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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

DANÇA DAS CADEIRAS

Reino Unido tem novo premiê, e ele é bilionário. Saiba quem Rishi Sunak e veja o tamanho da encrenca que ele vai encarar

Não há ninguém no Parlamento britânico mais rico do que o novo primeiro-ministro, cuja mulher já esteve envolvida em um escândalo para não pagar impostos sobre um patrimônio de milhões de libras

Carolina Gama
24 de outubro de 2022
14:31 - atualizado às 18:03
Homem de terno cinza escuro, gravata e camisa branca sorrindo
O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak - Imagem: Divulgação

Rishi Sunak, de 42 anos, sucederá Liz Truss no posto de chefe de governo da terra do rei Charles III. De origem indiana, alguns o celebram como o primeiro descendente direto de imigrantes de antigas colônias a chegar ao cargo.

Mas quem é o novo primeiro-ministro do Reino Unido e como ele chegou ao cargo? Os avós de Sunak nasceram na Índia quando o país ainda era colônia britânica. Imigraram para a África.

O pai do novo primeiro-ministro nasceu no Quênia e a mãe, na Tanzânia. De família de classe média, imigraram para o Reino Unido ainda crianças e acabaram se casando.

O fato de Sunak ser o primeiro premiê de origem indiana a governar o Reino Unido é histórico — mas ele não é o único com antepassados imigrantes: Boris Johnson é bisneto do ministro do Interior do Império Otomano, Ali Kemal, e tem ascendência turca e islâmica. 

Na política britânica, há uma série de políticos com origem estrangeira, incluindo ministros nascidos em outros países e naturalizados posteriormente. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, é muçulmano e filho de paquistaneses.

No Reino Unido, o que chama a atenção no caso de Sunak não é exatamente a origem imigrante e sim o perfil elitista. Bilionário, não há ninguém no Parlamento mais rico do que o novo primeiro-ministro —  a fortuna dele é estimada em 730 milhões de libras — o equivalente a R$ 4 bilhões.

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E isso pode ser um problema, já que muitos britânicos, incluindo os eleitores do Partido Conservador do qual é líder agora, avaliam que Sunak não consegue entender os problemas dos mais pobres e da classe média — que sofrem com a maior inflação em cerca de 40 anos. 

De onde vêm os bilhões de Rishi Sunak

Depois de ingressar na Universidade de Oxford, onde estudou política, filosofia e economia, aos 21 anos, Sunak começou a trabalhar no banco Goldman Sachs, recebendo perto de 61 mil libras (R$ 360 mil). No fim da experiência, aos 24 anos, já recebia bem acima das 100 mil libras (R$ 595 mil). 

O site efinancialcareers brinca com essa história, dizendo que "foi o único momento da sua carreira em que Rishi Sunak ganhou menos de 100 mil libras".

Nessa altura decidiu fazer uma pausa profissional para ingressar na Universidade de Stanford, onde concluiu um MBA de dois anos, tendo completado os estudos com direito a uma bolsa paga pela instituição, uma das mais reputadas em todo o mundo. 

O salário médio para um graduado com MBA que saía de Stanford em 2006, como fez Sunak, era de US$ 152 mil dólares (R$ 802 mil), mas a escolha certeira do britânico foi o que fez dele um milionário: com 28 anos, o especialista em finanças já era sócio do Children's Investment Fund, que em 2008 anunciou uma faturamento de 556 mil libras (R$ 3,3 milhões).

Mas sua fortuna deu um salto quando casou com Akshata Murthy, herdeira do bilionário cofundador da gigante tecnológica Infosys, N. R. Narayana Murthy.

Sunak, um homem de cabelos alinhados

Em contraste com o cabelo desgrenhado do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, Sunak está sempre com todos os fios no lugar e vestido com roupas de grife.

Ele toma extremo cuidado com a sua imagem de seriedade e modernidade nas redes sociais. Também afirma não beber álcool.

Não à toa, Sunak — que já foi considerado o braço direito de Johnson — apresentou sua renúncia como ministro das Finanças após escândalos do então chefe envolvendo festas e a pandemia. 

A saída dele do governo abriu caminho para outros 60 pedidos de demissão em cerca de dois dias — o que levou o governo ao colapso. 

Imagem manchada

Mas nem tudo são flores no caminho de Sunak. A popularidade do novo primeiro-ministro começou a cair após o alívio das restrições pandêmicas.

O governo cortou os subsídios e começou a elevar os impostos em um cenário de inflação disparada e crise do custo de vida — medidas especialmente impopulares entre certos quadros conservadores.

A imagem dele também foi manchada por um escândalo fiscal envolvendo a mulher. Akshata Murthy havia se registrado como não domiciliada no Reino Unido, apesar de viver com o marido em um apartamento oficial em Downing Street. Logo, os impostos britânicos não incidiam sobre seus milhões em rendimentos estrangeiros.

O status de não domiciliado é legal, mas a revelação não foi bem-vinda pelos britânicos em um momento em que a inflação atinge o maior valor em 40 anos. Murthy precisou alterar seus documentos para passar a pagar Imposto de Renda no Reino Unido.

A herança maldita

Sunak, que será o primeiro líder de minoria étnica do país, havia ficado em segundo lugar na corrida que levou Liz Truss ao poder há pouco mais de um mês, e terá agora a missão de consertar o caos deixado pela antecessora.

Bagagem para isso ele tem. Em fevereiro de 2020, Sunak foi nomeado ministro das Finanças após apenas cinco anos no Partido Conservador. Um mês depois, eclodiu a pandemia de covid-19 e seus impactos econômicos. Graças ao enorme pacote de auxílios para mitigar os efeitos da crise sanitária, tornou-se um dos integrantes mais populares do governo.

Agora, o novo premier herda uma economia fragilizada por juros crescentes, contas de energia que pesam no orçamento, impostos altos e nenhuma estratégia sobre como retomar o crescimento econômico. 

A visão de Sunak sobre questões britânicas

  • Economia e impostos: ele foi a força motriz do aumento do imposto corporativo de 19% para 25%, e do aumento — agora descartado — do Seguro Nacional, mas disse que pretende reduzir os impostos gerais no futuro quando for prático. Em sua primeira tentativa de se tornar primeiro-ministro, Sunak sugeriu eliminar o IVA de 5% nas contas de energia para o próximo ano e reduzir a alíquota mais baixa do imposto de renda de 20% em 1% a partir de abril de 2024.
  • Brexit: Sunak fez campanha para deixar a União Europeia (UE) antes do referendo de 2016. Ele disse que queria "consertar" o protocolo da Irlanda do Norte, reformar todas as leis da UE ainda em vigor até a próxima eleição geral e descartar os regulamentos financeiros herdados do bloco.
  • Imigração: Sunak prometeu manter a política do governo de Ruanda — que visa enviar alguns migrantes através do Canal para o país da África Oriental, mas atualmente está passando por desafios legais. O Ministério do Interior diz que a política funcionará impedindo aqueles que usam "métodos ilegais, perigosos ou desnecessários" — como em pequenos barcos ou escondidos em caminhões — de solicitar asilo no Reino Unido em vez de outros países seguros como a França.
  • Criptomoedas: Sunak defendeu a transformação do Reino Unido em um centro de criptomoedas completo no início deste ano. Algumas de suas ambições incluem transformar stablecoins em uma “forma de pagamento reconhecida” no Reino Unido, ao mesmo tempo em que cria uma “caixa de areia de infraestrutura financeira” para ajudar as empresas a inovar no setor.

*Com informações do The Guardian, do Globo e da CNN

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