Microsoft (MSFT34) não decepciona com lucro bilionário no trimestre, mas tem desafio pela frente; saiba qual
Mais uma vez, a gigante do software consegue um desempenho forte entre janeiro e março, mas a partir de agora deve encarar barreiras que podem mexer com sua performance

A Microsoft (MSFT34) resistiu à pandemia de covid-19 excepcionalmente bem, gerando fortes ganhos e crescimento de receita durante os últimos dois anos fiscais. As vendas de serviços em nuvem e software foram dois fatores-chave para esse desempenho.
E não foi diferente dessa vez. No terceiro trimestre fiscal de 2022, encerrado em 31 de março, a Microsoft registrou lucro líquido de US$ 16,7 bilhões, o que representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Considerando a mesma base de comparação, a receita no período foi de US$ 49,3 bilhões, um aumento de 18%. Já o lucro por ação foi de US$ 2,22 ante US$ 2,03.
O resultado correspondeu às expectativas dos analistas ouvidos pela FactSet, que projetam lucro líquido de US$ 16 bilhões, o que representaria uma alta de 6,2%, e uma receita de US$ 49 bilhões, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano fiscal anterior.
"No geral, o resultado veio em linha com as expectativas do mercado, e não deve ser motivo para oscilações no papel. A empresa fará um conferencia com os analistas em breve, para dar mais detalhes do resultado e o que espera para o próximo trimestre", disse Natan Epstein, sócio da Catarina Capital.
A Microsoft alertou que a receita e os resultados diluídos por ação incluem US$ 302 milhões e US$ 0,03 de impacto adicional do movimento desfavorável do câmbio no trimestre e US$ 111 milhões e US$ 0,01 da Nuance.
Leia Também
A Nuance é uma empresa de Inteligência Artificial (IA) cuja aquisição foi anunciada pela Microsoft em abril de 2021. O negócio foi concluído no último dia de 4 de março.
Desempenho por segmento
A receita da divisão de Produtividade e Processos de Negócios foi de US$ 15,8 bilhões no trimestre, o que representa um aumento 17% em base anual, com os seguintes destaques de negócios:
- A receita de produtos comerciais e serviços em nuvem do Office aumentou 12%;
- A receita de produtos Office Consumer e serviços em nuvem aumentou 11%;
- A receita do LinkedIn aumentou 34%;
- A receita de produtos e serviços em nuvem do Dynamics aumentou 22%.
A receita com a divisão de Intelligent Cloud foi de US$ 19,1 bilhões, um crescimento de 26% em base anual, com os seguintes destaques de negócios:
- A receita de produtos de servidor e serviços em nuvem aumentou 29% impulsionada pelo crescimento de receita do Azure e outros serviços em nuvem (+46%)
A receita em Computação Mais Pessoal foi de US$ 14,5 bilhões, alta de 11% em base anual, com os seguintes destaques de negócios:
- A receita de OEM do Windows aumentou 11%
- A receita de produtos comerciais e serviços em nuvem do Windows aumentou 14%
- A receita de conteúdo e serviços do Xbox aumentou 4%
- A receita de publicidade de pesquisa e notícias, excluindo os custos de aquisição de tráfego, aumentou 23%
- Receita de superfície aumentou 13%
As ações da Microsoft (MSFT34)
As ações da Microsoft ficaram acima da média do mercado mais amplo no ano passado. Os papéis da empresa começaram a apresentar desempenho superior em junho de 2021, com destaque para os meses novembro e dezembro daquele ano.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Desde então, as ações vêm caindo e 'perdendo a gordura' em comparação com o mercado. Em 24 de abril, os papéis da Microsoft tinham retornos de 7,4% em um ano — um acumulado ainda superior ao retorno total de 3,3% do S&P 500 no mesmo período.
Os papéis da Microsoft oscilaram bastante desde a divulgação dos resultados. Assim que os números saíram, as ações chegaram a cair quase 2%, depois subiram mais de 1% e seguem nessa montanha-russa no after market em Nova York.
O que vem pela frente
Embora, as vendas de serviços em nuvem e software tenham sido fatores-chave para o desempenho da Microsoft (MSFT34), as sementes do crescimento futuro da empresa podem estar em uma habilidade muito diferente: seu sucesso em navegar em um ambiente regulatório hostil.
Enquanto outras grandes empresas de tecnologia se tornaram alvos de investigações antitruste agressivas, a Microsoft driblou esses conflitos. E isso pode ser fundamental para a proposta de aquisição de US$ 69 bilhões da desenvolvedora de videogames Activision Blizzard.
O acordo, a maior tentativa de aquisição da Microsoft, ainda deve ser aprovado pelos reguladores.
Se a aquisição pendente da Activision Blizzard for aprovada pelos reguladores, a Microsoft se tornará uma das maiores empresas de videogame do mundo.
Mas sem a aquisição, espera-se que a receita de conteúdo e serviços do Xbox no primeiro trimestre cresça a uma taxa muito mais lenta do que no trimestre do ano anterior.
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
Boeing tem prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre e ações sobem forte em NY
A fabricante de aeronaves vem enfrentando problemas desde 2018, quando entregou o último lucro anual. Em 2025, Trump é a nova pedra no sapato da companhia.
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.