO

Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra

17 de abril de 2024 - 11:38

Pelos cálculos da instituição, o País atingiria déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula

INTERNACIONAL

Haddad nos Estados Unidos: ministro da Fazenda tem agenda com FMI e instituição chefiada por brasileiro Ilan Goldfajn; veja

14 de abril de 2024 - 16:44

De segunda (15) a sexta-feira (19), o ministro participa, em Washington, da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial

NOVO CAPÍTULO

Entrou na briga: após críticas de Elon Musk a Alexandre de Moraes, governo Lula corta verba de publicidade do X, antigo Twitter

13 de abril de 2024 - 16:43

Contudo, a decisão só vale para novos contratos, porque há impedimento de suspensão com os que já estão em andamento

APÓS APAGÕES

Na velocidade da luz: Enel terá um minuto para responder os consumidores, decide Justiça de São Paulo

13 de abril de 2024 - 15:20

Desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com fortes rajadas de vento

MINISTRO E BILIONÁRIO

Em meio a embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes, representante do X (ex-Twitter) no Brasil renuncia ao cargo

13 de abril de 2024 - 12:55

Em sua conta no LinkedIn, o advogado Diego de Lima Gualda data o fim de sua atuação na empresa em abril de 2024

META FISCAL

Mal saiu, e já deve mudar: projeto da meta fiscal já tem data, mas governo lista as incertezas sobre arrecadação

13 de abril de 2024 - 11:49

A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano devido a incertezas sobre a evolução na arrecadação

ELEIÇÕES 2024

São Paulo já tem oito pré-candidatos na disputa por nove milhões de votos; conheça os nomes

7 de abril de 2024 - 15:45

Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lideram as pesquisas de intenção de votos a seis meses das eleições municipais

VEM DINHEIRO AÍ?

Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa 

4 de abril de 2024 - 8:44

A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo

Eleições municipais

Simone Tebet diz que subirá em palanque de prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quando Jair Bolsonaro não estiver

31 de março de 2024 - 11:54

Candidato a reeleição na capital paulista, Nunes é do MDB, partido da ministra do Planejamento

INÍCIO DA DITADURA

Maioria da população diz que data do golpe de 1964 deve ser desprezada, diz Datafolha; como o governo Lula lidará com a data?

30 de março de 2024 - 15:02

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o governo não realize atos em memória do golpe neste ano

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar