Já faz tempo que o nome dos irmãos Batista deixou de ser conhecido pelo trabalho dos filhos do fundador da JBS (JBSS3) à frente da companhia. Ao invés disso, Joesley e Wesley passaram a ter cada vez mais destaque pelas delações, as entradas e saídas da prisão e outras controvérsias.
Para tentar colocar fim a mais uma de suas polêmicas, os dois propuseram um acordo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que investiga abusos na aprovação de contas da JBS em 2017.
Acusados de abusarem do direito de seus cargos para aprovarem as próprias contas em uma assembleia geral ordinária realizada naquele ano, os empresários ofereceram um total de R$ 6 milhões ao órgão para encerrar as investigações.
Cada um dos irmãos arcaria com metade da despesa e haviam oferecido, inicialmente, R$ 3 milhão; os valores cresceram após negociações com o Comitê de Termo de Compromisso (CTC) no início deste ano. Mas, contrariando o parecer de sua própria área técnica, o colegiado da CVM decidiu rejeitar o acordo nesta terça-feira (3).
O que acontece agora com os irmãos Batista?
No comunicado sobre a decisão, a autarquia não dá detalhes sobre os motivos por trás da negativa e nem quais são os próximos passos.
A condenação dos empresários já foi recomendada pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP): "A SEP propôs a responsabilização de Wesley Batista e Joesley Batista pelo descumprimento, em tese, do disposto no §1º do art. 115 da Lei nº 6.404/76, ao votarem, indiretamente, na aprovação das próprias contas".
Resta saber qual será o tamanho da multa.